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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

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A Câmara de Arcos de Valdevez, reunida no passado dia 23 de maio, aprovou o Plano Municipal para a Pessoa Idosa, que é prevalecente no referido concelho. No caso de Soajo, segundo dados plasmados no Diagnóstico Social, em 2011, eram 449 os residentes com 65 ou mais anos (ou seja, metade da população “fixa”, que, ao todo, era de 986 indivíduos, há cinco anos).

O documento “encontra-se estruturado em quatro eixos estratégicos, Saúde e Bem-estar, Segurança e Conforto Habitacional, Respostas e Serviços e, por fim, Acessibilidades e Mobilidade”, diz a responsável pelo Gabinete de Ação Social da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, Isabel Afonso.

Segundo explica a técnica do Município, para cada um destes eixos está “previsto um conjunto de ações”, sendo de realçar, ao longo do ano, a “promoção do exercício físico (caminhadas e ginástica geriátrica)”; o desenvolvimento do “convívio e do lazer” (Festival Sénior); a “melhoria das condições de habitabilidade”; a “criação de uma Comissão de Apoio à População Idosa”, com a missão de “intervir junto de idosos em situação de vulnerabilidade social”; a “melhoria dos cuidados prestados no domicílio”, através de “bolsa de ajudantes domiciliários qualificados e de cuidadores informais”; a “remoção de barreiras arquitetónicas nos espaços públicos”, assim como a aposta na “criação de serviços de transporte visando a mobilidade dos idosos.”

Paralelamente, foi aprovado, nesta mesma reunião de Câmara, o Plano das Atividades a desenvolver durante o biénio 2016/2017, mediante um investimento de 126 mil euros.

De referir que, com a finalidade de favorecer a prática do exercício entre a população sénior, foi autorizada a abertura de procedimento para contratação dos serviços de um animador desportivo. O recrutamento deste técnico vai acarretar um investimento de 7040 euros, prevendo o contrato um custo de 10 euros por hora (quatro horas diárias, durante oito meses).

Em resposta às transformações sociais que caracterizam, também, o território de Arcos de Valdevez, com repercussão no aumento exponencial de população idosa, pretende o Município, com este Plano, empreender uma estratégia global, seguindo os pressupostos inerentes a uma intervenção sustentável e adaptada às atuais circunstâncias, de modo a favorecer o envelhecimento ativo, em respeito pelas condições de bem-estar físico e psicossocial.

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“Em Todas as Mãos”. O documentário “En Todas as Mans” vai ser projetado no próximo sábado, 4 de junho (15.00), na Casa do Povo de Soajo.

A película – sob o lema “O monte não nos pertence, somos nós que lhe pertencemos a ele”, como aos baldios se refere X. Balboa – leva o espetador a “redescobrir o conceito de bens de mão comum”, remetendo para uma “realidade que é de todos e ao mesmo tempo de ninguém”, segundo pode ler-se nas várias apresentações que têm sido feitas a propósito do documentário.

O filme “nasce de uma anomalia, o próprio baldio. Num mundo que divide o território entre duas conceções de propriedade, a pública e a privada, a existência de uma realidade que não se inscreve em nenhuma dessas coordenadas chamou a atenção [da Cooperativa Trespés, na Galiza]. E ainda mais quando essa realidade permanece oculta ou desconhecida para grande parte da população. Os baldios estão aí, mas em poucas ocasiões se fazem visíveis”, lê-se nos ensaios críticos relativos ao documentário.

No seguimento da projeção, realizar-se-á uma conversa sobre os baldios com a presença do convidado Alberte Román, da Cooperativa Trespés (Pontevedra, Galiza). 

A organização da atividade está a cargo da Associação Moving Cause, que conta com o apoio da Casa do Povo de Soajo e da Assembleia de Compartes dos Baldios de Soajo.

A entrada é livre.

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A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, acerca das recém-construídas casas de banho públicas de apoio ao Campo da Feira e Cemitério da vila de Soajo, assim como aos inúmeros turistas que visitam a Eira Comunitária, com os seus 24 espigueiros, aprovou, por unanimidade, o auto de vistoria para efeitos de receção provisória sobre a referida obra, atribuída à empresa Inovlima.

Nesta mesma reunião de Câmara, de 23 de maio, foi decidido aprovar o mapa de trabalhos a menos da referida empreitada, verificando-se que resultaram trabalhos a menos no valor de cerca de 2720 euros, o equivalente a 10,08% do montante do contrato da obra.

O Executivo Municipal, que também não foi questionado pela oposição, não especificou os trabalhos que ficaram por realizar.

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A nova carta de condução por pontos entra em vigor no próximo dia 1 de junho.

