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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

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A 17.ª Feira das Artes e Ofícios Tradicionais (FAOT), que Soajo recebeu de 15 a 17 de julho, experimentou sentimentos contraditórios. O vínculo às raízes da Terra teve expressão máxima nas exposições, no desfile de roupas tradicionais, nas cantigas ligadas à lavoura e na música de cariz popular (esta levou autênticas multidões ao Largo do Eiró na sexta e no sábado, sempre à noite). Mas, fora o programa de animação (noturna), pouco público acorreu, quase o tempo todo, à feira, que foi antecipada, este ano, em cerca de duas semanas.

A mostra de produtos regionais e os ofícios tradicionais são a razão de ser do certame, mas, excluindo raríssimas exceções, só as tasquinhas geraram algum negócio. A carne cachena, a posta, o porco no espeto e o polvo foram alguns dos pratos que se comeram nas “barraquinhas”, cada qual com a sua especialidade. Nas mesas espalhadas pelo recinto, com diversos carros de mato e de lenha a lembrar aos presentes de onde vimos, também foram degustados diferentes petiscos e alguns dos típicos produtos da região, casos do presunto, chouriço, carne da serra, pão-de-ló, mel, licores, compotas e doces, sem esquecer a gastronomia caseira (pataniscas, rissóis, bolinhos de bacalhau, bifanas, panados e caldo-verde). Os restantes setores representados na FAOT, sobretudo os produtos de base rural e o artesanato, suscitaram reduzida procura, talvez devido à profusão, no mercado, de “artigos chineses”, queixou-se uma artesã na cerimónia oficial de inauguração.

De resto, à luz do figurino anterior (na verdade, não houve inovação que se visse nesta edição), a FAOT voltou a privilegiar o espaço de “tasquinha”, com constante animação no recinto. Mas as elevadas temperaturas de sábado e domingo prejudicaram, irremediavelmente, a visitação, que não deu ambiente de festa ao certame.

Quanto à programação cultural e lúdico-pedagógica, é justo destacar, pelo sentimento difundido, a exibição das Cantadeiras de Soajo, que recriaram cantigas ligadas ao mundo rural, e a exposição “Soajo e as suas gentes – Uma viagem ao passado”, que, através de uma sugestiva galeria de fotos da autoria de Alexandre Fernandes Baptista e Alexandre Rodas Araújo (e textos de Vasco Domingues), permitiu recuperar bonitas memórias, algo que os apetrechos ancestrais patentes no Salão S. José (Centro Social e Paroquial) também suscitaram. Outras soajeiras, de várias idades, protagonizaram um gracioso desfile de trajes tradicionais, sob coordenação de Gil Viana, a fazer jus ao “elevado sentimento” intrínseco ao território, como a ele se referiu o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres.

De resto, a inauguração da exposição de pintura “Soaj’Art” (da autoria de António Aguiar e Fernando Cerqueira) não teve o público que merecia na Casa do Povo.

No rescaldo da 17.ª edição da FAOT, fortemente marcada pelo clima (quase) tropical, a antecipação da mesma para meados de julho, sem a numerosa comunidade de emigrantes que, no torrão natal, costuma estar de férias em agosto, não terá ajudado, segundo vários expositores, a dar o desejado impulso ao evento, que, em anos recentes, tem vindo a desmobilizar alguns dos produtores referenciais da economia regional. Também “jogou” a desfavor da visitação a apresentação tardia do programa, quando as famílias gostam de planear, com algum grau de certeza, os seus fins de semana de verão.

Noutro âmbito, ao ficarem acantonados no Caminho do Eiró, nas “costas” da principal porta de entrada do Largo do Eiró (para quem vem do parque de estacionamento instalado no Campo da Feira), os expositores das “tendinhas” amarelas tiveram reduzida visibilidade.

Por fim, algumas papeleiras, mesmo cheias de lixo, assim estavam à hora do arranque da feira, valendo a ação diligente de certos expositores para que o mobiliário urbano se mantivesse mais ou menos asseado.

A organização da FAOT, que teve apoio do Município arcuense, emparceirou a ARDAL-Porta do Mezio e a Junta de Freguesia de Soajo.

