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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

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O Dia das Bruxas festeja-se hoje, 31 de outubro, mas, em Soajo, o Café Jovem, com a preciosa ajuda de um grupo de voluntárias, assinalou a tradição – mais anglo-americana do que latina – no passado sábado, 29. O espaço foi decorado com as cores e adereços típicos do Halloween e à festa aderiram miúdos e graúdos, vestidos e pintados a preceito, com vários gostos e vontades.

Como é da “praxe”, esta é uma festa sem regras, o que interessa é a diversão. Por isso, a atividade teve propostas como brincar às pinturas (sobressaiu a criatividade de Lisa Araújo) e às perucas; fazer de bruxinha, com a graça, por exemplo, de uma freira; espalhar o feitiço, através de uma parada de horrores como um caixão e o respetivo defunto (sempre a brincar, claro); pregar sustos típicos da ocasião; ou o desfilar de bonitas coreografias, combinadas com adereços concebidos a partir de materiais reutilizados.

As crianças, sem medo do espaço “assombrado”, também entraram no espírito do Halloween: vestiram-se e pintaram-se a rigor, com bonitas fantasias, misturando-se com personagens e vampiros adultos…

O público gostou das inocentes diabruras e, pelo nível de adesão, a festa do Halloween tem todos os ingredientes necessários para – sem cafés assombrados nem funcionários assustadores – fazer o seu caminho evoluindo de ano para ano.

De referir que, em períodos de maior atividade, o Rancho Folclórico das Camponesas da Vila de Soajo, em parceria com a Casa do Povo, também assinalou, no passado recente, o Dia das Bruxas, com um programa a condizer.

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IMG_4102.JPGSoajo recebeu, hoje, 29 de outubro, o VI Campeonato do Mundo de Trail Running. A elite mundial da modalidade correu os 85 quilómetros da prova principal, que foi um autêntico teste à resistência e capacidade de superação dos concorrentes.

Os trilhos de montanha, com escarpas vertigionsas e paisagens de rara beleza, coroaram Luís Alberto Hernando, de Espanha, e Caroline Chaverot, de França (nascida na Suíça) como os novos campeões do mundo de trail, nos setores masculino e feminino, respetivamente. A seleção nacional obteve um meritório quinto lugar. Tiago Aires foi o primeiro português a cortar a meta, seguindo-se Ricardo Silva e Armando Teixeira. A equipa feminina fez ainda melhor, conseguinto um extraordinário quarto lugar coletivo.

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IMG_4247.JPGA corrida pedestre, com trilhos muito técnicos, pelo meio do único Parque Nacional, começou, às 5.15, na ponte do rio Caldo, em Terras de Bouro, passou pelo concelho vizinho de Ponte da Barca, e terminou no Campo do Trasladário, nos Arcos de Valdevez.

No posto intermédio de abastecimento (líquidos e sólidos), instalado no Largo do Eiró, ao quilómetro 64, muitos atletas, caso da portuguesa Sofia Roquete, queixaram-se do calor e da extrema dureza da prova, mas a grande maioria dos 302 competidores (172 homens e 130 mulheres), de 42 países, logrou chegar à meta, 21 quilómetros depois. E houve quem, devido a quedas, tivesse resistido a esfoliações… Mas nada que tivesse impedido um aceno aos espetadores depois de uma palavra de encorajamento.

Para a prova de elite, foi desenhado “o percurso mais difícil de sempre”, segundo o ultramaratonista minhoto Carlos Sá. Basta dizer que a corrida, de 85 quilómetros, teve um desnível positivo superior a 4500 metros, o equivalente “a subir da Covilhã à Torre cinco vezes e depois descer”, de acordo com a organização.

Além da corrida principal, houve outras três provas abertas ao público em geral: uma de 16 quilómetros (a pensar naqueles que estão a debutar na modalidade), outra de 55 quilómetros a solo e uma terceira de 55 quilómetros, disputada em estafeta por equipas de três elementos. No caso, tratou-se de uma boa oportunidade para os praticantes amadores e fãs das corridas embrenhadas na natureza “medirem” a respetiva resistência. As quatro corridas, com cerca de 1500 participantes, todos acarinhados pelo público, encontraram-se nas imediações de Arcos de Valdevez, local da meta que consagrou como campeões do mundo o aragonês Luís Alberto Hernando, de 39 anos, e a antiga canoísta Caroline Chaverot, de 40, reconvertida ao trail desde 2010.

