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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

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A mancha de 15 hectares de folhosas recém-plantadas no Mezio (entre novembro e março) está finalmente protegida depois dos trabalhos de vedação. A construção foi financiada pelo Hotel do Mezio.

Segundo os Baldios de Soajo, a “negociação foi difícil”, mas a unidade hoteleira “cumpriu o prometido” e custeou a instalação da vistosa manga à volta da plantação.

De nada adianta especular sobre o tempo que se perdeu, apenas tirar ilações para que no futuro não haja compassos de espera tão dilatados entre o plantio e a colocação da estrutura de vedação. Mas todos defendem construções mais expeditas no período pós-plantação para evitar investidas do gado (em regime de pastoreio livre) sobre a pequena floresta.

À parte esta questão, têm sido particularmente hostis as condições climáticas fruto da neve que caiu a cotas relativamente baixas e do calor intenso que se tem feito sentir nos últimos dias.

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As eleições autárquicas realizam-se no próximo dia 1 de outubro. As candidaturas em Soajo estão a ser trabalhadas nos “bastidores”, mas o blogue Soajo em Notícia, sem exercícios especulativos, adianta, com segurança, as sondagens que estão a ser feitas.

Com várias manifestações de apoio, o Movimento Soajeiro Independente (MSI) deixou o papel de “observador” e já está a proceder à recolha de assinaturas para ir, novamente, a votos. “O MSI não apoia siglas partidárias à Câmara, é de todos e está empenhado em formar uma lista abrangente em prol de Soajo”, diz Cristina Martinho.

A cofundadora do MSI acredita que a candidatura do grupo de cidadãos independentes pode voltar a ganhar a autarquia de Soajo nas eleições do próximo outono. Apesar da experiência mal sucedida no mandato em curso – fruto das conhecidas divergências com o presidente da Junta, Manuel Gomes Capela, que é militante do PSD –, existe a forte convicção de que o referido Movimento pode beneficiar com a indefinição que reina no PSD de Soajo.

Não obstante sondagens preliminares a António Cerqueira (“Catito”), o Partido Socialista, ao que tudo indica, não se apresentará a votos na freguesia de Soajo e, segundo fonte destacada do PS Concelhio, “é intenção apoiar uma candidatura ganhadora de independentes”, a qual será encabeçada por Cristina Martinho.

Por sua vez, a gestão de candidatos que o PSD está a fazer em Soajo ainda não surtiu efeito e, devido a várias recusas, já sobram poucos candidatos com perfil para ganhar. O desafio de suscitar uma candidatura com “sangue novo” não parece fácil de concretizar e para que, no calor de tricas políticas, não haja questões fraturantes e marginais, com repercussões irreconciliáveis a nível pessoal (e até familiar), o processo está a ser trabalhado com “pinças”.

Por fim, a candidatura da CDU à Junta de Soajo será anunciada segundo o calendário definido pela coligação.

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Sob organização do ultramaratonista Carlos Sá Nature Events, o Peneda-Gerês Trail Aventure (PGTA) passou por Soajo esta terça-feira (11 de abril).

Integrada nas provas de trail running (de 7 e 4 dias), esta etapa, de 29 quilómetros (na sua versão mais longa), que atravessou belíssimos trilhos da serra de Soajo, começou nas imediações do santuário da Senhora da Peneda, continuou em Soajo (abastecimento/reforço alimentar no Largo do Eiró) e terminou nas proximidades do Castelo de Lindoso, onde os primeiros chegaram por volta das 13.00.

Durante a tarde soalheira, depois da corrida de resistência, procedeu-se à entrega dos prémios PGTA 4 dias e o grupo aproveitou para confraternizar na barragem de Soajo/Lindoso. Entretanto, os atletas inscritos no PGTA 7 dias, por volta das 17.00, rumaram, de autocarro, a Montalegre, onde jantam e pernoitam a pensar na etapa de amanhã, 12 de abril, que sai de Pitões das Júnias.