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A Feira das Artes e Ofícios Tradicionais (FAOT) de Soajo abriu ontem, sexta-feira, mas a cerimónia oficial, presidida pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, só ocorreu este sábado, 16 de julho. O presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Rogério Rodrigues, também integrou a comitiva.

Na ronda feita pelos 36 expositores, dedicados aos comes e bebes, ao artesanato, às plantas aromáticas, medicinais e condimentares, aos enchidos, aos licores, às compotas, à fruta desidratada, à doçaria, à panificação, aos queijos e aos vinhos, o governante, a todos, transmitiu uma mensagem de confiança nos negócios ligados ao mundo rural.

De resto, segundo disse Amândio Torres na breve alocução feita no Centro Social e Paroquial, “é preciso apanhar o comboio da mudança e aproveitar as riquezas que existem (paisagens, produtos, artes e ofícios) neste território, que, sendo de baixa densidade, é, no entanto, de elevada intensidade e de elevado sentimento”, atirou o secretário de Estado, que se mostrou “surpreendido” com a “desgarrada” que Augusto Canário lhe “serviu” de improviso à chegada.

Inspirada (ou não) pelo espírito que se viveu na sessão de discursos (onde Jorge Lage fez “lóbi” pela serra de Soajo), Rose Galopim confessou, depois, ao governante o desafio que a motiva. “Queremos pôr Soajo no mapa”, frisou a copromotora da marca Serrana Gourmet, que, com Lisa Araújo, recém-fundou.

O presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, aproveitou a visita do governante para reiterar necessidades detetadas em tempos recentes, nomeadamente a “desburocratização” dos processos através da criação do “Simplex verde”, a revisão do Decreto-Lei que estabelece a faixa de 50 metros na localização das unidades industriais em área de Reserva e a aceleração do PRODER para efetivar o desenvolvimento socioeconómico.

No que à programação diz respeito, apesar do reduzido público que visitou o certame sábado à tarde, é justo destacar a inauguração, na Casa do Povo, da exposição de pintura “Soaj’Art” (trabalho que emparceirou António Aguiar e Fernando Cerqueira), assim como a animação a cargo de Augusto Canário e das “Cantadeiras de Soajo”.

As cantigas típicas da Terra foram, acrescente-se, o mote para a graciosa mostra de trajes tradicionais que Gil Viana organizou com a colaboração de diversas soajeiras, que, para este evento, cederam as roupas de tempos idos.

Antes dos saborosos petiscos, que as jornadas gastronómicas têm no menu, ainda houve tempo para uma demonstração de coquetéis.

De referir que a 17.ª edição da FAOT, seguindo o figurino experimentado em anos anteriores, está a privilegiar o espaço de “tasquinha”, com animação (quase) em permanência no recinto. O objetivo é, parece, “chamar” visitantes e “prender” as pessoas no Largo do Eiró. Só que as elevadas temperaturas deste sábado à tarde afastaram da feira o público.

A noite de sábado ficou por conta das rusgas e dos DJ. Pelo meio, na Eira do Penedo (Eira Comunitária), houve, através do “observatório” astronómico, uma “visita às estrelas”.

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Foi inaugurada, hoje, 15 de julho, por volta das 18.15, a 17.ª Feira das Artes e Ofícios Tradicionais (FAOT) de Soajo. O Largo do Eiró, entre expositores e tasquinhas, está engalanado com 36 espaços, representando, na perfeição, as tradições, os saberes e os sabores da Terra. O grupo soajeiro Bate N’Avó, em arruada, deu as boas-vindas ao público poucos minutos depois da abertura da feira.

Nas “barraquinhas” ou nos expositores espalhados pelo recinto (ornamentado com carros de mato e de lenha), podem ser degustados, até domingo, diferentes petiscos e alguns dos típicos produtos da endogenia: presunto, chouriço, carne da serra, pão-de-ló, mel, licores, compotas, doces…

Nas tascas, em respeito pela gastronomia caseira, há pataniscas, rissóis, bolinhos de bacalhau, bifanas, panados, caldo-verde e pratos típicos de Soajo, que também entram nas jornadas gastronómicas, caso da carne cachena com arroz de feijão tarrestre.

