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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

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No âmbito do Plano Municipal do Idoso, vai ser desenvolvido em Soajo o projeto “Seniores + Ativos”. O programa, que vai emparceirar as IPSS, prevê a realização de atividades direcionadas para a promoção do envelhecimento ativo, nomeadamente sessões de ginástica geriátrica, caminhadas, passeios culturais e olimpíadas seniores.

As atividades são desenvolvidas por um técnico especializado e visam contribuir para a autonomia e independência funcional da população idosa.

Além de Soajo, também as freguesias de S. Jorge, Vale, Guilhadeses, Rio Frio, Loureda, Prozelo, Vila Fonche, Couto e Grade estão abrangidas neste plano.

Em Soajo, são contempladas dezenas de idosos.

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Está previsto um “pacote” de 800 mil euros para os lesados do incêndio que fustigou, de 7 a 11 de agosto, as localidades de Soajo, Cabana Maior, Vale, S. Jorge e Ermelo. Este valor indicativo abrange várias áreas, sendo a do pastoreio a mais “favorecida”.

À margem das ajudas, por enquanto, está o lugar de Paradela, mas, com o objetivo de cobrir os danos decorrentes do incêndio que, no dia 6 de setembro, lavrou neste lugar, também já “foram feitas candidaturas” para ressarcir os produtores dos prejuízos, segundo adiantou o edil João Manuel Esteves na reunião de Câmara de 26 de setembro. A última palavra pertence aos ministérios da Administração Interna e da Agricultura, que ditarão o valor indicativo do apoio e os moldes de candidatura.

Noutro âmbito, no seguimento de uma reunião recente que juntou à mesma mesa o ICNF e os municípios lesados pelo flagelo dos incêndios, foi solicitada a colaboração das Comissões de Baldios para intervenções concretas no sentido de acelerar a recuperação das áreas ardidas.

Lembre-se que a Comissão de Compartes dos Baldios de Soajo se reuniu, no passado dia 19 de agosto, para empreender um conjunto de ações com o intuito de defender o interesse individual e coletivo dos compartes, por um lado, e aprovar propostas com o intuito de prevenir incêndios, consolidar o solo e regenerar as pastagens, por outro.

De referir que o ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte estão a desenvolver um projeto-piloto visando a recuperação das áreas queimadas. “Os projetos de restauro do Ramiscal e da mata do Mezio encontram-se em fase muito avançada”, adiantou o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez.

Estes planos de recuperação, associados à criação de novas equipas de sapadores, podem resultar num aviso específico do Plano Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) para efetivação de candidatura, na esteira das promessas feitas pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

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IMG_9792.JPGFoto que encima a peça foi cedida por Joaquim de Jesus Neto

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Dois dias de festa. A segunda edição do Festival Sénior do concelho de Arcos de Valdevez realiza-se no fim-de-semana de 1 e 2 de outubro, no Centro de Exposições (em Passos, Guilhadeses). O programa, que entrecruza humor, música, teatro, usos, costumes, memórias, danças, cantares, exposições e caminhada cultural, conta com a participação das Cantadeiras de Soajo no dia inaugural.

Com forte adesão das IPSS concelhias, esta edição tem a particularidade de coincidir com as comemorações do Dia Mundial do Idoso, que se festeja a 1 de outubro. O dinamismo que a organização promete imprimir funcionará como um estímulo para o público sénior, que, a exemplo da edição de estreia, se empenhará em salutares trocas de experiências e/ou saberes, através da recriação de usos e costumes ligados ao mundo rural.

As Cantadeiras de Soajo, em parceria com o Centro Social e Paroquial de Soajo, exibirão a tradicionalidade ligada ao mundo da lavoura, através de cantorias que os mais velhos querem perpetuar pelas gerações vindouras. A atuação do dinâmico grupo soajeiro está agendada para o dia 1 de outubro, por volta das 16.30.

A valorização do envelhecimento ativo é o grande objetivo do evento, mas a vereadora Belmira Reis, com o pelouro da Saúde, também quer promover um “encontro intergeracional”, conforme referiu a responsável hoje, 26 de setembro, em reunião de Câmara, na qual foi aprovada a verba de, sensivelmente, 21 700 euros para custear a organização do certame.

Eis o programa completo do evento:

 

1 de outubro
. 10.00  – Caminhada “Circuito das Pontes” (partida no Mercado Municipal).