Com atletas de 22 países, o PGTA 7 dias decorre até 14 de abril, enquanto a prova homónima de 4 dias terminou hoje.

Por curiosidade, refira-se que há concorrentes oriundos de países como Espanha, Rússia, Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Japão, Singapura e Nova Zelândia. A delegação brasileira conta com mais de setenta atletas.

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A Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, a celebração de protocolos a favor da Associação Cultural e Desportiva da Várzea e do Rancho Folclórico da Associação dos Amigos de Vilarinho das Quartas.

À Associação Cultural e Desportiva da Várzea, também conhecida por Época Prestígio, é concedido um subsídio de 3870 euros para recuperação do mobiliário degradado do edifício-sede, que é fronteiro à capela da Várzea e nas imediações do qual existe um casario de traça antiga.

“O imóvel está bastante danificado, pois apresenta falta de portas e as janelas estão partidas e algumas destruídas”, salienta o vereador do Associativismo, Olegário Gonçalves.

O espaço em causa foi, em tempos, um local de encontro da população idosa (nos domingos à tarde), que se entretinha a jogar às cartas. O edifício, que também chegou a dar apoio a romarias e funerais, vai agora ser reabilitado para recuperar o hábito de receber a escassa população e proporcionar melhores condições para confraternização ao fim de semana, “forma de combater o isolamento”, acrescenta o referido responsável.

Noutro âmbito, a pedido do Rancho Folclórico da Associação Vilarinho das Quartas, foi autorizada, pela Câmara Municipal, a celebração de um protocolo de apoio, no valor de 1500 euros, para renovação de trajes.

“A Associação de Vilarinho das Quartas é uma das mais ativas de Soajo”, frisou, recentemente, o vereador Olegário Gonçalves.

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Encontra-se aberto, até 18 de abril, o procedimento concursal para preenchimento de 12 postos de trabalho da carreira e categoria de assistente operacional no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Cada contrato de trabalho terá a duração de três anos.

A ação diz respeito ao Departamento de Conservação da Natureza e Florestas (Norte) no Parque Nacional e engloba os concelhos de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Melgaço, Terras de Bouro e Montalegre.

 

Funções a desempenhar: competências e exigências

Esta bolsa de recrutamento visa o desenvolvimento de atividades operacionais com as seguintes características (competências e exigências): ações de silvicultura; gestão de combustíveis; acompanhamento na realização de fogos controlados; realização de queimadas; manutenção e beneficiação da rede divisional e de faixas e mosaicos de gestão de combustíveis; manutenção e beneficiação de outras infraestruturas; e ações de controlo e eliminação de agentes bióticos.

No âmbito das funções a realizar pelos futuros assistentes operacionais, estão, também, englobadas ações de sensibilização do público para as normas de conduta em matéria de natureza fitossanitária, de prevenção, do uso do fogo e da limpeza das florestas, além de iniciativas de vigilância das áreas a que os contratados se encontrarem adstritos.

De igual modo, também entra no “mapa” de tarefas a desenvolver a proteção a pessoas e bens prevista em diretiva operacional aprovada pela Comissão Nacional de Proteção Civil, assim como a primeira intervenção em incêndios florestais, de combate e subsequentes operações de rescaldo e vigilância pós-incêndio, desde que integrados no Dispositivo Integrado de Prevenção Estrutural, e previsto em diretiva operacional aprovada pela Comissão Nacional de Proteção Civil.

 

Candidatura: A quem enviar? Como remeter? Quais os documentos a anexar?

Segundo o Aviso, “a candidatura deve ser formalizada, obrigatoriamente, através do preenchimento do formulário tipo, de utilização obrigatória, disponível na página eletrónica do ICNF, I. P., que deverá ser devidamente preenchido e assinado".

A candidatura também pode ser feita “diretamente nas instalações do DCNF Norte”, sitas na Av. António Macedo 4704-538 BRAGA, no horário de atendimento das 9.30 às 16.30, com a identificação do Aviso/Referência n.º 3557-B/2017 ou através do envio, por correio registado com aviso de receção, para a morada indicada anteriormente, em envelope fechado, com a identificação do referido Aviso (e Referência).

