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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

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A revista CRISTINA, na sua edição de junho de 2017 (n.º 3), publica uma fotorreportagem com três mulheres de Soajo, escolhidas a partir de uma “mostra” representativa da Terra. A sessão fotográfica que esteve na origem do trabalho, agora editado, decorreu no passado dia 16 de maio.

Desta vez, e ao contrário do que é habitual, a campanha não se centrou em jovens esbeltas, magras e poses ousadas. Focou-se, antes, em mulheres entradas – e bem – na terceira idade, com cabelos brancos, fartas rugas e ricas histórias de vida, algo que faz parte da “paisagem” de Soajo (pena que a revista se tenha ficado por telegráficos registos biográficos…).

Rosa Pires Gomes, de 90 anos, Maria Domingues do Souto (Maria Rana), de 78, e Maria do Rosário Lamarão (nascida em Setúbal, mas soajeira por adoção), de 84 anos, viveram uma experiência inédita. Apesar do nervosismo, sujeitaram-se aos preparativos de “modelos” por umas horas, com as normais operações de maquilhagem e discretos tratamentos de imagem.

Não se pretendeu desfazer ou disfarçar manchas da idade nem fingir que as “musas” tivessem menos idade. Esta sessão foi, isso sim, uma forma de homenagear a mulher soajeira, pela pureza, coragem e olhar expressivo, e, complementarmente, uma boa oportunidade para promover vistosas coleções de vestuário.

O blogue, por questões legais, não reproduz nem texto nem fotografias da revista CRISTINA, mas publica algumas das fotos que foram por nós tiradas (ou cedidas ao blogue por conterrâneas) durante os preparativos da referida sessão.

O artigo, da página 94 à 103, é assinado por Cláudia Rodrigues (texto), Aloísio Brito (fotografia), Tânia Dioespirro (styling) e Mariana Couto (produção).

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A primeira Festa da Montanha, que se realizou na Porta do Mezio, no fim de semana de 3 e 4 de junho, seguiu o modelo da Feira da Porta do Mezio de 2016. Sem novidades (não cabe, aqui, a visita-relâmpago de Passos Coelho), serviram de mote a esta organização a valorização dos produtos locais, as atividades de natureza e a promoção do território. Pela negativa, sobraram muitas queixas devido à “falta de espaços de alimentação”.

Na sessão de abertura, durante a qual Jorge Lage defendeu a “bandeira” de Soajo, o edil João Manuel Esteves reclamou da tutela a adoção de “medidas de diferenciação positiva” e o desenvolvimento de um “Simplex para os licenciamentos”. Familiarizada com estes “recados”, que já ouvira há um ano, a secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza disse estar em curso uma política de “diferenciação das áreas protegidas”, comprometendo-se a “pôr o PNPG, de novo, no mapa”, com base numa “gestão de proximidade”, para acrescentar valor às especificidades do território.

Nos cerca de noventa stands que engalanaram o recinto, Soajo fez-se representar pelos setores da gastronomia e dos produtos endógenos (Soajo Nomadis, com Manuel Lage; Rosemade e Serrana Gourmet, com Rose Marie Galopim e Lisa Araújo; e Martinha Gonçalves), do artesanato (Gracinda Araújo) e das ervas (Aromáticas do Vez, com Tito e Rosa Rodas). No âmbito da cultura popular, a Terra notou-se, sobretudo, pela exibição do Rancho Folclórico dos Amigos de Vilarinho das Quartas e pelos encontros espontâneos de concertinas.

Em relação ao negócio, embora sem grandes motivos de festa para os expositores, salvou-se, no entanto, a área dos produtos locais e dos petiscos, especialmente no domingo, que registou razoável visitação, a maioria atraída pelo programa “Somos Portugal”, da TVI. Mas, no meio de uma paisagem idílica, muitos visitantes não conseguiram sequer degustar os pratos da terra por falta de tasquinhas (só três no recinto).