. 14.00 – Abertura do Festival Sénior (Centro de Exposições).

. 14.30 – Inauguração da Exposição “Rostos dos Nossos Anciãos”.

. 15.00 – Habilidades seniores - Grupo de Bombos “Dragões de S. Jorge”, com Centro Social e Paroquial de S. Jorge.

. 15.30 – Momento Musical Intergeracional, com CPS de Grade.

. 16.00 – Momento de Animação (Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez).

. 16.30 – As Cantadeiras de Soajo (cantigas típicas de Soajo), com Centro Social e Paroquial de Soajo.

. 21.30 – Associação Musical Meninos do Vez com Cruz Vermelha Portuguesa de Arcos de Valdevez.
. 22.00 – Rusga da Associação Cultural e Desportiva Unidos dos Couto.

. 22.30 – Cantares de Outono.

 

2 de outubro

. 9.00 – Olimpíadas Seniores – Polidesportivo do Piolho.

. 14.00 – Abertura do Centro de Exposições.

. 14.30 – Entrega de Prémios das Olimpíadas Seniores.

. 15.30 – VALE, vem dançar! – Centro Social e Paroquial do Vale, com apoio das Danças de Salão Social de Ponte da Barca.

. 16.00 – Rusga dos Amigos de Guilhadeses e Vila Fonche, com Centro Paroquial e Social de Guilhadeses.

. 16.30 – Representação Teatral “O Mais Belo da Serra” – Lar Idade D’Ouro.

. 17.00 – Grupo de Cavaquinhos do Couto.

. 17.30 – Rancho Folclórico de Rio Frio, com Centro Paroquial e Social de Rio Frio.

. 18.00 – Encerramento.

 

Outros momentos e atividades: sorteio de prémios; ateliê de pintura; espaço multimédia; workshop de bolachas; exposição “Rostos dos Nossos Anciãos”.

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O casal de nacionalidade sueca que esteve “perdido” na serra de Soajo foi encontrado nas redondezas do rio Adrão. O alerta foi dado ao fim da tarde de sábado, 24 de setembro, tendo os estrangeiros sido localizados por volta das 4.00 deste domingo, 25, na “branda” da Assureira. Lass Otto Kristian Veratore, de 70 anos, e Eva Lena Veratore, de 71, apesar de “assustados” e “desidratados”, não inspiraram grandes cuidados.

Segundo fonte dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez, os caminheiros “estavam bem de saúde, mas assustados, por estarem [há várias horas] perdidos na escuridão […], e tinham sinais de desidratação e de frio.” A chuva que caiu durante a noite e a descida da temperatura tornaram por isso bastante penosa a experiência do casal nórdico, que voltou à Casa do Adro, onde tinham à espera os proprietários da pousada.

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O casal saiu da referida unidade pelas 10.00 de sábado com o intuito de fazer o trilho de Bordença, mas, por lapso, e sem saber as “coordenadas”, “encarou” o caminho da “branda” da Assureira, local onde seria identificado pelas equipas de resgate, atraídas pela luz do flash que a máquina fotográfica ia libertando a cada disparo, tal como foi solicitado pelos socorristas.

Participaram nos trabalhos de busca 13 operacionais dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez e sete elementos da GNR, cinco dos quais do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro.

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Apelos em vão

Não obstante os apelos feitos pelas autoridades para o risco de experienciar trilhos pela serra “às cegas”, contra as expetativas, têm sido recorrentes os casos de turistas desaparecidos na área do único Parque Nacional. Embora os trilhos ajudem a desvendar raras belezas (lagoas, cascatas, desfiladeiros, flora e fauna), é, deve lembrar-se, demasiado ousado (e arriscado) ir à descoberta da serra, principalmente quando não há sinalização nem guias. Em consequência disso, também as equipas de socorro correm riscos.

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O caminho, em calçada à portuguesa, do Colado ao Rego, no lugar de Paradela, vai ser asfaltado em duas fases. A solução betuminosa não é pacífica no seio da Junta e não agrada, também, a muitos populares, mas o acesso será todo ele alcatroado até ao fim do atual mandato, que corre até 2017.

Segundo o presidente da Junta de Freguesia, a intervenção é “absolutamente necessária”, pois “o caminho, além de muito acidentado, tem zonas esburacadas”, dificultando a circulação dos veículos, sobretudo no inverno.

