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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

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Vai ser apresentado em Soajo, no próximo sábado, 17 de fevereiro, o Focus Group Projeto RevitAGRI-PN, sob denominação de “Espécies fruteiras de Soajo, um património por explorar”. A sessão decorre na Casa do Povo entre as 10.00 e as 13.00.

A iniciativa visa difundir o projeto que tem em vista “a dinamização da economia das empresas do agronegócio sediadas e/ou com produtos provenientes” do único Parque Nacional, numa dinâmica que mistura “o Homem, a montanha e a tradição”.

Segundo a organização, “constitui uma prioridade para o desenvolvimento integrado da nossa região valorizar a cultura, a gastronomia e a paisagem”.

“O legado herdado dos nossos antepassados que esteve na origem de usos e costumes tradicionais” é “uma das preocupações do projeto RevitAgri”, acrescenta-se na nota de divulgação do evento.

O debate acerca da temática apresentada procurará responder a perguntas como:

- Que espécies e variedades de fruteiras se cultivam em Soajo?

- Que tradições culturais estão associadas ao património frutícola regional?

- Como preservar e valorizar a produção no sentido da criação de riqueza e da preservação dos usos e costumes ancestrais?

- Que novos produtos se podem obter com o património frutícola regional?

Nota: foto de arquivo.

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O Rancho Folclórico das Camponesas da Vila de Soajo promoveu, este domingo, 11 de fevereiro, o II Baile de Carnaval. Preservar a tradição dos “entruidos” foi o objetivo da iniciativa que entreteve a assistência com muitas gargalhadas à mistura.

Sem sátira social nem políticos caricaturados a “furar” a essência dos “entruidos”, o desfile na Casa do Povo recuperou, e bem, os festejos de tempos idos. A primeira parte, inevitavelmente ao ritmo do samba, serviu para os concorrentes se passearem no salão cimeiro da Casa do Povo, onde as brincadeiras, sem malícia, foram as grandes “rainhas” da festa. Durante perto de uma hora, os mais de trinta fantasiados (entre crianças e adultos), uma parte destes de renda a tapar a cara, espalharam farta alegria pelo recinto, onde foram sobressaindo perucas, cajados, fatos de dama, tamancos e os trajes tradicionais de vestes pretas (da cabeça aos pés) para retratar os fatos de noiva de fins do século XIX e início do século passado.

Como não podia deixar de ser, entre miúdos e graúdos, houve concorrentes que se disfarçaram de princesas, divas, padeiras, bruxas, piratas, guerrilheiros, vampiros, palhaços, macacos, monstros, “velhinhos”, Super-Homem (ou homem-morcego) e outras travessuras mais. Para além disso, os acessórios, à conta de chocalhos, varredouros, lanternas e “enchimentos” vestidos por baixo da roupa, também, ajudaram aos típicos “quadros” soajeiros.

Findo este preâmbulo, os mascarados/fantasiados, muitos dos quais agrupados, sob locução de Manuel Casanova, subiram um a um ao palco e, aí, por decisão do júri – constituído pelos jurados Manuel Barreira da Costa (presidente da Junta de Freguesia), Manuel Carvalho (presidente da Casa do Povo) e José Veloso (presidente do Rancho Folclórico anfitrião) –, foram presenteados os seguintes concorrentes: o primeiro prémio sorriu a Lisa Araújo, Manuel Silva, Rose Marie Galopim, Teresa Araújo e Teresa Rodas Cerqueira (jantar para duas pessoas no Restaurante Videira, cortesia da Junta de Freguesia de Soajo); o segundo prémio foi ganho por Bruno Proença, Florinda Gomes Proença e Teresa Ribeiro Lage (minicabaz de produtos de Soajo); e o terceiro prémio coube a Maria de Fátima Cerqueira Lourenço (livro O Juiz de Soajo).

