Saiba qual o risco que paira na obra do adro da Igreja Paroquial de S. Martinho de Soajo
As placas de caleira em pedra que começaram a ser instaladas no exterior da Igreja Paroquial de S. Martinho de Soajo, há escassos dias, sem dúvida que asseguram um eficaz escoamento da água (desde que, a prazo, se faça convenientemente a limpeza dos resíduos acumulados), mas a utilização deste material em degraus (de lanços) de escadas não salvaguarda a segurança dos paroquianos e dos turistas de ocasião.
Existem dois níveis de risco, bastante diferenciados. A instalação de caleiras no espaço lateral contíguo ao templo acarreta um risco menor (embora, como princípio, os riscos devam ser eliminados ou, pelo menos, reduzidos o mais possível). No caso, o risco de acidente é atenuado por não ser uma área de circulação prioritária. Mas o risco, por pequeno que seja, existe de facto.
De resto, o respeito pelas regras básicas de segurança desaconselharia completamente a instalação de caleiras (com aberturas enormes) em degraus pegados a lanços de escadas, onde o risco é especialmente agravado e onde a circulação é incompatível com saltos altos ou botins, facto que não está devidamente acautelado na obra em curso.
Se nada for feito, não será impossível ver alguém em pontas dos pés ou preso nas placas côncavas que estão a ser lá posicionadas. Não se venha dizer, depois, que não se pode usar saltos altos para que ninguém tropece, caia ou torça o pé… E, já agora, em caso de acidente, quem assumirá a responsabilidade?
Nota: Para fundamentação técnica da peça, o blogue consultou um técnico superior de segurança.