A primeira fase, orçada em 12 mil euros, “será executada no ano em curso, estando a segunda agendada para o próximo ano”, acrescenta Manuel Gomes Capela.

A secretária da autarquia concorda com a beneficiação do caminho, mas defende uma solução distinta.

“As pessoas não querem o caminho alcatroado, e é preciso lembrar que, em tempos, houve uma petição que impediu a colocação de asfalto nesse acesso”, recorda Cristina Martinho, que prefere o cubo de granito ao alcatrão.

Entretanto, o Executivo Municipal, no âmbito da ronda em curso pelas freguesias do concelho, estará de visita a Soajo no próximo dia 7 de outubro. Na agenda da comitiva estarão os “trabalhos concluídos ou em execução em Cunhas, Adrão, Várzea e centro da vila de Soajo”, diz Manuel Gomes Capela, que promete “puxar pelos interesses da Terra”, identificando as “necessidades mais prementes”.

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Algumas associações, com fins diferentes dos religiosos, estão a receber notificações do Ministério das Finanças para o pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) referente a equipamentos por elas detidos. Exemplo disso é a Casa do Povo de Soajo, que foi notificada para pagar 401 euros.

Embora não tenha sido introduzida nenhuma alteração legislativa, ao que parece os serviços da Autoridade Tributária têm vindo, em tempos recentes, a identificar e corrigir eventuais isenções aplicadas sem apoio legal. O fisco está, portanto, a reduzir o âmbito da isenção do IMI aos imóveis, desonerando (isentando) apenas os imóveis diretamente afetos a fins religiosos, assim como as dependências ou anexos daqueles imóveis destinadas a uso de instituições particulares de solidariedade social.

Ou seja, as instituições sem fins religiosos, que o direito português consagra por exemplo a atividades de educação, recreio ou cultura, além das que, por maioria de razão, têm fins comerciais e lucrativos, ficam sujeitas ao regime fiscal aplicável à respetiva atividade.

Neste sentido, a Casa do Povo de Soajo foi uma das associações recentemente notificadas pelo Ministério das Finanças. O presidente da coletividade, apesar das diligências entretanto feitas, fala em notificação abusiva. “A nossa associação, modesta em meios, teve de pagar 401 euros de imposto [sobre o património], algo que nunca aconteceu, o que é um abuso”, diz Manuel Carvalho, inconformado com esta cobrança, assumida, no entanto, como irreversível por outro membro dos corpos gerentes da referida instituição.

Mas, nos termos legais, mesmo após ter procedido à liquidação do valor em causa, a Casa do Povo, como qualquer contribuinte, em caso de discordância quanto à aplicação de tributações em sede de IMI, pode reclamar.

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O corpo de João Gonçalves Araújo será autopsiado durante a manhã desta quarta-feira, no Instituto de Medicina Legal de Viana, sendo trasladado depois para a igreja de Soajo, onde deverá chegar por volta das 15.00.

O funeral, de acordo com a agência contratada, está marcado para as 17.30 de hoje, quarta-feira.

Logo que possível (e quando na presença de elementos factuais e conclusivos), o blogue noticiará o resultado da autópsia.

J.jpgJoão Gonçalves Araújo, que estava internado nos cuidados intensivos do Hospital de Viana do Castelo, morreu esta segunda-feira, 19 de setembro. O corpo chegou a estar em câmara-ardente no Centro Social e Paroquial de Soajo, mas seria conduzido ao Instituto de Medicina Legal de Viana. Ao mesmo tempo, foram ouvidas algumas testemunhas para ajudar a perceber o que aconteceu. O corpo, ao que tudo indica, será autopsiado esta quarta-feira ou, na pior das hipóteses, na quinta, 22.

Na origem do procedimento rocambolesco esteve uma denúncia ao Ministério Público com o objetivo de esclarecer as circunstâncias em que o homem de 45 anos foi internado no passado dia 11 de setembro. Independentemente dos rumores que pairam no ar, existem várias questões por clarificar. Confrontado com a suposta existência de atos de violência doméstica, um vizinho nega ter presenciado alguma vez a tais comportamentos, admitindo, porém, “discussões entre eles [João Araújo e casal que vivia na casa dele, na Costa Velha, vila de Soajo]”.