Sem desprimor pelos restantes concorrentes, é justo realçar, no entanto, o quinteto vencedor de “camponeses”, todos muito bem fantasiados, que, sem recriar nenhum trabalho agrícola em particular, protagonizou um bonito “número” com o recheado farnel (bolinhos de bacalhau, presunto, broa, pão-de-ló...) e o bom vinho servido na tradicional cabaça. Do imenso merendeiro preparado para quem quis comer e beber só sobrou broa.

“A ideia era fazer algo engraçado que representasse o antigo de Soajo”, segundo disse Teresa Araújo ao blogue Soajo em Notícia.

À parte o concurso, as crianças fantasiadas – os meninos com preferência pelo Super-Homem e as meninas fiéis às princesas – também foram brindadas com guloseimas e bolachas.

No momento seguinte, para fim de festa, cantou-se e dançou-se ao som da concertina, dedilhada por Francisco Barros e Manuel Morgado Couto.

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Nelson Rodas Fernandes, natural de Versailles, mas com raízes em Paradela (do lado paterno) e em Cunhas (do lado materno), descortinou em boa hora uma oportunidade no segmento de animação turística e fundou a empresa NRFActivity, especializada em passeios de jipe, aliando a componente de aventura à de natureza.

Em entrevista ao blogue Soajo em Notícia, Nelson Fernandes, de 32 anos, mostra ter ideias de sobra para reforçar esta simbiose, mas, como o segredo é a alma do negócio, só desvenda algumas das iniciativas que pretende acoplar à atividade rumo ao crescimento da empresa.

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Quando nasceu a empresa NRFActivity?

Comecei o projeto há cerca de cinco anos. Mas a empresa com a atual designação começou há menos tempo. Estamos sediados em Paradela.

Fez estudos de mercado antes de abraçar o projeto?

Sim. Fiz uma análise ao mercado, constatei o número crescente de visitantes e a falta de atividades de animação turística. O que faltava era a animação.

Para além deste lado racional, houve outras razões para enveredar pela área de animação turística?

Sim, há o lado aventureiro. Viajo muito pela Europa, facto que ajudou a erguer o projeto. Já visitei Itália, Espanha, Suíça, República Checa, Rússia, China, Marrocos, África do Sul, entre outros países.

Que experiências guarda na “bagagem” dessas viagens?

Abriram-me muitas luzes para trazer gente a Soajo fora da época alta.

Que atividades é que a empresa NRF oferece aos clientes?

A empresa é especializada nos passeios de jipe. Oferecemos passeios pelas serras de Soajo e Amarela. Mas também podemos ir a Melgaço e a outras zonas do Parque Nacional. Quem quiser pode alugar um jipe e aventurar-se na serra.

Quem é que procura mais os vossos serviços?

As pessoas de Leste são fãs dos passeios de jipe, vêm de jipe até aqui. Na verdade, são os indivíduos que nos procuram mais. Adoram as paisagens, dizem que esta zona é muito bonita.

Que evolução tem existido do lado da procura?

Em 2015 e 2016, quando não tinha sítio (página de Internet), a maioria dos clientes era proveniente de Portugal. Com a criação da página, passei a ter muito mais estrangeiros. A maior parte dos clientes, quer nos passeios de jipe quer nos de cavalo, vem do estrangeiro, cerca de 75 por cento.

A sua frota é constituída por quantos jipes?

A empresa tem uma frota de três jipes. A manutenção é muito cara, mas vamos investir a curto prazo. Daqui a um ano, pretendo ter sete jipes Land Rover. Não serão viaturas novas.

Quais os instrumentos de promoção que usa para difundir a empresa?

Facebook, agências de viagens e colaboradores.

A animação tem permitido aumentar o tempo de estada dos clientes no território?

O tempo médio de estada, quando comecei, era de três ou quatro dias. Agora, há cada vez mais pessoas a ficar uma semana e o alojamento de longa duração já acontece fora da época alta. A animação, com os passeios de jipe e cavalo, é um importante complemento, embora as condições climatéricas tenham grande influência.