No rescaldo do megaevento desportivo, com algum impacto económico e vasta cobertura mediática, sobraram bons motivos para festejar, pois não é todos os dias que uma competição à escala mundial se realiza nas belezas naturais da serra de Soajo.

Sabia que…

Quem fosse apanhado, neste Campeonato do Mundo, a arremessar lixo para o chão seria desclassificado?

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A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e a Assembleia de Compartes dos Baldios de Soajo celebraram, no passado dia 12 de outubro, um protocolo no valor de 27 500 euros. No ato de assinatura, a entidade soajeira fez-se representar por António Amorim.

A referida associação, que detém uma equipa de sapadores florestais (cinco elementos), “vai aplicar este dinheiro, sobretudo, na limpeza de bermas”, segundo adiantou ao Soajo em Notícia Cristina Martinho, presidente do Conselho Diretivo dos Baldios.

Com esta ação, pretende-se prevenir os incêndios florestais, ou, pelo menos, reduzir a sua severidade, através da criação de faixas de gestão de combustíveis.

De acordo com a responsável, “estes meios financeiros são insuficientes para a vastíssima área de Soajo”, cujo território afeto aos Baldios tem uma extensão de 5400 hectares.

Para reforçar o trabalho de prevenção de incêndios, assim como de defesa da floresta, existe a expetativa de, futuramente, ser constituída uma segunda brigada de sapadores afeta aos Baldios de Soajo.

Foto: Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez

IMG_3309.JPGO recinto da escola-sede do Agrupamento de Escolas de Valdevez (AEV) engalanou-se, hoje, quarta-feira (26 de outubro), para acolher mais uma Feria Franca “Cores e Sabores de Outono”. A representar a tradição fruteira e hortícola de Soajo, assim como as habilidades artesanais da Terra, estiveram os alunos que frequentam o 2.º ciclo no AEV.

“A feira está a correr bem, já fiz cerca de 20 euros”, soltou, quando a atividade ia a meio, o soajeiro Alexandre Araújo Ramos (com uma vistosa boina campestre), que, na banca improvisada, e em sociedade com um colega de turma, tinha um generoso cabaz de produtos ao dispor dos visitantes, entre maças, kiwis, alho francês, doces de figo e tomate, castanhas, cidreira, loureiro…

Já Beatriz Neto Rodas, também de Soajo, fez negócio com biscoitos, marmelada caseira e travessões. Os clientes, a maioria caras conhecidas, reconhecem o bom gosto dos adornos multicolores.

O tempo soalheiro ajudou, também, a “chamar” pais/encarregados de educação, familiares, amigos ou simples curiosos. Nesta feira, bastante concorrida, sobrou, para muitos, o embaraço da escolha. Nos cerca de trinta stands e pontos de venda montados no recinto, podia encontrar-se um pouco de tudo que fosse alusivo ao mundo rural. Frutos da época (castanhas, nozes, abóbora…), doces, compotas, mel, marmelada, leguminosas, cebolas, chás, coelhos, ovos caseiros, plantas (para ornamentar e temperar), biscoitos, bolachas…

No mercado ao ar livre, há quem procure produtos específicos. “Quero comprar mel”, disse Aurélio Ferreira, bastante “reconfortado com a interação criada na feira”, segundo uma tradição que germinou “há mais de uma década, sob iniciativa, àquela época, dos professores de EVT (Educação Visual e Tecnológica) e Ciências da Natureza”, acrescenta o adjunto do diretor do AEV, tão envolvido na ambiência como os restantes elementos da direção.

Com o passar do tempo, muitas das cestas que estavam carregadas de produtos de lá saíram vazias ou quase. A castanha, que Arnaldo Pereira comprou, foi um dos produtos mais transacionados. Os legumes também. Os visitantes, por regra, não se importam de pagar o valor justo pelo bom produto e não fazem grande questão de regatear o preço.

Só o acerto de contas, por falta de “trocos”, em certas situações, dificultou as trocas comerciais, mas disso resultou um exercício de raciocínio matemático bastante enriquecedor, até por ser em contexto prático. O cliente José Viana experimentou um compasso de espera, mas não perdeu nunca a compostura.

Entretanto, muitos dos visitantes exultam com o ambiente festivo. Absorvidos por esse espírito, os elementos do Rancho Folclórico de S. Pedro de Souto, de várias idades, apresentam-se trajados, como se de uma atuação num festival folclórico se tratasse, e brindam a assistência com uma bonita sequência de danças e cantares, sempre ao som da concertina.

