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No dia 23 de junho é sempre assim o S. João na Casa do Povo de Soajo (e não só). À entrada, os festivaleiros encontram, desta vez, uma arcada menos vistosa do que o tradicional arco, com fruta, fitas e balões pendurados (a miscelânea de cores resulta invariavelmente bem). Já com muito público no recinto, rebentam, às 19.15, os foguetes a anunciar o início da festa.
Entretanto, o cheiro a carvão que arde nos fogareiros com grelhas cheias de sardinhas frescas e o fumo a pairar invadem o espaço, nas “costas” do largo fronteiro onde os comensais se vão sentando pouco a pouco. Esperam-se as primeiras travessas com sardinhas. E, nisto, arranca a música propagada pela coluna de som. Numa volta pelas mesas, predomina o convívio e a alegria. As pessoas vêm para comer, beber, conversar e dançar até tarde.
Pouco passa das 19.40 e está quase tudo a postos para servir os primeiros convivas. A broa é tirada dos cestos, o vinho servido em canecas e nas travessas levam-se as sardinhas. Contas feitas, a cada um dos 120 comensais toca seis ou sete sardinhas (das 750 compradas na lota da Póvoa de Varzim). O quilo ficou a 10 euros.
A pedido do Soajo em Notícia, o presidente da Casa do Povo, Manuel Carvalho, faz questão de chamar, um a um, os membros que estão à frente dos destinos daquela coletividade para, através de um flash, junto à arcada montada, agradecer o empenho de todos. Mas alguns diretores, a coadjuvar ou à mesa, não se chegaram à equipa. E os voluntários que trabalham arduamente para perpetuar o espírito sanjoanino também não. O trabalho era muito…
Entretanto, continuam a sair as sardinhas e as imperiais… Depois, hão de vir as fêveras, as barriginhas e o caldo-verde. Nas mesas, de pé, em grupos, são cada vez mais os que comem. E conversa-se. Em francês e em inglês também. No caso, estrangeiros alojados em casas de turismo local. Todos convivem, a língua não é barreira para os soajeiros, quase todos com experiências de emigração.
Numa roda-viva, o presidente da Casa do Povo dá o exemplo – está sempre na primeira fila para que tudo corra de feição. Os voluntários (quase todos jovens) fazem o resto, que é quase tudo. Constituem quase uma família. Ninguém recebe dinheiro.
Na “sala” de convívio, ao ar livre, o rebuliço é grande nas cerca de vinte mesas, com poucos lugares vagos. Nas grelhas assam-se, agora, fêveras e barriguinhas e na banca das imperiais a azáfama é cada vez maior. Nalgumas contas de Facebook propagam-se as fotos do convívio de S. João.
Pelo meio, recortam-se e distribuem-se rifas por muitos interessados em (ajudar a) custear os comes e bebes. A sorte há de sorrir a alguém… No caso, a bafejada foi a soajeira Ana Gomes, que levou para casa um presunto.
A noite cai. Mas a equipa de voluntários não esmorece até grelhar a carne toda. E aproxima-se o arraial. O bailarico há de ser, como quase sempre, improvisado – os cantares e as danças tradicionais, ao som das concertinas, tomam conta do lugar até às primeiras horas desta sexta-feira, 24 de junho.
Como de costume, durante a madrugada, para recriar uma tradição sanjoanina da Terra, alguns caminhos foram (parcialmente) obstruídos, com, por exemplo, mobiliário urbano (caixotes do lixo), a barrar ou a dificultar a passagem dos condutores.
Entretanto, segundo o presidente da Junta de Freguesia de Soajo, “alguém terá despejado areia na escadaria” do edifício-sede da Junta e, para a varanda onde estão arriadas as bandeiras, “foram arremessados plásticos e outras coisas”.
Outra fonte acrescenta que a porta da varanda terá sido aberta e para a sala do executivo foi atirada areia, assim como plásticos e plantas.
O caso foi denunciado pelo autarca Manuel Capela à GNR, estando o Núcleo de Investigação Criminal a fazer averiguações.
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Nota: Algumas fotos cedidas gentilmente por Joaquim de Jesus Neto.