As candidaturas deverão ser acompanhadas obrigatoriamente de curriculum vitae, fotocópia de documento comprovativo das habilitações literárias e fotocópia dos documentos comprovativos das ações de formação frequentadas.

 

Avaliação das candidaturas

De acordo com o Aviso, na avaliação curricular, serão analisados os seguintes fatores: habilitação académica; formação profissional (apenas se considerará a formação profissional respeitante às áreas de formação e aperfeiçoamento profissional relacionadas com as exigências e as competências necessárias aos postos de trabalho a preencher); experiência profissional (com incidência sobre a execução de atividades inerentes aos postos de trabalho em causa) e avaliação de desempenho (será ponderada a avaliação relativa ao último período, não superior a três anos, em que o candidato cumpriu ou executou atribuição, competência ou atividade idênticas às do posto de trabalho a ocupar).

No processo de recrutamento, será realizada entrevista profissional de seleção, a qual visa avaliar, de forma objetiva e sistemática, a experiência profissional e aspetos comportamentais evidenciados, durante a interação estabelecida entre o entrevistador e entrevistado, nomeadamente os relacionados com a capacidade de comunicação e de relacionamento interpessoal.

A entrevista profissional de seleção é avaliada segundo os níveis classificativos de Elevado, Bom, Suficiente, Reduzido e Insuficiente, aos quais correspondem, respetivamente, as classificações de 20, 16, 12, 8 e 4 valores.

A valoração dos métodos anteriormente referidos será convertida numa escala de 0 a 20 valores considerando-se a valoração até às centésimas, de acordo com a especificidade de cada método, através da aplicação das seguintes fórmulas finais:

CF = 0,30 AC + 0,70 EPS

em que:

CF = Classificação Final

AC = Avaliação Curricular

EPS = Entrevista profissional de seleção

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Fotos: Internet

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Por malícia, ausência de manutenção e falta de zelo de quem tem a função de fazer a conservação do património/mobiliário, são várias as placas de toponímia danificadas, destruídas, arrancadas ou vandalizadas em Soajo.

A placa em Reigada (com a inscrição “Vila de Soajo”), vandalizada há longos meses, foi deixada ao abandono um ror de tempo e, segundo a Junta, foi tirada em tempos recentes de lá para ser “reparada”. Outra chapa que requer a atenção da autarquia é a do Miradouro, na fronteira com a Gavieira.

No limite com Ermelo, a placa toponímica de Soajo, depois dos escritos aberrantes na chapa, foi arrancada e, até à data, ainda não foi reposta. Andará a monte?

E que caminho tomou a placa identificativa de Soajo que estava no Mezio?

Mas não basta recuperar e recolocar as placas em falta, é preciso uniformizar materiais para dar um aspeto cuidado e digno a quem visita o território.

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Com base nas transferências que vai arrecadar (protocolo municipal e Fundo de Financiamento das Freguesias), a Junta de Soajo planeia realizar um conjunto de investimentos no ano em curso.

De acordo com o plano apresentado na Assembleia de Freguesia de 1 de abril, estão projetadas as seguintes empreitadas/intervenções para 2017:

. caminho na branda do Murço, em Soajo (2930 euros);

. caminho da Fraga da Mó, em Soajo (6 mil euros);

. substituição da cobertura do lavadouro da Casa do Povo, em Soajo;

. socalco de apoio à estrada na Costa Velha, em Soajo (3 mil euros);

. reparação de caminho na Costa Velha, em Soajo (4 mil euros);

. calçada junto ao cemitério, em Soajo (7500 euros);

. caminho do Lume da Leira, em Adrão (6405 euros);

. caminho do Bocanal, em Paradela (9018 euros);

. caminho de Fogueirão, em Cunhas – segunda fase (7800 euros);

. caminho de Moledo de Baixo, em Cunhas (938 euros);

. caminho que liga Vilar de Suente a Reigada (4 mil euros);

. caminho do Coto, em Vilarinho das Quartas (5500 euros);

. caminho da Silha, em Vilarinho das Quartas (4800 euros);

. caminho do Sacramento, na Várzea (4077 euros);

. seis tolas para controlar a água, na Várzea (235 euros);

. reparações em cemitérios (5 mil euros).