Do lado dos produtores/empreendedores de Soajo, participam nesta feira ArtSoajo (arranjos florais de cactos), Martinha Gonçalves (enchidos), Pão-de-ló de Soajo, Rosemade (velas, mel, etc.) e Serrana Gourmet (chás, ervas aromáticas, fruta desidratada…), Sabores de Vilarinho, Soajo Casas de Campo e Tasquinha do Eiró (cada uma das três tascas com a sua especialidade), já presenças assíduas na mostra.

Mas as artes e os ofícios tradicionais, através dos artesãos, também não foram esquecidos, embora as demonstrações ao vivo tenham caído em desuso, o que tira algum encanto e autenticidade à feira. De resto, alguns dos artesãos mais afamados, caso do arcuense Armando Moscoso, deixaram de marcar presença no certame com as suas miniaturas em madeira ou em pedra. De igual modo, algumas associações ligadas ao imaginário rural, como a RIPAR, após presenças sem retorno, já não arriscam sequer a participação.

Entretanto, para recuperar memórias, no espaço contíguo ao Centro Social e Paroquial (CSP), está patente, ao ar livre, a exposição “Soajo e as suas gentes – Uma viagem ao passado”, com uma sugestiva galeria de fotos da autoria de Alexandre Fernandes Baptista e Alexandre Rodas Araújo, sendo os textos assinados por Vasco Domingues.

No Salão S. José (CSP), os visitantes podem contemplar uma mostra de trajes tradicionais e um conjunto de apetrechos agrícolas, além de um leque alargado de preciosidades antigas.

Quem trouxe muitos visitantes a Soajo, esta noite quente, foi o irreverente Quim Barreiros, que goza de grande popularidade no Alto Minho. A multidão que encheu a sala de visitas de Soajo vibrou e aplaudiu o artista de Vila Praia de Âncora.

Até ao próximo domingo, passe pelo recinto da FAOT para petiscar, beber, comprar uma lembrança da Terra e divertir-se.

O blogue Soajo em Notícia continuará a fazer o acompanhamento diário da feira publicando fotorreportagens completas.

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A Feira das Artes e Ofícios Tradicionais (FAOT), que se realiza de 15 a 17 de julho, vai decorrer sob elevadas temperaturas, segundo a previsão do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Na origem do tempo canicular está a passagem de uma massa de ar muito quente, que vai afetar todo o território nacional.

Em Soajo, a previsão do IPMA aponta para uma máxima de 35ºC amanhã (sexta-feira, 15 de julho), 36ºC no sábado e 37ºC no domingo.

O IPMA e a Direção-Geral da Saúde alertam para os riscos de exposição ao sol, pelo que se recomenda a adoção de cuidados redobrados.

Apesar das temperaturas agrestes, não deixe de visitar a FAOT.

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Realiza-se, de 15 a 17 de julho, mais uma edição da Feira das Artes e Ofícios Tradicionais (FAOT) de Soajo, organização que emparceira a Junta de Freguesia local e a ARDAL-Porta do Mezio. A cerimónia de inauguração oficial, a ser presidida pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, está aprazada para sábado, 16, por volta das 17.00.

A vila de Soajo recebe, pelo 17.º ano consecutivo, desta vez duas semanas mais cedo do que era costume, um certame sobre artes e ofícios da Terra (e não só), cujo objetivo é aliar o negócio à vertente lúdico-pedagógica. Nas dezenas de expositores distribuídos pelo Largo do Eiró, estarão representados os saberes (artesanato) e os sabores (gastronomia) da região.

Quem visitar Soajo há de saber ao que vai. Os produtos endógenos – do mel aos licores, da broa ao pão-de-ló, do vinho aos doces, do fumeiro aos petiscos tradicionais – e o rico património natural e arquitetónico – lagoas, serra, eira comunitária, casario… – estão acima de tudo o resto. As atividades de natureza são, igualmente, um bom cartão-de-visita.

Da programação de âmbito cultural e pedagógico, é justo destacar a inauguração da exposição de pintura ‘Soaj’Art” (Casa do Povo), o observatório astronómico (Eira Comunitária), o espetáculo de Cantigas típicas de Soajo e o Desfile de Trajes Regionais, atividades previstas para a tarde/noite de sábado.