Com base na experiência que já adquiriu, que necessidades identifica na área da animação turística para o território dar um “salto”?

Sinto que há necessidade de fazer “pacotes” e parcerias com agentes dentro e fora de portas.

Que relação tem tido com a Porta do Mezio e as lojas de turismo que cobrem o PN?

Tenho tido muitos contactos, mas alguns já trabalham no setor faz muito tempo. Mas, sim, já, divulguei o meu trabalho junto dessas entidades.

Que atividades tenciona acrescentar à animação?

Estou a pensar noutras atividades, sim, mas não posso divulgar tudo. Posso dizer, no entanto, que, em abril próximo, vamos começar a fazer paddle na barragem, concretizando uma ideia que já tinha há algum tempo.

Qual o papel da componente gastronómica no segmento que explora atualmente?

Não posso adiantar tudo, mas tenho projetos nesse âmbito. Tenho clientes belgas e franceses que gostam dos produtos de Soajo, neste sentido, podemos fazer parcerias para escoar os produtos. Exportar a gastronomia é um bom caminho.

O que distingue a parte da serra de Soajo da do Gerês?

O lado do Gerês é conhecido pelo ski. Os clientes que fazem turismo na nossa região procuram, sobretudo, tranquilidade e natureza.

Em que medida a onda terrorista em países de grande atratividade turística beneficiou Portugal?

Beneficiou muito Portugal. O Alto Minho tem beneficiado com o receio de atentados em zonas turísticas do Magrebe, por exemplo.

Não receia que o turismo possa estar a atingir o pico?

Não. Só está a começar!

E o turista que visita Soajo tem muito dinheiro?

Há de tudo. Há o turista que vem e fica alojado em casa. E tenho clientes que fazem passeios de jipe todos os dias.

Dá para viver só do turismo?

Por enquanto, não é esse o meu objetivo. É um projeto a longo prazo. O dinheiro destinado ao investimento é da empresa e o objetivo é criar mais atividade de animação.

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Os festejos carnavalescos arrancaram esta sexta-feira, 9 de janeiro, com o já habitual cortejo pelas ruas da vila de Arcos de Valdevez de perto de setecentos alunos do 1.º ciclo e dos jardins-de-infância deste concelho, com a graça que só as crianças sabem transmitir. A organização conseguiu envolver a comunidade educativa arcuense e, desta vez, a locução ajudou à festa.

Entre elogios à qualidade geral do desfile, é justo realçar a estrondosa e divertida participação da “Futura banda de música de Soajo” que, com os seus trinta “músicos”, entre alunos, professores e encarregados de educação, quase todos de uniforme vermelho, deu um colorido especial ao corso infantil.

No meio da Praça Municipal, uma advogada arcuense soltou uma expressão superlativa que terá passado pela cabeça de muitos espetadores: “estão excelentes [os alunos da escola de Soajo]”.

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O Rancho Folclórico das Camponesas da Vila de Soajo organiza, no próximo domingo, 11 de fevereiro, pelas 20.30, o II Baile de Carnaval.

Sob o mote “Veste-te de ‘entruido’ à moda antiga!”, a organização promove, paralelamente, um concurso em que serão premiados os três melhores figurados: o(a) grande vencedor(a) com um jantar para duas pessoas (cortesia da Junta de Freguesia de Soajo), o segundo classificado leva para casa um minicabaz de produtos da Terra e o terceiro o livro O Juiz de Soajo.

A exemplo de 2017, espera-se muito público na Casa do Povo para assistir à iniciativa que promete divertir miúdos e graúdos.

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A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez aprovou a sinalética e o trilho do “novo” Caminho de Santiago que vai atravessar boa parte da zona este do concelho arcuense. A iniciativa engloba, por exemplo, a marcação do percurso e a colocação de placas nas duas extremidades do trajeto, uma à entrada do lugar da Prova (Paçô), para dar as boas-vindas aos romeiros, e outra à saída da fronteira entre Soajo e Lindoso, para lhes desejar a continuação de boa jornada mística.

