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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

IMG_3424.JPGNo pior dia do ano em matéria de incêndios (a nível nacional e local), Soajo viveu um domingo infernal. As chamas que, segundo a página oficial da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), eclodiram, pelas 15.18, do dia 15 de outubro, nas imediações do Porto do Prado (próximo da Ponte da Ladeira), estiveram às portas da vila de Soajo e “semearam” o pânico, principalmente no lugar de Cunhas, que, no entanto, não chegou a ser evacuado (as populações desta povoação e dos lugares vizinhos estiveram rodeadas de nuvens de fumo muito densas).

Segundo relatos, há animais desaparecidos, mas é especulativo dizer-se que estão carbonizados, como alguma comunicação social disse e escreveu. “Estou à procura de oito touras, mas quatro delas já foram vistas”, diz João Pereira, que adianta “estarem em falta algumas éguas” pertencentes a outro(s) criador(es). O mesmo interlocutor desmente a existência de estábulos destruídos. “No meu caso, o fogo chegou ao limite do estábulo, que está intacto. Mas a propriedade [terreno] ardeu toda”, lamenta este produtor de gado, esperançado em ver os animais "perdidos" com a dissipação do fumo e da neblina.

Certo é que, conforme as fotos bem documentam, foram apanhados pelo lume em fúria barracões, povoamentos florestais, bouças, pastagens e mato. Salvaram-se, pelo menos, as casas, os moradores e os voluntários que defenderam os bens de vizinhos, amigos e conhecidos.

Voltemos ao início. O fogo, que terá sido originado por uma projeção proveniente de um incêndio ativo em Cidadelhe, consumiu parte da encosta contígua às lagoas a jusante do famoso Poço Negro, e progrediu rapidamente de baixo para cima, causando grande alarme em Cunhas, onde algumas casas estiveram em risco.

Aliás, as elevadas temperaturas que se fizeram sentir no domingo de tarde (ontem) e a escassez de meios no terreno fizeram logo supor o pior. Além das pessoas e dos bens (casas e gado), a mata da Cascalheira, depois dos terríveis incêndios do verão de 2016, passou a ser uma das principais preocupações de todos. É aí que residem importantes habitats e também abrigos de animais selvagens. Felizmente, este “santuário” não foi atingido por este fogo de outono.

Mas quem fitasse, esta manhã, a encosta do lado de Ramil via fumarolas e, apesar da descida das temperaturas e dos chuviscos que foram caindo, ainda eram visíveis vários focos pela serra de Soajo. Entretanto, quase no sopé da encosta, justamente no Côto do Ribeiro, um extenso anel de fogo varria um povoamento florestal nas imediações do Poço Negro.

Numa ronda feita ao “inferno” pela alvorada, há, ainda assim, notícias consoladoras. “A zona de Gandarela [e Agrelos] não ardeu. Os homens [sapadores dos Baldios de Soajo] foram impecáveis”, desabafa uma soajeira, aliviada. Noutros locais, foram os voluntários que, pela noite fora, evitaram males maiores. Com tamanha seca, tudo era rastilho para o avanço do incêndio, a começar pelos montes cheios de carga combustível.

Apesar do risco que representou para pessoas, gado e floresta, o fogo mobilizou poucos meios (estes estavam quase todos concentrados noutras ocorrências) e, por isso, os populares não tiveram outro remédio que não sair em socorro de familiares, amigos, vizinhos e conhecidos, levando com eles o que tinham mais à mão para combater as chamas.

No fim, sobram lamentos e queixas, principalmente quando, depois de um verão em que Soajo passou incólume, afinal, avulta um incêndio que evoluiu com uma severidade tal que, caso as condições climatéricas continuassem agrestes, ninguém sabe como poderia acabar…

À hora de publicação desta reportagem (cerca das 17.00), o incêndio encontrava-se ativo, mas em fase de resolução, mobilizando 11 operacionais, apoiados por três meios terrestres (um incêndio "em resolução" significa, de acordo com a ANPC, que não há perigo de propagação além do perímetro já atingido).

*** 

Reações

. “O fogo, que se saiba, não causou mortes em animais nem destruiu estábulos. A situação agora (10.40) está calma e controlada, há apenas uns fogachos por cima do Poço Negro".

(Manuel Gomes Capela, presidente da Junta de Freguesia de Soajo)

 

. “A informação que tenho é que, em Soajo, não há gado carbonizado. E também não há estábulos queimados”.

(Olegário Gonçalves, vereador da Proteção Civil do Município de Arcos de Valdevez)

 

Comunicações

Os fogos que ontem lavraram no Alto Minho afetaram as comunicações em várias localidades do único Parque Nacional, com repercussão nos telefones e Internet.

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Fotos: Sandra Enes e Soajo em Notícia