Já a animação tem encontro marcado no palco a montar no Largo do Eiró. Os populares Quim Barreiros (sexta) e Augusto Canário (sábado) são os grandes nomes do cartaz. O encontro folclórico, de domingo à tarde, e as rusgas populares, de sábado à noite, também deverão cativar bastante público. De resto, os grupos de bombos, incluindo o soajeiro ‘Bate N’Avó’, desfilarão, em arruada, pela vila.

A par da Feira, decorrem, nas tasquinhas e nos restaurantes aderentes, as jornadas gastronómicas, onde os visitantes poderão degustar os afamados pratos cabrito da serra de Soajo e carne de cachena com arroz de feijão tarrestre.

Segundo o histórico de organizações relacionadas com a economia local, Soajo estará representado no recinto com vários produtores/empreendedores, todos empenhados em aliar a tradição à inovação e o património histórico à modernidade.

De referir que o Município de Arcos de Valdevez aprovou, esta terça-feira, 12 de julho, um protocolo de apoio à ARDAL-Porta do Mezio, no valor de 29 500 euros, para custear a organização da FAOT.

 

Programa completo

 – 15 de julho (sexta-feira):

. Abertura da FAOT/Venda de produtos locais e tasquinhas (18.00).

. Arruada do grupo de bombos ‘Bate N’Avó – Zés Pereiras’ (18.15).

. Jornadas gastronómicas (20.00).

. Quim Barreiros (22.00).

 

 – 16 de julho (sábado):

. Atividade de natureza (subida do rio Adrão) (9.30).

. Abertura da FAOT/Venda de produtos locais e tasquinhas (11.00).

. Arruada do grupo de bombos Bate N’Avó – Zés Pereiras (11.15).

. Jornadas gastronómicas (12.00).

. Arruada do grupo Os Bombásticos – Associação Betânia do Vez (14.30).

. Inauguração da exposição de pintura ‘Soaj’Art” (organização de António João Aguiar, Fernando Cerqueira e Casa do Povo, 15.30).

. Augusto Canário à desgarrada (16.00).

. Cerimónia inaugural presidida pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres (17.00).

. Cantigas típicas de Soajo (Grupo ‘As Cantadeiras de Soajo’, 18.00).

. Desfile de Trajes Regionais (18.30).

. Coquetéis no Eiró (Associação Vinhos de Arcos de Valdevez, 18.30).

. Jornadas gastronómicas (20.00).

. Rusgas populares (21.30).

. Atividade de natureza (observação astronómica ‘Visita às Estrelas na Eira’, na Eira dos Espigueiros, 22.00).

. Festa no Eiró (espetáculo DJ, 24.00).

 

17 de julho (domingo):

. Atividade de natureza (trilho pedestre: Caminhos do Pão e da Fé, 10.00).

. Abertura da FAOT/Venda de produtos locais e tasquinhas (11.00).

. Arruada do grupo ‘Os Dragões de S. Jorge’, 11.30).

. Jornadas gastronómicas (12.00).

. Festival folclórico do Eiró (Rancho Folclórico de Santa Marinha de Prozelo, Rancho Folclórico Danças e Cantares de Paçô, Rancho Folclórico e Cultural das Lavradeiras de S. Pedro do Vale, 15.30).

. Encontro de concertinas (18.00).

. Jornadas gastronómicas (20.00).

. “Roda do Soajo” (21.30).

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Fruto do trabalho desenvolvido junto dos produtores e da implementação de processos de promoção do padrão da raça cachena, assiste-se, atualmente, a um virar de página em relação à preservação desta raça autóctone, que tem em Soajo o seu maior centro produtor.

“A cachena está a deixar de ser uma raça ameaçada de extinção”, disse à TSF a técnica Beatriz Silva (Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez). A evolução positiva resulta do “trabalho das associações, da entidade que gere o livro genealógico e o registo zootécnico, assim como da Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e de outras instituições”, explica a veterinária, pouco interessada, no entanto, em massificar o produto.