As condições de participação – 250 euros para alugar uma “barraquinha” e obrigatoriedade de adquirir bebidas UNICER (e, para surpresa dos presentes, fecho à meia-noite de sábado para domingo) – desmobilizaram os habituais aderentes das tasquinhas e, por isso, desta vez, não houve “praça de alimentação”. Pouco se deu pelos aromas do carvão a arder nas grelhas e pelas postas servidas nas travessas. Por falta de comida, alguns visitantes ficaram pela zona de piqueniques, onde havia famílias a degustarem sardinhas no pão, vinho e caldo-verde, enquanto os desprevenidos tiveram de rumar aos restaurantes de Soajo para alimentarem o estômago.

Mas, fora os espaços de alimentação, os restantes stands registaram reduzida procura, caso do artesanato, por exemplo. No resto, os dois dias de feira englobaram um misto de atividades de natureza (trilhos, voltas todo-o-terreno, passeios de burro, arborismo, slide, escalada e rappel) e de animação para os vários públicos (folclore, rusgas, encontro de concertinas, coros infanto-juvenis, demonstrações caninas e apanha do poldro).

No fim, sobressaiu a conclusão de que o negócio não prosperou para a maioria dos aderentes, mas a Festa da Montanha – que é um “nome mais apelativo do que a anterior Feira da Porta do Mezio”, segundo referiu ao Soajo em Notícia fonte da organização – fomentou nos promotores a ideia de que é preciso investir (mais) na inovação, sem descuidar das tradições, para dar um “salto” qualitativo na realização. A pensar nisso, está prometida uma novidade para 2018…

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Estão abertas candidaturas para a “Linha de apoio à Valorização Turística do Interior – Turismo de Portugal”.

Trata-se de uma linha de apoio enquadrada no Plano Nacional para Coesão Territorial, com o objetivo de revitalizar e dinamizar o interior, beneficiando, por exemplo, o Alto Minho.

A seguir, é feita uma apresentação esquemática do referido programa:

. Condições do apoio: uma parte do apoio é sem juros, a outra parte é “a fundo perdido”. 
. Destinatários: atividades turísticas, restaurantes, empreendimentos hoteleiros, bares, empresas de animação turística, operadores turísticos e agências de viagens. 
. Custos elegíveis: obras, construções e projetos.

. Ativos fixos tangíveis: viaturas, máquinas e equipamentos (incluindo software, site, alojamento…).

. Ativos fixos intangíveis (licenças): estudos e projetos de arquitetura (até ao limite de 10% do total dos custos elegíveis).

. Taxa de apoio (aplicada sobre o total dos custos elegíveis): até 50% a fundo perdido. 

. Marketing digital e comunicação: envio de newsletters, anúncios Google e Facebook, ligações (links) publicitárias em portais nacionais e internacionais, campanhas nas redes sociais e outras ações de marketing digital.

. Prazo-limite para apresentação de candidaturas: 31 de dezembro de 2017.

 

Segundo o portal do Turismo de Portugal, enquadram-se nesta Linha de Apoio iniciativas como os programas de visitação turística em destinos de interior; a promoção de calendários de eventos com potencial turístico e com impacto internacional realizados nos territórios do interior ou com impacto nesses territórios; os projetos de desenvolvimento de atividades económicas do turismo com relevância para o setor; os programas de valorização e de qualificação das aldeias portuguesas, tendo em vista a melhoria da sua atratividade e da experiência turística nestes espaços; as ações de valorização do património e dos recursos endógenos das regiões ou de desenvolvimento de novos serviços turísticos com base nesse património e nesses produtos, nomeadamente no contexto do turismo cultural, equestre, gastronómico e de natureza; e, noutra dimensão, os projetos de valorização ou incremento da oferta de percursos cicláveis, pedonais e de fruição espiritual, que concorram para o posicionamento internacional de Portugal como destino competitivo para a prática destas atividades.

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Foto (que encima o artigo): Soajo Nature

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Desde tenra idade que Francisco Mateus da Silva não sonhava com outra coisa: ser piloto. O sonho ganhou “asas” e acabou mesmo por se concretizar para este soajeiro que está radicado nos Estados Unidos da América.

Mas a aventura de Francisco começa na meninice. Com apenas seis anos, Francisco acompanha pais e irmãos e abraça o “sonho americano”. Destino: Nova Iorque, onde estuda e, ao mesmo tempo, trabalha (desde os 14 anos). “Em Providence, fazia anéis e fieiras. Era o que a malta fazia… Mais tarde, experimentei outras coisas, enquanto prosseguia os estudos até ao ingresso na universidade”, conta.