De referir que alguns destes projetos constaram de planos de atividades referentes a anos anteriores.

Da responsabilidade do Município é o anunciado parque infantil, a erguer no Campo da Feira, assim como o arranjo urbanístico, nas imediações do Restaurante Videira.

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O professor Raul Rodrigues, que leciona na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, promoveu, no passado dia 1 de abril, em Soajo, uma sessão teórico-prática sobre técnicas de poda e enxertia, em mais uma organização do projeto Soajo em Movimento ConVida. A oficina, apesar de pouco participada, foi bastante pedagógica.

Quem não sabia ficou a saber que, após um longo período dominado pelo empirismo (conhecimento popular adquirido pela experiência e pela prática), a poda é, desde os anos oitenta do século passado, uma técnica que “faz apelo aos conhecimentos técnico-científicos” e “não deve ser encarada nunca como uma operação isolada”.

Ou seja, “a poda faz parte de um conjunto de operações na árvore”. Destas intervenções, as mais recorrentes são “mondas de flores e frutos”, “proteção fitossanitária”, “fertilização”, “rega” e “manutenção da superfície do solo”, sublinhou Raul Rodrigues.

Segundo o técnico convidado, a poda visa “levar a árvore à forma desejada”, “mantê-la nos limites de uma estrutura e configuração desejáveis”, “modificar-lhe o vigor”, “promover colheitas regulares e de qualidade”, fomentar o “bom estado sanitário” e “manter um bom equilíbrio entre vegetação e frutificação”.

Por sua vez, a enxertia, segundo a literatura, é uma “técnica de melhoramento genético” que consiste em “implantar parte de uma planta viva em outra planta de igual ou diferente espécie”, com o intuito de “propagar determinadas variedades”.

Neste processo, a planta introduzida (enxerto) tem a função de fornecer as melhores características aos frutos, enquanto a planta recetora (porta-enxerto) é responsável pelo suporte e pelo abastecimento de água e nutrientes essenciais.

São bons motivos para fazer enxertia a existência de “variedades que não produzem sementes”, o “aproveitamento de determinadas características do porta-enxerto”, a “mudança de uma variedade que passou a ser suscetível a determinada doença”, a “colocação de variedades afins na mesma planta” e a “necessidade de salvar uma árvore ferida ou espécie em vias de extinção”.

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A verdade nua e crua, sem ponta de ironia, no dia das mentiras. A Assembleia de Freguesia de Soajo, reunida em sessão ordinária no passado dia 1 de abril, ficou marcada por dissonâncias e equívocos referentes às contas de 2016. Mas houve quatro deputados que deram o seu visto às contas e estas acabaram aprovadas.

Apesar dos erros plasmados no Relatório e Contas, com o próprio presidente da Junta, por entre contradições, a admitir “enganos”, foi preciso uma soajeira, quase no término da Assembleia, notar a hilariante situação para que o presidente da Junta de Freguesia, à falta de esclarecimentos, prometesse explicações para futura Assembleia.

De entre as várias desconformidades e perplexidades notadas no Relatório e Contas, a situação mais confusa diz respeito a um donativo atribuído, em 2016, à Fábrica da Igreja Paroquial de S. Martinho de Soajo.

No documento, é feita menção a um apoio de 1800 euros, mas o presidente da Junta alega que o subsídio foi de 1500 euros.

As contradições do presidente da Junta sobre este assunto são reproduzidas a seguir.