O novo modelo de carta de condução concede aos condutores 12 pontos iniciais, que vão diminuindo conforme as infrações cometidas. Se o condutor fizer uma contraordenação grave equivale a uma perda de dois pontos (três no caso de serem excedidos os limites permitidos por lei na condução sob influência do álcool e na velocidade dentro das zonas de coexistência, assim como em situações de ultrapassagem imediatamente antes e nas passagens para peões ou velocípedes).

Mas se o condutor tiver cometido uma infração muito grave, serão subtraídos quatro pontos ao saldo inicial (cinco no caso de ser apurada uma taxa de alcoolemia entre 0,8 e 1,2 gramas por litro de sangue, assim como quando haja deteção de substâncias psicotrópicas).

No caso de crime rodoviário, os infratores perdem seis pontos.

Quem não cometer infrações durante três anos, ganha três pontos. Para os condutores profissionais, os mesmos pontos serão adicionados num período de dois anos. O saldo máximo que se pode obter é 15 pontos.

De resto, para sua informação, não precisa de substituir a carta de condução e as infrações cometidas antes de 1 de junho não tiram pontos, sendo que os pontos só são subtraídos no definitivo desfecho da decisão administrativa ou do trânsito em julgado da sentença.

 

Perguntas e Respostas

Quantos pontos podem ser retirados a um condutor no caso de ocorrerem várias contraordenações em simultâneo?

Quando forem cometidas várias contraordenações graves e muito graves no mesmo dia, são retirados, no limite, seis pontos. No entanto, se entre as condenações por contraordenação grave ou muito grave estiver em causa a condução sob influência do álcool ou sob influência de substâncias psicotrópicas, são ainda retirados os pontos respetivos (três, cinco ou seis – conforme seja grave, muito grave ou crime).

Como é que se pode ganhar pontos?

No final de cada período de três anos, sem que tenham sido praticadas contraordenações graves ou muito graves, ou crimes de natureza rodoviária, são atribuídos três pontos ao condutor, não podendo ser ultrapassado o limite de 15 pontos.

A cada período da revalidação do título de condução, sem que sejam praticados crimes rodoviários, e o condutor tenha frequentado voluntariamente ação de formação de segurança rodoviária, é atribuído um ponto ao condutor não podendo ser ultrapassado o limite de 16 pontos. Este limite é aplicado apenas em situações em que tenham sido atribuídos pontos conforme previsto no período anterior, caso contrário, mantém-se o limite máximo de 15 pontos.

O que acontece a quem tiver quatro ou cinco pontos?

Será obrigado a frequentar uma ação de formação de Segurança Rodoviária. A falta não justificada implica a cassação do título de condução, isto é, fica sem carta de condução e terá de aguardar dois anos para a tirar novamente, suportando os respetivos custos.

Um condutor tem três ou menos pontos. O que diz a lei sobre estes casos?

O condutor será obrigado a realizar a prova teórica do exame de condução. A falta não justificada ou a reprovação na prova implica a cassação do título de condução, ou seja, fica sem carta de condução e terá de aguardar dois anos para a tirar novamente, suportando os respetivos custos.

Se ficar sem pontos, o que acontece ao título de condução?

Ao perder os 12 pontos iniciais, um condutor fica sem título de condução e, durante dois anos, fica impedido de voltar a “recuperar” a carta.

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Fonte de informação: Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

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No âmbito das comemorações do Dia Internacional da Biodiversidade, festejado no passado dia 22 de maio, a ARDAL-Porta do Mezio assinalou a efeméride esta segunda-feira, 23, convidando para o efeito a população escolar do Jardim de Infância e da Escola Básica Eira do Penedo (Soajo).

O programa da visita às instalações da Porta do Mezio decorreu em torno da atividade “À procura da vida na água”, a qual se revestiu de forte caráter pedagógico, pois a comunidade teve oportunidade de ficar a saber a diversidade de seres vivos que tem a água como habitat.

O Dia Internacional da Biodiversidade, comemorado pela primeira vez a 22 de maio de 1992, visa sensibilizar a população para a temática em causa.

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Fonte de informação: ARDAL-Porta do Mezio

Fotos: ARDAL-Porta do Mezio

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A Associação Cultural e Desportiva dos Amigos de Vilarinho das Quartas organizou, este domingo, 22 de maio, uma cavada à moda antiga. Ao todo, entre lavradeiras, cantadeiras e tocadores, participaram dezenas de pessoas. Preservar os trabalhos da lavoura, como a cavada, vulgar há décadas mas cuja tradição se tem vindo a perder em tempos recentes, foi o grande objetivo da atividade, que “entreteve” a comunidade local.