O figurino de feira – onde alunos, professores e pais interagem como raramente acontece no atual sistema de ensino, muito mais formal do que informal – é do agrado de todos. “É uma feira lindíssima”, atira a professora Ermelinda Costa, enquanto ronda os stands e os vários pontos de venda. Em sintonia, Elisa Marques, colega aposentada, elogia a “qualidade e a diversidade dos produtos à venda”. A médica soajeira Elisabete Barbosa, contagiada pela animação, participa num vira.

Em suma, pelo ambiente de grande afinidade que se vive, cada ano, nesta Feira Franca, sob organização e dinamização dos grupos de História e Geografia de Portugal (2.º ciclo), o alarme da crise fica sempre à porta da escola, pelo que os pequenos “comerciantes”, muitos dos quais trajados com roupas e acessórios do campo, não precisam de fazer uso de pregões para gerar algum negócio, pois a adesão da comunidade educativa incentiva o consumo…

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Soajo é um dos “tesouros” retratados no filme “Nature Experiences - from the Mountains to the Sea”, que arrebatou, recentemente, três primeiros prémios no Festival Internacional de Cinema Turístico, ART&TUR 2016. A película foi considerada o melhor filme internacional na categoria de “Outdoor Activities” e melhor filme nacional em duas categorias (“Expedições e Viagens” e “Desporto e atividades ao ar livre”).

O referido festival é um dos mais prestigiados eventos de cinema turístico a nível mundial. O filme foi coroado na mais recente edição do Art&Tur, que decorreu em Vila Nova de Gaia, de 19 a 22 de outubro, na qual participaram mais de três centenas de filmes, provenientes de vários países. O antedito filme (com quase seis minutos de duração) – que já tinha sido exibido no festival de Fantasporto de 2016, na secção competitiva de Melhor Filme Nacional – é uma pequena amostra das experiências que podem ser vividas numa visita pelas paisagens naturais do Minho.

O guião, que vai da montanha até ao mar, e atravessa rios e vales de rara beleza, retrata as áreas protegidas e os espaços naturais do Minho, incluindo o único Parque Nacional, também Reserva Mundial da Biosfera, onde Soajo, com a sua majestosa eira comunitária, as frondosas escarpas e as lagoas de água cristalina, tem merecido lugar de destaque.

O trabalho digital apresenta diversas experiências embrenhadas na natureza, nomeadamente atividades na montanha (caminhadas e escalada) e no rio (rafting, canoagem e passeios de barco), sem esquecer o mar (surf, mergulho e outros desportos náuticos) e os passeios a cavalo nos areais das praias minhotas.

Segundo a ADERE, o objetivo do filme foi o de apresentar o Minho “como um território de excelência para o turismo de natureza e, em particular, para a prática de atividades na natureza, mostrando as diversas oportunidades que podem ser experienciadas na montanha, no rio e no mar”.

O filme pode ser visto no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=s9D7K0638T0

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Imagem1.jpgFotos: Adere-PG

IMG_3660.JPGAs ajudas prometidas pela tutela já foram atribuídas aos pastores prejudicados pelos incêndios do verão. Nesta fase, os apoios destinam-se à aquisição de forragens para alimentar o gado. Mas as ajudas compensatórias para recuperação das estruturas produtivas (estábulos, por exemplo) só vão ser processadas mais tarde.

Devido à destruição de imensas áreas de pasto no "coração" do único Parque Nacional (e nas proximidades deste), o Ministério da Administração Interna, através da Autoridade Nacional de Proteção Civil, avançou, logo, com uma Conta de Emergência para os criadores lesados, muitos dos quais de Soajo. “Recebemos, no passado dia 10 de outubro, 30 euros por cada vaca ou cavalo, igual valor por três novilhos e outro tanto por cada rebanho de seis ovinos ou caprinos”, adianta António Cerqueira.

IMG_9660.JPGA falta de pasto, desde agosto passado, tem sido uma forte dor de cabeça para a comunidade que vive da agropastorícia. Em Soajo, onde existe uma grande comunidade de pastores e, provavelmente, uma das últimas do território, há cerca de cinquenta criadores registados. Pelos campos e serra de Soajo, pastam, livremente, cerca de 1500 animais, entre bovinos (800 cabeças), ovinos e caprinos (550) e equinos (150), segundo dados apurados localmente.

Como os montes ficaram sem pasto desde os devastadores incêndios de agosto, os animais desceram aos estábulos à procura de alimento. “Até novembro próximo, nós, pastores, temos de alimentar o gado com o feno comprado, o que significa uma despesa acrescida”, diz António Cerqueira, um pouco reconfortado com esta ajuda.