“À Junta, foi pedida uma ajuda para arranjar a sacristia da capela de Paradela. Deu-se um donativo de 1500 euros, mas, se o Relatório refere 1800 euros, sinceramente, não sei como isso se procedeu… Deve ter sido um engano, […] ou não é engano, talvez qualquer coisa que o contabilista tenha incluído… Este caso refere-se a um donativo para beneficiar a capela de Paradela, sendo que é a Fabriqueira de Soajo quem passa o recibo”.

Além dos valores apresentados não baterem certo e das questões de legalidade (aparentemente compatíveis com a lei), esta ajuda da Junta à Igreja coloca, também, em causa o princípio da equidade, como advertiu a CDU, pois as restantes confissões religiosas, com os precedentes abertos, têm toda a legitimidade para reclamarem o mesmo tratamento. Mais: no caso em concreto, a titular deste património religioso é, justamente, a Igreja.

À parte esta questão, a CDU, para “provar a desorientação do executivo”, apontou a existência de várias discordâncias entre o Plano de Atividades e o Relatório. Exemplificou com os valores relativos à compensação (remuneração) dos membros da Junta, sobressaindo um diferencial (positivo) de quase 500 euros, entre o previsto (8600 euros) e a despesa efetivada (8136 euros). Foram suscitadas, ainda, dúvidas sobre as bolsas atribuídas a trabalhadores, assim como os honorários por conta de consultas jurídicas e os serviços de beneficiação e limpeza de caminhos.

Não obstante os valores divergentes e os erros por explicar, o Relatório foi aprovado com votos a favor de Miguel Rodas, Manuel Fernandes, Fernando Gomes e Armando Morgado. Abstiveram-se na votação Maria Tibeiro Branco, Diamantino Pedro e Sandra Barreira. A deputada Manuela Jorge votou contra.

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Estado da freguesia

Par uma fácil perceção das matérias discutidas (apenas as principais), optou-se por listar os assuntos que a CDU e a assistência suscitaram sobre o território, com apresentação, logo a seguir, das explicações do executivo, nos casos em que o presidente da Junta prestou esclarecimentos.

Mas, com algum azedume à mistura, que não é inédito, Manuel Gomes Capela até declinou responder a uma pergunta, sendo certo que a lei lhe confere tal direito.

 

. Lixo de obras que está a ser depositado junto à estrada, nas imediações do Poço do Bento

Sobre este tópico de discussão, o presidente da Junta de Freguesia adiantou: “É uma propriedade que o Victor comprou, este diz que é propriedade dele, que não foi impedido de despejar lá o material… Ele alega que está a despejar restos de obras com o objetivo de fazer um aterro para depois ter nível para construção”.

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. Rails de proteção na Várzea

Segundo Manuel Gomes Capela, “as guardas [de proteção] já foram várias vezes pedidas à Câmara Municipal, mas esta diz que, por ser uma extensão muito grande, ficaria por um balúrdio de dinheiro… É o que a Câmara argumenta”, justificou-se.

A instalação de rails de proteção na Várzea, recorde-se, é uma medida aprovada pela Assembleia de Freguesia de Soajo no início deste mandato. Está por cumprir há anos, portanto.

Acrescente-se que a Câmara Municipal tem feito um significativo investimento na colocação/substituição das guardas de proteção em vários pontos do concelho, mas Soajo não tem sido beneficiado.

 

. Organização no mês de julho da Feira das Artes e Ofícios Tradicionais (FAOT) de Soajo

A deputada da CDU interpelou o presidente da Junta nestes termos: “[…] A FAOT está a perder protagonismo e importância… Constatámos que a sua organização vai acontecer, outra vez, no mês de julho… A FAOT é nossa mas passa a ser praticamente da ARDAL, que põe e dispõe conforme bem entende Qual o envolvimento da Junta de Freguesia nesta decisão de antecipação e qual o contributo da autarquia para a respetiva programação?”, questionou Sandra Barreira.

Na resposta, o presidente do executivo declarou que a Junta “não foi contactada para nada e não há conhecimento [oficial] disso”.