Por volta das 16.30, após um compasso de espera, com o jogo da malha a divertir alguns dos presentes, um grupo de lavradeiras (e de cantadeiras), recriando a tradição, convergiu para o campo de Manuel Coelho. Depois de carregado o estrume (à cabeça), deu-se início ao animado trabalho, que não foi muito árduo, pois o manejo das enxadas não excedeu os anunciados vinte minutos, enquanto um grupo de cantadeiras se fazia ouvir entoando temas do campo. No “alinhamento”, como não podia deixar de ser, incluiu-se a cantiga do S. João, típica “do maio”, mês das cavadas e das sementeiras. O farnel – sardinhas, acompanhadas de broa e vinho, este servido na tradicional “cabaça” – foi fornecido logo depois.

Entretanto, pela tarde fora, a animação esteve a cargo dos tocadores de concertina, ao som das quais cantaram e dançaram, num bonito rodopio, dezenas de pessoas, de todas as idades.

Em fim de festa, para “aconchego” do estômago, foram servidos vários petiscos, entre caracóis, sardinhas fritas, arroz de maio e bacalhau frito, acompanhados da típica malga de vinho.

A Associação de Vilarinho das Quartas, fundada em dezembro de 2005, promete continuar a “recuperar” os trabalhos agrícolas do antigamente, fazendo-os perdurar pelas gerações vindouras.

Preside à referida coletividade Fernando Gomes.

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Cumpriu, recentemente, juramento da bandeira e frequenta, atualmente, a instrução complementar (em Lisboa). Mas Pedro Rafael Rodrigues Gonçalves, de 19 anos, quer “concluir o curso de comandos”, objetivo que começou a alimentar “há cinco anos”.

Os testes físicos, assume, não foram complicados e os psicológicos também não travaram o objetivo de ingressar no exército.

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O jovem tropa sabe o que quer e está preparado para os desafios que se avizinham.

 

Cinco perguntas a Pedro Rafael Gonçalves

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  1. Os testes físicos, diz-se, são muito exigentes. E os psicológicos?

Os testes físicos não são nada de especial… Em relação aos psicológicos, é verdade que são feitos alguns, nomeadamente o teste psicotécnico, que realizei em Vila Nova de Gaia.

  1. Em que é que consistiu a tua preparação física?

Ginásio, corrida…

  1. Cumpriste há poucas semanas o juramento da bandeira em Espinho. Qual o significado da cerimónia?

A entrega da boina é um dos momentos mais importantes para um militar, só acontece uma vez na vida.

  1. Em que fase do processo de formatura é que te encontras?

Encontro-me na fase de instrução complementar, que pretendo concluir, antes de fazer o curso de comandos. Aliás, já estou nos comandos, mas o grande objetivo é fazer o curso de comandos, cuja duração é de três meses.

  1. Que missão é que gostavas de realizar no futuro?

Ainda é muito cedo para falar disso. Só quando concluir o curso é que pensarei nisso. Missão internacional? Gostava de experimentar, mas é muito relativo e tudo depende das circunstâncias e das ações que decorrerem no momento.

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Largo da Feira: ponto de partida para uma visita às fontes e lavadouros da vila de Soajo e do lugar de Bairros.

Pelas calçadas de granito, tão estreitas quanto labirínticas, cuja sensação de austeridade se esvanece no meio do belo casario que povoa cada lugar, sobressai, desde logo, a Fonte da Moreira, que carece de uma limpeza, devido às ervas muito crescidas.

À frente, fica a Fonte do Poço, com farta vegetação nas cercanias, também a precisar de intervenção para remoção das plantas infestantes, que despontam em todo o lado.

A seguir, no roteiro, vem a Fonte do Souto da Vila, quase seca, debitando um frouxo “fio”, do tão precioso líquido…

Nas proximidades, fica o elegante Tanque do Souto da Vila, lavadouro público construído em 1992, ainda hoje bastante procurado. Daí, avista-se, no horizonte, um autêntico bilhete-postal, “decorado” a amarelo, resultado das giesteiras, densamente floridas na serra.

Ao cimo da vila, está a Fonte do Ganão, que, segundo os idosos da Terra, “ajudou a matar a sede a muita gente”. A escassos metros, passa um curso de água que se encaminha para a levada, em torno de uma construção onde, em tempos, funcionou um moinho.

A recuperação destas estruturas, atualmente em ruínas, podia constituir-se como um cartão-de-visita e (mais um) polo de atração turística, ou não fosse o turismo o “petróleo” de Soajo, facto bem evidenciado neste roteiro de circunstância, durante o qual vários grupos de turistas se foram cruzando, tendo o Largo do Eiró como ponto obrigatório de passagem/paragem.

Nas cercanias do Pelourinho, está o Tanque da Eira do Rego, outro dos lavadouros da vila, junto às caraterísticas habitações de Soajo.