Sem estabelecer relação direta com o triste desenlace, uma fonte bem colocada no processo, que prefere ficar no anonimato, referiu a este blogue que o finado “tinha um grande hematoma no lado esquerda das costas”.

Acidente, agressão ou doença, é algo que só o relatório da autópsia pode esclarecer.

14316750_1215596885166566_7844990704868969377_n.jpFoto de baixo: Manuel Carvalho

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“O que é que esta Junta de Freguesia está aqui a fazer, se é um entrave à execução dos projetos de que Soajo precisa?” A questão foi suscitada pela deputada Sandra Barreira e serviu de mote para uma longa interpelação ao Executivo, que respondeu a duas vozes. No pingue-pongue que se seguiu, o presidente e a secretária da Junta divergiram em quase tudo. Na troca acesa de acusações, Manuel Gomes Capela levantou-se da cadeira e ameaçou retirar-se, mas acabou por não abandonar os trabalhos.

A deputada da CDU, que passou em revista algumas “novelas”, como a elas se referiu, não teve papas na língua na avaliação que fez ao mandato do atual executivo. “Se houvesse prémio para a pior Junta de Freguesia de sempre, esse título já estava ganho, porque é vergonhoso o que se tem passado [desde 2013]”, atirou Sandra Barreira, que, com a condescendência da Mesa da Assembleia, voltou a beneficiar de longos períodos de interpelação, em desobediência ao regimento.

Para uma mais fácil perceção das matérias suscitadas nesta sessão ordinária (e não “extraordinária”, como, por erro de redação, foi plasmado no Edital), optou-se por fazer um relato esquemático dos vários assuntos discutidos na reunião de 17 de setembro, último.

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Convocatórias das Assembleias de Freguesia

Na posse do Regime Jurídico das Autarquias Locais, a deputada Sandra Barreira lembrou que compete à presidente do órgão deliberativo a redação das convocatórias, e nunca ao presidente do executivo.

Na resposta, o presidente da Junta reconheceu ser ele, por regra, a “tratar das convocatórias”. “Faço-as eu, para não maçar a senhora presidente da Assembleia”, justificou-se.

Acerca do Edital relativo à sessão de 17 de setembro, Manuel Gomes Capela admitiu um erro de redação, endossando, no entanto, responsabilidades a terceiros. “Foi um erro da funcionária, ela não devia ter posto ‘extraordinária’, porque de facto [a reunião] é ordinária.”

Até porque, “se [esta sessão] fosse extraordinária, estávamos fora do prazo, pois a [data de] realização da mesma, à luz do regimento, expirou no dia 15 de setembro”, notou Sandra Barreira.

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“Chumbo” das Contas de 2015

“As Contas de Gerência de 2015 têm de ser aprovadas em sede de Assembleia de Freguesia”, defendeu Sandra Barreira. Mas o presidente da Junta, com base num parecer do contabilista, contrariou esta versão, alegando que “as Contas têm de ser discutidas no órgão deliberativo, mas as mesmas não têm de ser necessariamente aprovadas.”

Sem saber as consequências do “chumbo” das Contas de gerência, Manuel Gomes Capela ficou incumbido, pela deputada Sandra Barreira, de se certificar sobre o ónus que pode advir para a Junta no caso de as referidas Contas continuarem, no futuro, sem aprovação.

De acordo com as informações obtidas pelo blogue, caso haja participação, o Tribunal de Contas (TC), comprovando o teor da denúncia, pode aplicar sanções à autarquia. De resto, as contas podem, também, ser auditadas pelo próprio TC.

 

“Propostas aprovadas em sede de Assembleia que estão por cumprir”

De memória, o presidente da Junta só se lembra de um projeto aprovado pelo órgão deliberativo que não teve boa execução. “A construção da infraestrutura para abrigar as carrinhas da Junta e dos Baldios está por fazer, mas tal se deve ao facto de a Câmara proibir a construção do equipamento naquele local”, disse.

“Mas à Câmara ainda não chegou nenhuma proposta nesse sentido”, retorquiram Cristina Martinho e Sandra Barreira, que exortou a presidente da Assembleia, Maria Branco, a fazer um levantamento das propostas que, depois de aprovadas em sessões do órgão deliberativo, não tiveram ainda prossecução prática.