No caso de Arcos de Valdevez, o caminho, com uma extensão de 37,4 quilómetros, terá início no lugar da Prova (Paçô), à saída da velha ponte do concelho vizinho de Ponte da Barca, indo confluir à vila de Arcos de Valdevez (onde a zona histórica, com a sua monumentalidade, já, existente na Idade Média, será um bom motivo de visitação).

Uma vez na sede do concelho arcuense, pela ponte oitocentista de atravessamento do rio Vez (que substituiu em 1880 a de construção medieval), segue-se pela zona de Morilhões, Vale e S. Jorge. Aqui, desce-se pelo caminho que era feito pelos monges em direção à povoação de Ermelo, rumando-se, posteriormente, à idílica vila de Soajo e, daqui, o roteiro passa por Paradela até à barragem de Soajo/Lindoso, onde se toma a fronteira da Madalena, rematando a travessia em Celanova (Ourense).

O trajeto, que não está cartografado, será apetrechado com sinalética universal e padronizada, para além de integrar os principais pontos de interesse ao longo do caminho para que os mesmos sejam visitados, sendo Soajo particularmente rico em elementos turísticos de vincada importância. Ao todo, serão colocadas “144 placas em várias tipologias e com diversos contrastes”, disse Nuno Soares, chefe da Divisão Sociocultural, em recente reunião de Câmara. Mas, tendo em conta a profusão de sinalética, principalmente nos troços que fazem o atravessamento do Caminho de Santiago, da Grande Rota e dos inúmeros percursos de Pequena Rota, é de prever alguma confusão.

De referir que o caminho em questão não corresponde ao atravessamento primitivo (que remonta ao século XI), desde logo, porque, outrora, não havia a barragem de Soajo/Lindoso nem a avenida de entrada na vila de Arcos de Valdevez.

Para tranquilizar o público-alvo, o trajeto tem estado sob avaliação técnica e é “bem mais fácil e mais seguro do que o original”, segundo garante o referido técnico superior, que está empenhado em rechear o Ano Europeu do Património Cultural (2018) com ações de grande alcance a pensar no desenvolvimento do concelho.

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Foi autorizada, pela Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, no passado dia 2 de fevereiro, a abertura de procedimento concursal, por 13 500 euros, para a aquisição de serviços com vista à elaboração de um projeto de execução da obra de ampliação da rede de abastecimento de água (em alta) a partir de Ermelo em direção ao reservatório do Mezio.

O que está em causa é a adução da interligação do abastecimento, ou seja, a ação de derivar, por meio de conduta, a água do depósito de Ermelo para o reservatório Mezio, permitindo o reforço deste equipamento, e, deste modo, o aumento da sua capacidade de fornecimento a Soajo (e, também, servirá a freguesia de Cabana Maior no âmbito do investimento em execução nesta freguesia).

Ou seja, de forma mais simplista, o depósito de Ermelo vai reforçar a rede que serve Soajo, através do redimensionamento do equipamento instalado no Mezio.

“A conduta de oito quilómetros terá, com efeito, de ser elevada de Ermelo até ao Mezio, sendo que a partir daqui o sistema está todo ele montado”, sublinha o edil João Manuel Esteves.

Segundo o presidente da Câmara Municipal, em reunião, recentemente, ocorrida com as empresas Águas do Norte e Águas de Portugal, foi abordada a questão do “financiamento para a execução desta obra, cujo investimento estará na ordem de centenas de milhares de euros”.

De referir que, no âmbito de um projeto mais global, está em concurso a ligação do sistema em alta desde a barragem de S. Jorge, zona de Gração e Vilar, até Ermelo, prevendo-se a execução do subsistema de água de S. Jorge para os reservatórios de Vilar (que terá melhoramentos), Vilarinho de Souto e Ermelo (Igreja).