Para Beatriz Silva, “é muito bom o aumento de efetivos da espécie bovina (em geral), pois a nossa principal vocação em termos agrícolas prende-se com a atividade pecuária”, acrescenta.

Em resposta aos incentivos, “tem havido uma dinâmica crescente em relação aos investimentos agropecuários, com alguns jovens emigrantes de volta às suas raízes, ou seja, às zonas de montanha".

O engrossar do efetivo cacheno permite, de resto, “trabalhar em termos de fileiras comerciais e estratégias de mercado”, algo que não “acontecia há dez anos”, compara.

O grande objetivo da Cooperativa é “trabalhar a vaca cachena sob a ótica de um nicho de mercado trazendo ao território quem quer provar o produto”, conclui Beatriz Silva.

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IMG_2654.JPGFonte: Algumas fotos foram extraídas do livro Raça Cachena, incluindo a que encima a notícia.

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O soajeiro Alexandre Soares, que preside à associação Union Culturelle Portugaise de Cergy-Pontoise, com a ajuda de muitos compatriotas, tem sido inexcedível na valorização das raízes alto-minhotas, através da promoção dos produtos da região e da recriação dos usos e costumes do Minho, levando a efeito um conjunto de organizações de grande relevo. A Feira e Festa, realizada pelo outono, é o maior evento de todos.

A Feira e Festa é vista em Cergy-Pontoise, pela numerosa comunidade portuguesa, com forte representação deste concelho, como um dos acontecimentos do ano. Em edições recentes, graças ao dinamismo imprimido pelo carismático Alexandre Soares, o recinto tem vindo a reunir cada vez mais visitantes e expositores, entre artesãos e produtores dos tradicionais sabores do Minho, em simbiose com a música popular minhota. O edil (maire) de Cergy-Pontoise, Philippe Houillon, no rescaldo da mais recente edição – a oitava – elogiou, em declarações prestadas ao LusoJornal, a grande capacidade de organização e a forte participação da comunidade portuguesa.

Além do negócio gerado à volta dos produtos do concelho (fumeiro, vinho, pão-de-ló, broa…), quer expositores quer visitantes são atraídos, também, pela animação de cariz popular.

Por Cergy-Pontoise têm passado nomes como Carminda, Pedro Cachadinha ou Carlos Ribeiro e lá não faltam nunca as rusgas, o folclore, as danças características do Alto Minho e as tocatas de concertina. O rancho anfitrião, Estrelas de Portugal-Cergy-Pontoise, faz jus, igualmente, às tradições. Tudo funciona em pleno e, se a máquina aparece bem oleada, como acontece de facto, tal se deve, em grande medida, à ação de Alexandre Soares e dos elementos que compõem, deseinteressadamente, os corpos sociais da referida associação. O serviço de bar, com deliciosos repastos, regados com bons vinhos, também dão uma ajuda preciosa.

É no conhecido Hall-Saint-Martin que a comunidade emigrante (re)vive, pelo outono, o que há de melhor no país de origem, como se de uma feira (de produtos endógenos) ou uma romaria do Alto Minho se tratasse. É sob este lema que a multidão vai e volta à Feira e Festa.

Com o soajeiro Alexandre Soares à frente da Union Culturelle Portugaise, a nona edição da Feira e Festa está já prometida para o próximo outono, em Cergy-Pontoise, que fica a cerca de 35 quilómetros de Paris.

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 Fotos: Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e Facebook de Alexandre Soares

19388079_jSkHz.jpegFoi deliberado, pelo Município de Arcos de Valdevez, autorizar a abertura de procedimento concursal da empreitada referente à requalificação arbórea da Porta do Mezio, tendo para esse efeito sido convidadas três empresas. O valor base é de 21 930 euros (acrescidos de IVA).

A requalificação prevê o desmonte das árvores mortas, a desrama e podas de formação nas espécies a preservar, o adensamento de canteiros, a plantação de 111 espécies autóctones e uma operação técnica na estufa de vidro para redução da temperatura interior.

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À “boleia” do Recontro de Valdevez, cuja recriação acontece de 8 a 10 de julho, a TSF emitiu – este sábado, 2 de julho – diretamente de Arcos de Valdevez o programa “Terra-a-Terra”. Na emissão, que foi para o ar entre as 9.00 e as 11.00, Soajo esteve em grande destaque.