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Arranjo urbanístico para colocação da escultura referente aos 500 anos do Foral de Soajo

As comemorações do Foral de Soajo terminaram há dois anos, mas o monumento a ele alusivo ainda não foi instalado. Para recuperar o tempo perdido, Sandra Barreira aconselhou o presidente da Junta a recorrer a Jorge Lage, por “toda a aptidão que este tem mostrado em colocar todo o tipo de placas e estátuas em tempos recentes.”

Na resposta, o autarca Manuel Gomes Capela explicou que “já está fixado o sítio certo para a colocação da paragem de autocarro, sendo um pouco mais para baixo dos contentores do lixo, contra a parede da família da Clara”, apontou.

 

Parque infantil

Segundo a deputada Sandra Barreira, o Município de Arcos de Valdevez aguarda, há mais de seis meses, pela indicação de um espaço para a construção do parque infantil.

O presidente da Junta, que desvalorizou este longo compasso de espera, adiantou que o referido equipamento “vai ser instalado no Campo da Feira, aproveitando um espaço que ficou livre nas imediações dos sanitários, o qual era pertença de um feirante.”

“E está desenhado para o Campo da Feira porque fica nas proximidades da escola e porque a Casa do Povo não tem condições para receber este equipamento”, justificou o autarca.

O tesoureiro Lourenço Couto acrescentou que, por determinação da Câmara, o parque de recreio será construído no Campo da Feira, tendo o arquiteto Machado procedido, já, a uma vistoria ao local.

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Posto de Turismo

O Centro de Turismo e Informação abriu e, ao contrário do que chegou a ser anunciado (e prometido) pelo presidente da Junta de Freguesia, não foi criado nenhum posto de trabalho. Goradas as expetativas, sobram muitas críticas à forma como o processo foi conduzido, que está a ser lesar os interesses da freguesia, alertou a eleita pela CDU.

“A pessoa que está a exercer funções no Posto não tem aptidão para ser técnica de turismo, estando ela numa posição desconfortável. Mas a responsabilidade é de quem coloca uma pessoa a exercer mais do que uma função, ficando a parte turística a perder”, considerou Sandra Barreira.

Na resposta, o autarca Manuel Gomes Capela explicou que a “Junta de Freguesia não tem possibilidade de pagar a uma técnica de turismo 13 203 euros por ano”. Mas, segundo Sandra Barreira, “há uma série de apoios à contratação de jovens à procura do primeiro emprego” que podiam ter desbloqueado o problema.

Em sintonia com a jovem deputada comunista, a secretária Cristina Martinho notou os estrangulamentos causados pela acumulação de funções a que Olga Gomes está sujeita, “com prejuízos evidentes para as pessoas que se deslocam dos lugares, as quais já têm ficado por atender”, visto a funcionária estar assoberbada de trabalho.

“É gravíssimo o que está a acontecer, não é funcional, a Olga não está bem lá, não estamos a funcionar como deve ser e, por isso, as pessoas não têm um bom atendimento”, concluiu a secretária da Junta, que quer uma “funcionária mais disponível para o povo”.

 

Cancelamento da visita dos alunos de Medicina

A “novela” da visita dos estudantes de Medicina, atividade que acabou anulada, foi suscitada pela deputada Sandra Barreira, a cara da oposição, face ao “apagamento” do PSD. O presidente da Junta, fortemente visado, responsabilizou a vereação municipal pelo cancelamento da iniciativa.

“Os vereadores da Câmara não têm nada que dizer sobre o que se vai fazer na freguesia, eu não dependo deles nem eles me dão ordens”, referiu Manuel Gomes Capela.

Na origem do diferendo, está o facto de a vereadora Belmira Reis ter incumbido a secretária Cristina Martinho na tarefa de acompanhamento dos estudantes da Universidade do Minho pelos lugares de Soajo, só que o presidente da Junta não acatou esta indicação.

“Por birra, o senhor presidente proibiu que eu fizesse o acompanhamento aos alunos de Medicina”, atirou Cristina Martinho.

Na troca de “galhardetes”, Manuel Gomes Capela voltou a queixar-se de ter sido alvo de marginalização em todo este processo. “Embora esta atividade fosse de interesse da população, […] a verdade é que, em função das diligências feitas pela vereadora com a secretária [Cristina Martinho], tive de comunicar ao vereador [Olegário Gonçalves] que ‘vocês passaram por cima de mim, mas não vão passar outra vez’ [risos na sala]”, relatou o presidente da Junta.