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Procedeu-se, no passado sábado, 3 de fevereiro, à inauguração da obra de ampliação da rede de energia elétrica à zona das Chedas.

O investimento municipal vem garantir um serviço reclamado há muito tempo pelos residentes, mas isso não invalida que não sejam feitas observações ao facto de, uma vez mais, a EDP ter preferido o sistema elétrico aéreo ao subterrâneo, apesar dos riscos de radioatividade e do péssimo efeito visual que, tão flagrantemente, saltam à vista.

Daí a pergunta: Por que razão não se optou, desta vez, por enterrar os cabos elétricos, principalmente quando há moradores nas proximidades e se está num território de proteção que restringe tudo e mais alguma coisa?

Quem souber que responda…

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Fotos: Fernando Gomes

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O Rancho Folclórico da Associação Cultural e Desportiva dos Amigos de Vilarinho das Quartas está a um pequeno passo de pertencer à Federação do Folclore Português. O júri do Conselho Técnico Distrital ficou, completamente, rendido à apresentação etnográfica do grupo soajeiro no passado dia 4 de fevereiro (domingo). Fruto desta atuação de luxo, os quatro jurados emitiram parecer favorável ao Conselho Técnico Nacional, que, dentro de poucos meses, deverá federar o grupo soajeiro.

Depois do momento formal de apresentações, com o diretor do Rancho, Ruben Coelho, a fazer as honras da casa, um grupo de mulheres abriu o “exame” com o típico serão soajeiro em torno dos ofícios artesanais, acompanhados das expressões características da Terra (os chamados “regionalismos”) e do canto à capela. As brincadeiras da miudagem foram um “número” introduzido nesta representação pelo Rancho, mesmo não fazendo parte das práticas etnográficas originais, como bem explicou Ruben Coelho.

Feito o serão na sala da Associação de Vilarinho das Quartes (decorada a preceito com trajes e diversa estúrdia), o grupo recheou a atuação com uma bonita sequência de modas (danças) e de cantares tradicionais: “Modinha Começada", “Modinha de Soajo", "Salto de Soajo", "Caninha Verde Soajeira" (passada), "Serrinha" (vira passado) e "Coxa". Posteriormente, no momento de interação com o júri, a pedido deste ou sob iniciativa do Rancho, foram ainda desfiadas “cantigas” como "Senhora da Peneda", "S. João" e "Sachadeiras".

Com rasgados elogios ao espetáculo que entrecruzou danças, cantares, trajes e representação, o Conselho Técnico Distrital não conteve a emoção com a expressão do grupo que canta e sente genuinamente como se fazia dantes. “A maneira como aquela senhora canta e como ela sente faz lembrar a minha avó!”, exclamou, emocionada, uma jurada a lacrimejar.

De resto, pelos quatro jurados, foi destacada a importância das “pessoas mais velhas na transmissão da cultura dos nossos antepassados, por isso, quando morre um velhinho de noventa anos, desaparece com ele uma história de vida”, soltou a monçanense Elisa Alves, presidente do júri, sobre o saber inesgotável da nonagenária Ti Ana.

Também foi realçado o trabalho de pesquisa feito pelo Rancho e a preservação dos trajes tradicionais em respeito pela cultura popular soajeira. “Não é a mesma coisa usar um traje típico de lã ou comprar um traje vulgar nos Arcos. E a Federação procura, justamente, grupos que representam na íntegra os costumes do povo”, reforçou a também diretora do Grupo Folclórico das Lavradeiras de S. Pedro de Merufe (Monção).

Uma vez realizada a prova com distinção, o Conselho Técnico Distrital encarregar-se-á, agora, de elaborar o respetivo relatório (muito positivo e com curtíssimo plano de melhorias), que será encaminhado para o Conselho Técnico Nacional, enquanto o Rancho de Vilarinho tratará do dossiê técnico-digital na qualidade de aderente, para que este mesmo Conselho Nacional, mediante a avaliação do processo, possa decretar a adesão do Rancho de Vilarinho como membro efetivo da Federação do Folclore.