Sem pastagens, a solução encontrada pelos pastores tem sido, justamente, a compra de feno em Espanha ou Vila Verde (Braga). “Cada fardo de feno, adquirido na Galiza, custa cerca de 2,60 euros, mas o rolo maior, de trezentos quilos, fica por 30 euros, ou seja, 10 cêntimos o quilo”, contaram ao Soajo em Notícia alguns pastores. Um fardo dos pequenos, em certos casos, pode servir apenas para matar a fome pela manhã a uma vaca. No resto do dia, os animais andam junto aos estábulos, nos campos poupados pelas chamas ou nas imediações das estradas a procurar arbustos e ervas, que começam a despontar agora com as chuvas.

Apesar de os valores ficarem aquém das necessidades, a comunidade de pastores diz que o dinheiro recebido é melhor do que nada. “É verdade que há seis anos as ajudas foram mais significativas [cem euros por vaca], mas nós, depois do incêndio de agosto último, não reclamámos um montante em concreto, solicitámos, sim, uma ajuda imediata para comprar feno”, refere António Cerqueira.

Outro pastor, que tem, em permanência, os animais no estábulo e dentro da cerca, onde existe um campo com bastante pasto, reclama uma fiscalização adequada e coerciva para acabar com os abusos.

“Concordo com as ajudas, mas os beneficiários devem ser cumpridores e conscienciosos, pois há pastores que recebem ajudas para outras coisas que não a aquisição de feno”, atira um criador de Soajo.

Mas, com estes pequenos apoios, não é certo que os produtores consigam manter o gado e o efetivo sem recorrer às respetivas poupanças…

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unnamed.jpgFotos: arquivo de Soajo em Notícia e Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez

1474.JPGO único Parque Nacional, que tem Soajo como um dos seus grandes pontos de atração, entre centenas de candidaturas apresentadas, foi selecionado para o “Sustainable Destinations Top 100”, passando a ser classificado como um dos cem destinos turísticos mais sustentáveis do mundo.

Esta afirmação internacional do território, que, desde 2009, é Reserva Mundial da Biosfera, atribuída pela UNESCO, é vista pelos agentes locais como uma responsabilidade e um desafio acrescidos, quer à sua preservação quer à dinamização desta área protegida, que possui características únicas.

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capa_15598.jpgFotos: Internet e arquivo do blogue Soajo em Notícia

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Fiona Hayvice. O nome pode não dizer muito à maioria dos leitores, mas esta atleta neozelandesa, especialista em corridas de ultra-trail, arrebatou em 2016, a consagrada prova da Tarawera Ultramaratona. É uma das corredoras que vão participar no VI Campeonato do Mundo de Trail Running, cuja corrida se realiza no próximo dia 29 de outubro, na área do único Parque Nacional.

A atleta iniciou, no dia 14 de outubro, um estágio de preparação em Soajo. Atual quinta classificada do ranking mundial, que abrange 12 corridas (das quais são contabilizados, para efeitos classificativos, apenas os três melhores registos individuais), Fiona Hayvice, que já venceu a corrida disputada na Nova Zelândia e obteve um segundo lugar na Austrália, aspira aos lugares do pódio.

Em entrevista ao Soajo em Notícia, a simpática ultramaratonista disse que foi “recebida de forma calorosa em Soajo”, localidade que escolheu por, “estrategicamente, ficar no centro da corrida”, a qual tem um “traçado equilibrado, com sítios bons e outros maus”. Sendo uma prova de grande nível de dificuldade, a preparação é “quase toda ela feita em montanha”, conta.

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Apesar de os patrocinadores custearem as despesas, Fiona Hayvice não é profissional deste desporto, pois a vida é feita de “outras corridas”. É comerciante de mobílias na Nova Zelândia.

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Quem é Fiona Hayvice

. Idade: 40 anos.

. Estado civil: casada (mãe de um menino, de quatro anos).

. Nacionalidade: neozelandesa.

. Título principal: campeã do mundo na prova de Tarawera Ultramaratona (2016).

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Oito perguntas a Fiona Hayvice

“Soajo é uma terra bonita e com gente calorosa”

  1. O que é o trail running?

É uma modalidade gerida por uma associação internacional. É uma corrida de médio e longo curso, por regra, de grande nível de dificuldade.