 

Feira das Artes e Ofícios Tradicionais (FAOT)

Em resposta a uma interpelação da CDU, o presidente da Junta frisou que “a FAOT de 2016 foi antecipada por indicação do presidente da Câmara, que achou a realização da nossa Feira incompatível com a data das Festas Concelhias.” Mas, paradoxalmente, as Festas Concelhias coincidiram com as Festas da Vila de Soajo.

Cristina Martinho, em sintonia com a deputada Sandra Barreira, foi direta ao assunto. “Como nós dissemos, [a edição da FAOT de 2016] foi uma catástrofe, pois um programa daqueles não funciona sem os emigrantes.”

 

Incêndios “sem a presença no terreno do presidente da Junta”

“Há atitudes mínimas que se devem ter em representação do povo como deveria ter acontecido no caso dos trágicos acontecimentos do mês de agosto.” O recado de Sandra Barreira visou a inércia do presidente da Junta de Freguesia, devido à falta de acompanhamento deste aquando dos incêndios que fustigaram Soajo.

“Temos mais a agradecer, em termos de representação, ao presidente da Junta da União das Freguesias de Cabana Maior e Soajo, Joaquim Campos, por ter estado sempre tão disponível para esclarecer a comunicação social e, até, ajudar à evacuação do lugar de Vilar de Suente, ao contrário do presidente da Junta de Soajo, que nem sequer prestou apoio moral às pessoas e aos bombeiros, nem tão-pouco criou condições para a logística”, notou a deputada.

A secretária Cristina Martinho subscreveu a crítica e apontou falhas à Junta, “por responsabilidade do presidente”, que “não assegurou o transporte das pessoas dos lugares de Vilar de Suente e de Vilarinho das Quartas”, a despeito de existir uma “carrinha estacionada todos os dias no Covelo”, sentenciou, com sarcasmo à mistura.

Na mira da oposição e da secretária, o autarca Manuel Gomes Capela escudou-se no facto de ter estado “doente” para explicar a sua ausência nos cenários apocalíticos que se viveram, principalmente no mês de agosto. “Sou asmático”, defendeu-se.

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“Novela” do livro de atas

O assunto em epígrafe deu azo a acesa troca de acusações.

“Os livros de atas desapareceram da Junta há dois meses. O processo está nas mãos do Tribunal. Estes livros não serão entregues na Junta, mas, sim, no Ministério Público, a fim de serem examinados logo que seja feita a sua entrega”, disparou Manuel Gomes Capela, referindo que as atas das reuniões mensais de Junta estão a ser feitas de “forma avulsa” pela administrativa Olga Gonçalves.

A secretária do executivo, Cristina Martinho, não se ficou e passou ao contra-ataque.

“Fui proibida pelo presidente da Junta, desde o início, em lavrar as atas, porque eu escrevia que eu não tinha conhecimento, mas realmente eu não sabia dos factos que iam ocorrendo, como de resto não vi o protocolo sobre o Posto de Turismo ou orçamento”, respondeu a secretária.

“[…] Estamos numa novela: o presidente foi fazer queixa de mim no passado dia 22 de junho, denunciando um suposto roubo livro de atas. Fui chamada à GNR, mas, sorte minha, encontrei uma gaveta aberta onde descobri os livros de atas. Numa ata, fiquei de boca aberta… Nela, está o meu nome manuscrito, mas não fui eu que assinei, […] como se eu anuísse a fazer parte de um júri, ou concordasse em dar um parecer sobre um orçamento, que não vi, ou aprovasse a entrega de uma obra a alguém que não conheço.”

E, no mesmo tom, concluiu: “O presidente da Junta assina [atas] por mim e até já fez reuniões [de Junta] sozinho”, acusou Cristina Martinho.

Na resposta, e aludindo ao caso da alegada assinatura falsificada, Manuel Gomes Capela defendeu tratar-se de um “erro”, devendo a ata em causa ser “anulada”.

 

Demissão

“Sugeria que a secretária Cristina Martinho se demitisse do cargo de secretária da Junta de Freguesia, porque não está a representar minimamente o seu papel, ao contrário do que está a acontecer enquanto presidente do Conselho Diretivo dos Baldios”, exortou Sandra Barreira.

Na resposta, Cristina Martinho explicou a sua posição. “Não me demito. Até devia, poupava-me trabalho e uns calmantes, mas hei de conseguir. Sinto-me na responsabilidade de estar aqui, pois, pelo menos, a Assembleia vai sabendo algumas coisas.”

