2016: “abecedário” de Soajo em cinco temas
A viragem de ano é, sempre, hora de balanços.
Soajo em Notícia propõe vários assuntos para “passar em revista” um ano rico em notícias. Em cinco temas, pretende-se fazer um balanço à “boleia” do abecedário de Soajo.
De fora, como é óbvio, ficam inúmeros factos marcantes no ano prestes a terminar (casos, por exemplo, da inauguração da Loja Interativa de Turismo, da projeção das Cantadeiras e dos feitos protagonizados por Soajeiros aquém e além-fronteiras).
Sexto Campeonato do Mundo de Trail Running
Soajo recebeu, no passado dia 29 de outubro, o VI Campeonato do Mundo de Trail Running. O evento, com a elite mundial da modalidade presente, foi manchete e tema de amplo destaque em diversos órgãos de comunicação social à escala mundial. Serviu para projetar a região, mas Soajo podia e devia ter tirado mais proveito desta iniciativa com impacto global.
Ofícios
A 17.ª Feira das Artes e Ofícios Tradicionais de Soajo teve um balanço negativo, facto a que não foi alheio o antecipar do evento em cerca de duas semanas (de 15 a 17 de julho).
Fora o programa de animação noturna, muito pouco público acorreu à feira. O negócio foi fraco, até nas tasquinhas.
Aluimentos
O deslizamento de terras/valados e a queda de árvores, devido aos temporais do passado inverno, deixaram a descoberto alguns perigos no território de Soajo, mas fora os sustos, por sorte, não se registaram vítimas.
As estradas com entulho acumulado foram, é justo frisar, prontamente desobstruídas.
Junta de Freguesia
O clima de crispação e a inércia foram, no ano que está prestes findar, as duas grandes notas no seio da Junta de Freguesia de Soajo. As contas de gerência referentes a 2016 foram “chumbadas” pela Assembleia de Freguesia, que também não validou o Plano de Atividades e Orçamento para 2017. Quem acompanha o pulsar de Soajo diz que 2016 foi outro ano de regressão.
O inferno dos incêndios
Os incêndios que, no passado verão, levaram o pânico a vários núcleos residenciais (Vilar de Suente, Vilarinho das Quartas e Paradela, os primeiros lugares evacuados), onde muitas casas estiveram cercadas pelas chamas, e devastaram importantes manchas florestais e campos de cultivo, com milhares de hectares de mancha verde reduzidos a cinzas, mostraram o pouco que se fez na época baixa para prevenir o avanço dos fogos, por oposição ao muito que se discutiu na época quente para aligeirar responsabilidades e imputar culpas a terceiros.
O certo é que no terreno faltou coordenação e sobraram vaidades pessoais tacanhas, como se pôde testemunhar, de resto, no encontro promovido no Mezio, no dia 15 de agosto. Salvou-se a abnegação dos sapadores florestais e o empenho de alguns bombeiros.
Que se tirem lições, pelo menos, do que falhou para que o território não volte a viver mais o horror das chamas.