  1. Que preparação faz para uma ultramaratona?

A minha preparação é quase toda ela feita em montanha, segundo o plano do meu treinador. Como amo este desporto, corro com alma e coração. Treino-me, em média, cinco horas por dia nos fins de semana e cerca de três horas nos dias úteis. 

  1. Quais os objetivos para a corrida de 29 de outubro? Ganhar?

Sim (risos)… Bem, o principal objetivo de qualquer corredor/corredora é começar e acabar a prova.

  1. Que dificuldades é que espera encontrar? Por que razão escolheu Soajo para esta fase de preparação?

A corrida apresenta um percurso equilibrado, tem sítios bons e outros maus. Escolhi Soajo porque esta localidade fica colocada, estrategicamente, no centro da corrida.

  1. Em que moldes é que se disputa o Campeonato do Mundo de Trail Running?

A competição tem 12 corridas, das quais, para o ranking, só contam as três melhores prestações. Até agora, ganhei uma das corridas na Nova Zelândia, fui segunda classificada na prova disputada na Austrália e fui oitava na Suíça. Neste momento, encontro-me em quinto lugar na classificação geral, mas está quase tudo ainda por decidir.

  1. É profissional do trail running?

Não. Apesar de ter patrocinadores que custeiam o calçado e o restante equipamento, não consigo viver do trail running. Sou comerciante de mobílias, feitas localmente (Nova Zelândia). De resto, até há algum tempo, só havia duas pessoas que viviam deste desporto.

  1. Como é que é fazer estas provas longe da família?

A minha família está do meu lado. O meu marido apoia-me em tudo.

  1. O que é que pensas de Soajo?

Fui muito bem recebida por todos em Soajo, terra muito bonita. As pessoas são calorosas. Espero cá voltar futuramente, nessa altura, com a minha família, especialmente o meu filho.

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IMG_3061.JPGNota: A equipa do blogue agradece a preciosa colaboração que o senhor Manuel Fernandes Gonçalves Lage prestou no trabalho de tradução.

IMG_2996.JPGIngressou, recentemente, na Universidade de Coimbra no curso que pretendia. Concluiu o secundário no Agrupamento de Escolas de Valdevez (AEV) e fez, com distinção, o exame nacional de Português. Protagonizou, no ano letivo 2016/2017, uma das 74 colocações (só primeira fase, um número recorde) do AEV no ensino superior público. A jovem soajeira de quem se fala é Ana Teresa Ribeiro Lage.

O presente sorri a Ana Lage, mas o sucesso é fruto do trabalho. Por isso é que ela conseguiu, sem surpresa, entrar no curso de Sociologia, integrando o contingente de alunos que, a nível nacional, ingressou no curso prioritário. Aliás, a classificação final do secundário, de 16,1 valores, tendo como referência a média do último aluno colocado no mesmo curso, no ano letivo anterior, permitia, desde logo, à futura socióloga ter uma ideia do que iria acontecer. “Fiquei eufórica [no momento em que o ingresso na universidade se confirmou], apesar de estar à espera disso”, diz Ana Lage, que, depois da “euforia”, promete continuar a ser “estudiosa”.

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A caloira, mesmo sabendo de antemão que, por cá, vão escasseando reais oportunidades de emprego em (quase) todas as áreas, tem, no entanto, muito em que pensar no presente. “Só penso nos desafios que tenho pela frente, e todos eles serão bem-vindos e ultrapassados”, afirma Ana, que, porém, no pós-licenciatura, se vê a tirar o mestrado e a ter uma experiência de internacionalização, pela porta das ONG (Organizações Não Governamentais).

O desemprego jovem é um drama social ao qual nem os diplomados escapam. Em Portugal, há mais de 30% de jovens licenciados (até 25 anos) sem trabalho, revelando um desfasamento entre as necessidades das empresas em termos de competências profissionais e os perfis disponíveis no mercado.

Mas, note-se, há cada vez mais empresas a contratarem licenciados em Sociologia (também em Psicologia e Filosofia) para atividades de gestão.

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Quem é Ana Lage

. Idade: 18.

. Naturalidade: Soajo.

. Passatempos favoritos: ler, ouvir música e fazer voluntariado.

. Personalidade (traços de caráter): organizada, simpática, amiga, sorridente, estudiosa e boa ouvinte.

. Ídolo ou pessoa que mais admiras: Não tenho um ídolo, tenho apenas várias pessoas que admiro imenso, isto porque contribuíam/contribuíram de alguma forma para o bem-estar social, ou lutam/lutaram contra as desigualdades.