Ou seja, assim entenderam os fregueses presentes na Assembleia, Cristina Martinho não sai para não dar prova de fraca e para que o povo tome conhecimento das diatribes que vão acontecendo no seio do executivo, do qual ela faz parte.

 

Candidatura dos Baldios

Na última Assembleia dos Compartes dos Baldios de Soajo, foi autorizada uma candidatura a financiamento, cujo procedimento carece da anexação dos cadernos eleitorais (cópia).

Mas, de acordo com Cristina Martinho, o presidente da Junta “proibiu a impressão dos cadernos eleitorais na Câmara Municipal e na Junta de freguesia.”

“O senhor presidente deve estar supercontente. São 320 mil euros que vão à vida para a freguesia nos próximos quatro anos e oito funcionários para a rua”, ironizou a secretária da Junta, que é, também, presidente do Conselho Diretivo dos Baldios de Soajo.

Manuel Gomes Capela, desmentindo a versão da secretária, referiu que “a única pessoa que tem autorização para imprimir os cadernos eleitorais é a administrativa Olga Gomes, que é quem tem a palavra-passe.”

No debate cheio de remoques, a secretária fez uma acusação eivada de caráter pessoal, que levou o presidente da Junta a ameaçar abandonar os trabalhos, mas este acabou por voltar ao lugar, depois de reconsiderar as consequências que daí iriam advir (descrição em ata).

“A estupidez do presidente da Junta só causa prejuízo à nossa freguesia”, lamentou Cristina Martinho, que deu como exemplo desta política lesiva, para os interesses de Soajo, o facto de haver “um trator a estragar-se no valor de 20 mil euros”, porque o abrigo ainda não foi construído.

 

Contratação do funcionário Jorge Esteves

Segundo Manuela Jorge, o ex-colaborador da Junta “Jorge [Esteves] esteve a trabalhar ao serviço da autarquia quando era à época (e ainda é) funcionário da ConstroSoajo.”

“Quando o Jorge me diz que trabalha para a ConstroSoajo e anda a limpar ruas [cantoneiro da Junta], queria que esta questão fosse esclarecida sobre o que é que existe aqui?”, perguntou a 1.ª secretária da Mesa da Assembleia.

O presidente da Junta recusou responder à eleita, mas, a pedido do soajeiro António Neto (Tonais), lá explicou que o “Jorge trabalhou para a Junta durante dois meses”, na decorrência de um contrato feito pela ConstroSoajo para que o Jorge trabalhasse para a Junta. […] Entretanto, acabou o contrato e o Jorge continuou a trabalhar para o Vítor”, acrescentou.

No meio de várias denúncias sobre a natureza desta contratação, Manuel Gomes Capela reiterou a tese segundo a qual “a Junta de Freguesia não podia fazer o contrato, e por isso foi um empregador a fazê-lo”, adiantou o presidente da autarquia. De resto, foi a edilidade que pagou a Segurança Social e o seguro ao referido trabalhador. A remuneração mensal do funcionário contratado naqueles termos foi de 980 euros.

Perante estas informações, a secretária Cristina Martinho, sem concretizar, deixou no ar a hipótese de haver “branqueamento de fundos”, tendo o presidente da Junta voltado a referir que, segundo o contabilista, a autarquia só “adquiriu o homem porque a ConstroSoajo fez um contrato para ele.”

Aparentemente, ter-se-á tratado da “contratação de um serviço à empresa ConstroSoajo”, como alguém disse da assistência.

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Gestão dos recursos públicos

A carrinha da Junta entreteve, por longos minutos, a “desgarrada” entre Cristina Martinho e Manuel Gomes Capela. Da longa discussão, faz-se apenas um “apanhado” do essencial, a seguir resumido.

. Cristina Martinho: “A carrinha da Junta de Freguesia está estacionada há vários meses, todos os dias, em Covelo. Não é normal, é feio e abusivo.”

. Manuel Gomes Capela: “O carro da Junta é para estar ao serviço da autarquia e sempre que eu estiver ao serviço da Junta é o carro da Junta que eu vou continuar a usar, e está estacionado lá [em Covelo] porque, no caso de haver uma emergência, estarei onde for preciso.”