Na reportagem que a jornalista Liliana Costa fez por Soajo entraram, no roteiro lúdico, os espigueiros e as lagoas, dois dos “bilhetes-postais” da Terra. Mas, além da divulgação do imenso património que atravessa e caracteriza Soajo (natural, paisagístico, arquitetónico e gastronómico), a “Rádio de Notícias” bafejou os ouvintes com um eloquente relato das tradições de Soajo.

Ao atravessar a vila soajeira, a reportagem da TSF encontrou, por sorte, um “grupo de mulheres a ensaiar em roda cantigas de antigamente”. É Elisabete Barbosa “quem ensaia estas mulheres”. A médica não se poupa a esforços para manter de pé as tradições, os usos e os costumes da Terra. “Sou a grande defensora de Soajo, de uma terra que é única, […] logo, sou grande defensora das pessoas e dos costumes!”, diz a médica, numa “linguagem própria de Soajo”.

“De vez em quando, juntamo-nos na Casa do Povo para fazer atividades que se faziam há algum tempo, e que queremos reviver, ensinando-as, ao mesmo tempo, aos vindouros, porque, se nós não ensinarmos nesta época, eles nunca vão saber”, explica, referindo-se ao fiadeiro, à malhada ou à debulhada, trabalhos que “têm a sua sabedoria.”

Sob a batuta de Elisabete Barbosa, este grupo de mulheres, a maioria ex-emigrantes, está empenhado em recuperar um valioso repertório cultural. “Como soajeiras que se prestam, só cantamos coisas de Soajo. São cantigas de Soajo, quase todas elas sobre os trabalhos no campo, interpretadas só por mulheres porque, em algum momento, os homens foram embora… E quem ficou a cantar foram as mulheres, quantas vezes mortinhas por chorar!, mas tinham de cantar, porque tristezas não pagam dívidas. […] E os trabalhos agrícolas, como a cavada, eram desenvolvidos ao ritmo da cantiga de S. João”, exemplifica, com entusiasmo, a promotora, antes do ensaio gravado pela TSF.

Ou seja, estas canções aludem ao “tempo em que as mulheres ficavam sozinhas a tratar dos filhos e da lavoura enquanto os homens partiam para os destinos da emigração.” Através das cantigas, são retratadas as “mulheres viúvas de homens vivos – elas vestiam de preto até ao dia em que chegasse a primeira carta [e depois, também, até ao regresso do homem, em bom rigor].”

É com orgulho que Elisabete fala das mulheres de Soajo. “Elas são umas heroínas. […] Porque casaram quase todas de preto – não por estarem contrariadas – mas por saberem que a sina delas era a separação imediata (e outras casavam, sem o marido, por procuração)… Algumas dormiam uma noite com o marido sabendo que, no dia seguinte, ele ia viajar para o Brasil ou para a Argentina, mais tarde para a América do Norte… E não sabiam quando vinham. Outras tinham a sorte de ficar grávidas, digo ‘sorte’ porque a seguir vinha alguém que lhes quebrava a solidão… Mas outras nem isso tinham, portanto, ficavam sozinhas e os maridos andavam no estrangeiro, anos e anos, para comprar algumas terras. E eram as mulheres que tratavam de tudo: terras, gado e pariam sozinhas por esses campos fora, por isso, são mesmo umas heroínas…”, reforça.

Mas mudaram, para melhor, as condições de vida. O tempo de Soajo “isolado” da sede do concelho é passado. Desse período de “isolamento”, Elisabete Barbosa lembra a falta de telefones, de transportes… Nessa altura, “os Arcos ficavam longe e nós éramos outra terra. No meio da serra, neste clima algo agreste, num contexto de trabalho, no campo, não muito produtivo, tivemos de lutar… Foi uma vida dura”, recorda.

“Mas, hoje, tudo está facilitado”, conclui Elisabete Barbosa.

O programa “Terra-a-Terra” pode ser escutado, em podcast, no portal da TSF (http://www.tsf.pt/programa/terraaterra.html).

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