Soajo em destaque na revista “Evasões”
Soajo está, uma vez mais, em evidência, nos media, e, desta vez, é a revista Evasões, suplemento que acompanha as edições do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias, desta sexta-feira, 18 de novembro, a dar ampla cobertura ao território, que é o “coração” do único Parque Nacional.
Na peça assinada por Miguel Judas e ilustrada com fotos, pode ler-se que “a lendária serra de Soajo é um local de paisagens únicas e tradições milenares”, sendo ela atravessada por um “percurso pedestre”, “com cerca de cinco quilómetros de extensão”, que “dá a conhecer o ciclo do pão e os caminhos percorridos desde tempos imemoriais pelos peregrinos e romeiros em direção aos santuários do Senhor da Paz [Adrão], da Senhora da Peneda, de São Bento do Cando ou a Santiago de Compostela”.
Numa breve apresentação histórica, é referido que, “desde muito cedo, os seus habitantes se destacaram como caçadores, o que levou, ainda na Idade Média, a serra de Soajo a ser transformada numa coutada real, onde os nobres caçavam ursos, javalis, cabras-bravas, lobos e raposas”.
“A histórica vila de Soajo, […], famosa pelo vasto conjunto de espigueiros (o mais antigo é de 1782), situados sobre uma enorme laje de granito, que, em tempos, também era usada como eira comunitária, […], é habitada desde o século I e foi, até 1852, sede de concelho”, acrescenta-se.
Ainda sobre o imenso património que povoa o território, o artigo adianta que, atravessando a vila, “acompanha-se a levada que antigamente regava os campos de milho e onde ainda subsistem alguns velhos moinhos de água como memória desses tempos. O percurso continua, depois, serra adentro, pelas calçadas outrora percorridas pelos romeiros que hoje servem de porta de entrada para este território único.”
O fojo do lobo merece, também, uma alusão particular. “Num local isolado da serra, dois enormes muros de pedra, afunilam-se ao longo de quilómetros pela encosta, até formar uma pequena cerca, onde os lobos ficavam aprisionados. A obra impressiona pela grandiosidade e serviu, durante séculos, para os pastores da região fazerem batidas aos lobos que atacavam os rebanhos”.
Por fim, sob uma perspetiva de visitação, a partir das infraestruturas de acolhimento, a Porta do Mezio – em estreita correlação com o lazer, o património e uma relevante componente científica – é apresentada como um “moderno Centro Interpretativo”.
História de Soajo
“Segundo a lenda, os ‘monteiros’, como eram conhecidos [aguns] habitantes da vila, ter-se-ão cansado dos abusos da fidalguia e queixaram-se ao rei D. Dinis, que ordenou aos cavaleiros não se demorarem ali mais do que ‘o tempo de um pão esfriar na ponta de uma lança’ – uma história recordada na curiosa forma de pelourinho da vila, cuja coluna simboliza a lança e a pedra, no topo, um pão.”