. Cristina Martinho: “Mas nós não temos de utilizar o carro 24 sobre 24 horas, ele não é nosso, é do povo.”

 

Estação de tratamento em Novás

A ETAR, em Novás, não funciona há muito tempo e, por isso, de lá é exalado um cheiro fétido. O presidente da Junta disse ter feito a comunicação desta anomalia ao engenheiro Luís Macedo.

 

Delimitação de fronteiras com a freguesia de Cabana Maior

O presidente da Junta, em anterior sessão da Assembleia, prometeu recorrer aos tribunais para fazer a delimitação de fronteiras com a freguesia de Cabana Maior.

Perguntado sobre a fase em que se encontra o processo, Manuel Gomes Capela mostrou-se enigmático. “Não sei se já entrou em sede de tribunal a questão da delimitação de fronteiras com a freguesia de Cabana Maior, e sobre isso ainda não tive nenhuma conversa com o senhor Joaquim Campos.”

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A crítica mais recorrente

“As obras executadas em Soajo, no atual mandato, não são objeto de concurso e a adjudicação é feita diretamente.” Estas críticas têm sido sistemáticas, e, desta vez, foi Manuela Jorge a fazer denúncia pública.

 

Atividade da Junta no ano em curso

Caminho do Terço do Pereiro, em Cunhas (5975 euros)

. Caminho de Riobom, em Soajo (2456 euros)

. Caminho do Lombo da Leira, em Adrão (2122 euros)

. Caminho da Laranjeira (2156 euros)

. Abertura da água para o cemitério de Vilarinho das Quartas (566 euros)

. Caminho em Vilarinho das Quartas (2143 euros)

. Abrigo para os contentores do lixo, em Soajo

. Caminho em Bairros, Soajo (5088 euros)

. Alargamento no Souto de Bairros (1100 euros)

. Grelha reforçada, em Bairros (111 euros)

. Alargamento do Caminho em Carvalho, Riobom (1961 euros)

. Obras no cemitério de Vilar de Suente (1420 euros)

. Caminho da Poça, em Vilarinho das Quarta (1017 euros)

. Reforço de iluminação pública (2283 euros)

. Muro de suporte a um caminho, em Reigada (1553 euros)

. Caminho do Sacramento, na Várzea (8133 euros)

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“Donativos” e empréstimo

Foi lembrado, uma vez mais, que a Junta de Freguesia, por deliberação do Executivo, concedeu, em tempos, um “donativo de 5 mil euros à Associação de Vilarinho das Quartas” e à mesma coletividade foi feito, posteriormente, um empréstimo de 1500 euros, sem que a Assembleia de Freguesia se tivesse pronunciado acerca disso.

“Este empréstimo será reembolsado quando a Associação receber a primeira tranche da Câmara Municipal”, prometeu Manuel Gomes Capela.

Voltando ao “donativo” de 5 mil euros, a deputada Sandra Barreira lembrou que é preciso redefinir prioridades.

“Não faz sentido disponibilizar donativos e dinheiro para uma associação e, depois, vir alegar que não há dinheiro para contratar uma técnica de turismo”, rematou.

Por fim, à ARDAL, segundo o presidente Manuel Gomes Capela, foi concedido um “donativo” (apoio?) de 160 euros para ajudar na iniciativa de contratar oito tocadores de concertina, por ocasião da I Feira do Mezio.

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A Assembleia de Freguesia de Soajo reúne-se este sábado, 17 de setembro (19.00), no salão do Centro Social e Paroquial de Soajo.

Da ordem de trabalhos constam os seguintes pontos:

  1. Período (de) antes da ordem do dia.
  2. Atividade da Junta de junho a setembro de 2016.

O Edital faz alusão a uma “reunião extraordinária”, mas, paradoxalmente, os assuntos a discutir nesta sessão não encerram nenhum caráter de exceção.

 

O que diz a lei

. De acordo com o regimento em vigor, uma assembleia de freguesia reúne-se em quatro sessões ordinárias anuais – nos meses de abril, junho, setembro e novembro ou dezembro – convocadas com uma antecedência mínima de oito dias.

. A sessão extraordinária deve ser realizada no prazo mínimo de três dias e máximo de dez dias após a sua convocação. Mas o Edital da referida “assembleia extraordinária” data de 5 de setembro, ou seja, 12 dias antes da respetiva realização, ou seja, fora do prazo regimental.

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