“Esta semana vou chamar o senhor Pedro Teixeira, vou dizer-lhe que anda no ar uma poeira, indício de que qualquer coisa se está a forjar. Ele tem de me explicar…”, atirou Manuel Gomes Capela, que fez “soltar” risos irónicos da reduzida assistência.

 

. Contratação de empresa para limpeza da freguesia

A deputada Sandra Barreira, com base no diz que disse, questionou a Junta sobre o “regime novo para limpezas”, revelando perplexidade acerca do facto de “aparentemente, não haver dinheiro para contratar cantoneiros, mas, entretanto, agora até já existem recursos para contratar uma empresa, que vai fazer duas limpezas por ano”.

Do presidente da Junta, vieram as seguintes explicações: “Para limpar a freguesia […] não temos outra solução que não seja contratar uma companhia para fazer esse trabalho… [Tal acontece porque], ao abrigo do Programa Cantoneiros, o IEFP não tem ninguém para fazer este trabalho… Ando lá sempre batido, mas ninguém quer trabalhar… Temos, no entanto, duas candidaturas, aprovadas [protocoladas]…”, referiu.

Pelo tesoureiro Lourenço Couto, ficou a saber-se que o serviço contratado, à empresa ConstroSoajo, vai custar “6 mil e tal euros/ano”.

 

. Arranjo de caminhos

A deputada da CDU carregou nas tintas para dizer que os caminhos a arranjar ou arranjados “são sempre os mesmos”.

O presidente da Junta respondeu que não há dinheiro para mais, porque “a Câmara só ‘dá’ 30 mil euros”.

 

. Recuperação do lavadouro da Casa do Povo

Pelo presidente da Junta, foi prometido substituir a cobertura do lavadouro da Casa do Povo. “Já temos orçamento, e, na altura em que procedermos a este arranjo, será feita a limpeza do sítio [que continua por fazer há muito tempo]”.

 

. Obras de privados que invadem espaços públicos

A deputada Sandra Barreira defendeu que “a Junta de Freguesia tem a obrigação de zelar pela propriedade pública”.

O presidente da Junta reconheceu haver abusos, admitiu que “um senhor na Costa Velha se excedeu” e prometeu agir. 

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. Arranque do Parque infantil

“Vai ser feito brevemente no Campo da Feira”, assegura o presidente da Junta.

 

. Encerramento da Escola Básica Eira do Penedo?

“A escola vai fechar definitivamente um dia, é para o que estamos a caminhar, não há nada a fazer tendo em conta o número de crianças que há em Soajo”, conforma-se o presidente da Junta, que, desmontando o puzzle, e sob outra perspetiva, alegará eventualmente a comunidade educativa, podia muito bem fazer valer as particularidades do território, para evitar este desfecho, apresentado como irremediável.

 

. Local do Parque infantil

Com o encerramento da escola assumido desta forma, “devia repensar-se o local de construção do Parque infantil”, atalhou Sandra Barreira.

Na resposta, o presidente da Junta sublinhou que, excluindo a solução final, não foi encontrado nenhum espaço para instalar o parque de recreio.

De referir que Parque infantil será construído no espaço que ficou livre depois de ter pertencido a um feirante – fica nas imediações dos sanitários, no Campo da Feira.

 

. Placa toponímica de Soajo em Reigada.

“A placa esteve vandalizada durante meses e agora desapareceu, foi para reparação?”, denunciou e, ao mesmo tempo, perguntou, do público, o soajeiro António Amorim.

“Sim, está para reparação”, replicou o presidente da Junta, que, no seguimento das críticas por o património estar ao “deus-dará”, retorquiu com um propagandístico “Soajo está bem cuidado”, apesar do “vandalismo”, que “há de existir sempre”, lamentou Manuel Gomes Capela.

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Ponto da ordem de trabalhos que ficou sem efeito

O pedido de autorização para colocação de sinalização, da vila de Soajo no Mezio (em pedra), com as inscrições “Bem-vindo a Soajo” e “Obrigado pela sua visita”, não foi discutido nesta Assembleia, devido à ausência dos proponentes.