. Um bom professor tem de ser: amigo dos seus alunos, ou seja, deve abstrair-se dos problemas, dedicando-se a 100% à lecionação e à aclaração de dúvidas.

. Perfil de aluna: sou organizada, traço objetivos e estudo seguindo métodos por mim definidos.

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Sete perguntas a Ana Lage

“As desigualdades sociais despertam-se a atenção”

  1. Ingressaste no curso de Sociologia na exigente Universidade de Coimbra. Porque é que escolheste esta área? 

A Sociologia é uma área que, desde cedo, me despertou a atenção, pois ajuda-nos a olhar para além dos contextos e isso é uma mais-valia.

  1. Quando é que decidiste estudar Sociologia?

No secundário.

  1. Como é que está a correr a tua adaptação à faculdade e à cidade? Em que medida as praxes ajuda(ra)m à tua integração? 

Estou a gostar imenso. Coimbra é uma cidade fantástica, com tradições universitárias lindíssimas e isso é importante na minha adaptação. As praxes ajudam muito, é lá que tenho oportunidade de conhecer melhor as pessoas do meu curso. Não consideraria a praxe boa se fosse abusiva ou algo do género, mas isso não acontece, muito pelo contrário, a praxe é divertida e os meus doutores são fantásticos.

  1. A área que estás a cursar tem uma baixa taxa de empregabilidade. Quais os teus planos profissionais a médio prazo (a licenciatura, 1.º ciclo, completa-se em três anos letivos)? 

Sinceramente, não é um problema em que pense muito para já, tenho de me orientar pela atualidade, e o presente é ter sucesso no percurso universitário. 

É verdade que não quero findar o meu curso e tomar, depois, um rumo completamente diferente daquele que planeava, mas estou na área de que gosto e existe uma multiplicidade de projetos a nível Europeu e de ONG, que procuram cada vez mais profissionais competentes na minha área.

  1. A sociologia é uma área muito vasta, da política social às desigualdades, das políticas locais às relações interpessoais, do Direito à História, dos dados estatísticos às ferramentas informáticas, do emprego aos recursos humanos… Qual o teu “ramo” preferido? Porquê? 

As desigualdades sociais são um tema que me desperta a atenção, entre outros, isto porque é lamentável que uma pequeníssima parte da população seja mais rica do que a grande maioria.

  1. Alguns estudiosos, como Boaventura de Sousa Santos, diretor de Departamento de Sociologia da Universidade de Coimbra e figura de proa das ciências sociais, acham que a crise é uma estratégia para acabar com as políticas sociais. Qual a tua opinião?

Concordo plenamente, os efeitos da crise são objetivamente esses, redução nos direitos básicos como a saúde, a educação e o aumento dos impostos. E isto cria ainda mais desequilíbrios sociais.  

  1. A juventude de Soajo parece desmobilizada para a política. Como é que explicas este “divórcio”? 

Na minha opinião, esta desmobilização resulta da falta de credibilidade com que os jovens encaram a maioria dos agentes políticos, acrescido da reduzida população jovem e, também, fruto do desinteresse da vida política por parte da juventude soajeira.

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A gestão de recursos cinegéticos no “coração” do Parque Nacional vai emparceirar o Clube de Caça e Pesca da Freguesia de Soajo, a Associação de Caça e Pesca de Cabana Maior e a ARDAL/Porta do Mezio. O projeto, apoiado pelo Município de Arcos de Valdevez, visa introduzir melhoramentos na estratégia de ordenamento dos recursos cinegéticos nos espaços florestais. No encontro desta terça-feira, 18 de outubro, em que o acordo ficou selado, a referida associação soajeira fez-se representar por António Cerqueira (Catito) e Alexandre Cunha Rodas.

Ao abrigo desta parceria, será feita uma candidatura à gestão de recursos cinegéticos, integrada no Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020. Pretende-se, através desta candidatura, o desenvolvimento de projetos para aperfeiçoar o ordenamento dos recursos cinegéticos em espaços de floresta e a diversificação e reforço da qualidade dos serviços prestados na área do lazer e do turismo.

Deste modo, criar-se-ão infraestruturas para monitorização, através da instalação de parques de reprodução e adaptação das espécies, e equipamentos de apoio ao desenvolvimento da fauna, mediante a aquisição de comedouros, bebedouros, reabilitação de poços e açudes, limpeza de pontos de água e colocação de tocas artificiais.

Preside ao Clube de Caça e Pesca de Soajo António Cerqueira.

Foto: Porta do Mezio

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