Frequentou Psicologia e Inglês. Escolheu a área de Psicologia para “entender melhor o próximo, os humanos” e esta “ferramenta tem sido importante para a vida toda”, realça.

Paralelamente, o gosto pela aviação foi sendo alimentado desde cedo. Começou a preparar-se “para voar, com 14 anos, nas avionetas” e, enquanto estudava, teve de “fazer muito treino para adquirir, aos 22 anos, a carta de primeiro nível”.

Olhando para trás, Francisco da Silva, de 54 anos, não se arrepende da rota que traçou. “Quando tive de fazer escolhas, preferi uma coisa que me pudesse dar prazer, no meu caso, a aviação deu certo”.

Entrou para os United States Marine Corps (em português: Corpo de Fuzileiros Norte-Americanos) e, durante sete anos, nos idos anos oitenta, beneficiou de um mundo apaziguado. “Felizmente, não participei em nenhuma missão internacional de risco, porque o conflito com o Iraque deu-se mais tarde”, conta.

Decidiu não continuar porque “a indústria militar (das forças aéreas) estava em profunda crise” e “não ganhava o que queria”, mas o bichinho ficou e, por isso, passou a colaborar com companhias particulares.

“Já transportei diretores executivos, empresários de renome e grandes jogadores do futebol americano, nomeadamente o quarterback Troy Aikman (do Dallas Cowboys), de quem guardo uma foto”, revela, orgulhoso.

Atualmente, soma 8 mil horas de voo e muitos sustos para contar, entre bloqueios de rodas, sobreaquecimentos de motor e condições climatéricas imprevistas. Nada que o fizesse desistir. Por isso, ainda faz voos particulares. “Por dinheiro”, explica. “Como tenho algum tempo livre fora do trabalho (presta apoio a bombeiros), substituo pilotos indisponíveis (doentes e de férias), na condição de não serem serviços prolongados (máximo de três dias)”, acrescenta.

 

Petróleo domina economia do Texas

Depois de entrar nos Estados Unidos pela cosmopolita Nova Iorque, Francisco da Silva, por contingências profissionais (aviação), mudou-se para o Texas, “região onde quase não há portugueses”. “Fiquei a gostar do Texas, é perto da praia, a economia é pujante, a indústria do petróleo (com as refinarias) é a sua força principal… Aqui, há muito trabalho, por isso é que digo ao pessoal que está em Boston e Nova Iorque para vir para a região do Texas”, salienta.

Sobre o polémico Donald Trump, o conterrâneo prefere esperar, antes de fazer um juízo final. “Vamos ver o que o futuro vai dizer… Deus queira que o mundo melhore”, exorta, ao mesmo tempo que explica a mudança operada no país que é o dínamo da economia – “quando os Estados Unidos têm tosse, o resto do mundo já está com febre”, compara, caricaturando.

“As pessoas estavam cansadas da administração do Partido Democrata, a eleição de Trump foi um voto contra o sistema, era preciso sangue novo, porque o que vinha do outro lado era mais do mesmo… A meu ver, o Trump ganhou porque não é político nem usa de diplomacia… Até ver, a malta confia no estilo dele, não deve favores a ninguém”.

Mas Francisco não esquece as raízes e de Soajo guarda “boas memórias”. “Tenho grande amor por Soajo, nasci aqui, gosto muito da natureza e das montanhas, mas, apesar disso, estamos a 45 minutos de Viana do Castelo, onde se pode desfrutar do mar, que eu adoro”, diz este soajeiro, igualmente apreciador da gastronomia portuguesa e do vinho verde que, “com alguma dificuldade”, também se consegue encontrar no Texas.

Os quatro filhos de Francisco da Silva têm formação superior – duas enfermeiras, um engenheiro e o benjamim é desenhador industrial para refinarias – e retratam bem o grau de qualificação das segunda e terceira gerações, que “assim podem elevar o nível de vida em relação ao dos pais”.

A passar uma temporada na terra natal, Francisco da Silva está de malas feitas e preparado para o voo de volta… como passageiro.

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