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Proposta aprovada em tempos voltou à Assembleia

O pedido de autorização de um abrigo para os veículos dos Baldios de Soajo, que já havia sido discutido e aprovado anteriormente pelo órgão deliberativo, voltou, sem cabimento, a ser colocado na ordem de trabalhos, até porque a construção do abrigo não consta do Plano de Atividades para 2017.

De mal o menos, serviu para lembrar que o órgão deliberativo já tinha autorizado o projeto, mas, até hoje, nada foi feito.

“Houve uma proposta que se fez na Assembleia, onde até se conseguia um equilíbrio, a Junta de Freguesia disponibilizava o terrenos (estaleiros da autarquia) e os Baldios encarregavam-se da construção do abrigo para albergar os veículos todos”, recordou Sandra Barreira.

Perguntado, por António Amorim, sobre o que estava a impedir, em concreto, a concretização do projeto, o presidente da Junta recusou responder. “Isto é abuso de poder, senhor presidente”, ouviu-se na sala.

Entretanto, apesar de o executivo alegar que se trata de uma área afeta a Reserva Agrícola (algo que se pode resolver com um pedido de desanexação), “onde é vedada a construção”, soube-se, por Lourenço Couto, que os técnicos do Município “desenharam” um projeto que, até agora, ainda não foi apresentado em sede de reunião de Câmara.

Com o processo bloqueado – “por má vontade e incompetência”, acusaram alguns –, há equipamentos da freguesia que estão ao relento, caso de um trator (dos Baldios) que está avaliado em 30 mil euros.

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Um desabafo na primeira pessoa

No fim desta sessão, sobrou a reflexão de Rosalina Araújo que, pela eloquência, é, aqui, integralmente, reproduzida.

“É cada vez mais triste vir assistir a estas assembleias…Por causa das guerrilhas e guerrinhas internas, as pessoas ainda não perceberam que há um executivo, que é composto por três pessoas, pelo que o trabalho destes três anos e meio (e do meio que está pela frente) é da vossa responsabilidade, dos três, e é também da responsabilidade dos eleitos desta Assembleia”.

“Hoje saio daqui ainda mais triste, porque o próprio presidente da Junta reconheceu que há erros nas contas, de um suposto donativo de 1500 euros passa-se para 1800 euros, mas, apesar disso, consegui ver quatro pessoas levantar o braço para votarem favoravelmente as contas”.

“Vocês recebem dinheiro de nós todos, mas, já que não é para falar, ao menos, que seja para terem atitudes dignas, quando elas são necessárias”.

“A meu ver, as contas de 2016, só depois de corrigido e explicado este erro evidente e flagrante, é que deviam ser votadas… Hoje [sábado, 1 de abril], como houve votação, face aos factos, os deputados ou abstinham-se ou votavam contra”.

“Soajo perde muito com a atitude de vós todos”, concluiu Rosalina Araújo (que, por razões de ética e de equidistância, não participou na redação desta peça).

Chamado à razão, o presidente da Junta comprometeu-se a consultar o contabilista para apresentar na próxima Assembleia as explicações que ficaram por dar.

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Funcionamento da Assembleia

Para não variar, a exemplo do que tem sido apanágio no mandato em curso, prosseguiu, nesta Assembleia de 1 de abril, o longo “pingue-pongue” (leia-se "diálogo") entre Sandra Barreira e Manuel Gomes Capela, perante a permissividade da presidente da Mesa.

O silêncio do PSD e da maioria dos eleitos do MSI – que parece ser de “ouro” para estas duas forças partidárias (as mais representativas da Assembleia de Freguesia) – não dá, porém, a Sandra Barreira o direito de monopolizar o debate sessão pós sessão.

Mas disso não tem culpa a jovem deputada comunista, que beneficia da conivência da presidente da Mesa da Assembleia.

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