De caminho, sempre a pé, a paragem seguinte é na Fonte de Bairros, construção apetrechada com bancos e mesa (a pensar nos petiscos), pias (para o gado beber) e hastes em pedra (para acomodação dos cântaros). De todos, este é, talvez, o espaço mais bem arranjado.

Ainda em Bairros, fica o Tanque da Fonte do Souto (lavadouro), construção envolvida pelo casario, cujos pormenores – postigos, varandas e velhas ramadas – se enquadram, a preceito, nas fachadas de pedra, que deixam qualquer pessoa deliciada.

Estes equipamentos, um pouco desvalorizados pela Junta de Freguesia, são, no entanto, muito apreciados pelos turistas que procuram voltar às origens nos territórios de montanha, os quais, apesar de pouco populosos, estão repletos de património.

Por isso, as referidas construções carecem de pequenos arranjos para que todos se possam orgulhar das suas raízes, pois só assim os vindouros poderão usufruir do rico património – espécie de matriz cultural – que atravessa Soajo.

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Pela preservação das tradições. A Associação Cultural e Desportiva dos Amigos de Vilarinho das Quartas promove, no próximo domingo, 22 de maio (15.00), uma cavada à moda antiga.

A iniciativa, aberta à participação de todos, enquadra-se no objetivo de perpetuar os trabalhos do campo, tal como estes eram feitos há décadas, e cuja tradição se tem vindo a perder com o passar dos anos, devido ao progressivo abandono da lavoura.

Para alegria do povo, neste encontro domingueiro, a animação será uma constante, com concertinas e desgarrada à mistura. Na “mesa” improvisada, os voluntários terão à disposição boa comida (arroz de maio e bacalhau frito, acompanhados da famosa malga de vinho) para consolo do estômago e restituição das calorias queimadas na exigente labuta.

À semelhança de eventos anteriores, em nome da cultura campestre, é de esperar um convívio genuíno entre novas e “velhas” gerações…

Foto: António Neto

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Vem este trabalho a propósito do documentário Desafios, disponível para visionamento no Lugar do Real (http://lugardoreal.com/video/desafios#click-high), que retrata, na perfeição, o que são os cantares ao desafio, tradição que está na essência de Soajo.

No Alto Minho, e, em particular, em Soajo, não há festa sem cantadores ao desafio (e sem concertinas). Por isso é que, para muitos, Soajo é um dos “berços” na arte de cantar e de bem tocar o referido instrumento.

Para Delfim, segundo a crítica, o maior de todos os artistas, das novas gerações de cantadores ao desafio, é o soajeiro Leiras (Manuel Araújo) quem está no topo.

 

Três perguntas a Delfim

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“Leiras é um dos poucos cantadores a sobressair”

  1. Em relação a tempos idos, em que é que os novos cantadores se distinguem?

Isto mudou um pouco [face ao meu tempo]… Hoje, há quem cante grosserias, e, em certos casos, não há educação nenhuma, algo que nós prezávamos muito.

  1. Dos que estão no ativo, que cantadores elege (ambos os sexos)?

Do lado das mulheres, destaco a Carminda, minha filha, que é a melhor, pois, desde muito nova andou comigo, e, por regra, canta certinho. De entre os homens, há um reduzido grupo a sobressair. Temos o Leiras, de Soajo, e o Zé Manel, do Vale, que também canta bem. Fora dos Arcos, em Ponte da Barca, há a Rosa Maria e a Celeste. De resto, excluindo a Adília, de Arouca, a Irene, de Vila Nova de Gaia, e outra Irene, de Vila do Conde, não há praticamente mais ninguém.

  1. Como é que explica, no presente, a proliferação de tocadores de concertina?

Ao contrário do que acontecia antigamente, hoje, há muitos tocadores… Dantes, chamava-se ‘parolo’ a quem carregava uma concertina às costas… Felizmente, Jesus!, hoje em dia, há muitos jovens que tocam: existem romarias que juntam mil e tal pessoas e mais de metade dos tocadores é do sexo feminino.

 

Três perguntas a Manuel Leiras

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“Uma boa desgarrada depende da boa disposição e do adversário”

  1. Delfim considera-o um dos melhores cantadores da atualidade. Quer comentar?

Trabalhámos juntos durante muito tempo, por isso, ele conhece-me muito bem, e eu a ele. Portanto, ele sabe do que sou capaz. De resto, somos amigos há muitos anos.

  1. O que é preciso para uma boa desgarrada?

Em primeiro lugar, é fundamental estar bem-disposto. E, depois, é importante ter um bom adversário. Embora haja momentos para tudo, de todos os cantadores com quem emparelhei, destaco o Delfim e o Cunha, de Vila Verde, muito criativo nas rimas.

  1. Cantar ao desafio ou tocar concertina: o que prefere? Porquê?

Gosto muito de cantar e de tocar. Mas é mais difícil cantar.

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