O que é federar um rancho/grupo folclórico?

O Rancho Folclórico de Vilarinho das Quartas será, tudo indica, o segundo grupo do concelho de Arcos de Valdevez a engrossar as “fileiras” da Federação do Folclore Português (o Rancho Folclórico das Lavradeiras de S. Pedro do Vale é, atualmente, o único federado de Arcos de Valdevez). No distrito de Viana do Castelo, há apenas 13 ranchos/grupos com este estatuto.

Mas o que é federar um grupo? “É fazer com que ele pertença ao organismo que é a Federação do Folclore Português. Ou seja, quando um grupo é representativo da cultura do povo onde está inserido, e se o mesmo pretender fazer parte daquela grande instituição, federamos o grupo”, disse ao blogue Soajo em Notícia Elisa Alves, jurada do Conselho Técnico Distrital.

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Entrevista com Elisa Alves, do Conselho Técnico Distrital

“Atribuo uma classificação de 17 valores ao Rancho de Vilarinho das Quartas”

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De que é que mais gostou da atuação do Rancho Folclórico de Vilarinho das Quartas?

Gostei de tudo: das danças, do falar típico de Soajo, dos trajes (com destaque para os três de lã), da representatividade que eles encerram e, sobretudo, do canto à capela, que poucos grupos fazem e que é algo que temos de preservar. Este canto valoriza muito o espetáculo. O Rancho de Vilarinho das Quartas está, por isso, de parabéns.

Que aspetos propõe de melhoria?

Não há muito a melhorar, porque o grupo está bastante bom e revela grande qualidade. Apresentámos alguns aspetos a considerar no trajar, no calçar e na representatividade, mas nada de muito significativo.

Numa escola de 0 a 20 valores, que nota atribui ao Rancho de Vilarinho?

Atribuo uma classificação de 17 valores.

Tem, portanto, ainda um pequeno espaço de aperfeiçoamento?

Sim, há um espaço para melhorar, porque nunca podemos considerar que estamos no 20 ou no ponto máximo, temos é de ter ambição para melhorar e querer ir mais além.

Agora resta, praticamente, trabalhar o processo técnico-digital. De que se trata?

Este dossiê técnico de que tanto falámos e que requeremos aos grupos servirá de suporte ao Rancho e constará dos ficheiros da Federação do Folclore Português. Imaginemos que, daqui a uns anos, este grupo acaba, ora, mais tarde, qualquer pessoa pode pegar nesse instrumento e relançar o grupo tal qual como ele está hoje, permitindo recuperar toda a recolha e todo o trabalho que foi feito pelo grupo.

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Entrevista com Ruben Coelho, diretor do Rancho de Vilarinho das Quartas

“Ser federado valoriza e credibiliza o Rancho”

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Como e quando é que surgiu a ideia de federar o Rancho Folclórico?

A ideia surgiu pelo trabalho que temos desenvolvido. O nosso tipo de atuação e de pesquisa enquadra-se dentro dos parâmetros daquilo que a Federação procura, portanto, a defesa da cultura tradicional do povo português, neste caso, do povo soajeiro.

Tendo em conta que fazemos essa defesa e que fazemos essa procura, surgiu a ideia de nos associarmos à Federação do Folclore Portuguesa.

O que é que o Rancho tem a ganhar com esta adesão?

Sendo um grupo federado, obviamente que a nível de credibilidade e do trabalho apresentado, o Rancho sairá valorizado.

Do pouco que falta para o Rancho ser um grupo federado, podemos dizer que se trata de um pró-forma?

É essa a nossa ideia [risos], sim, e temos trabalhado nesse sentido. O nosso grupo, quando foi criado, também foi um bocadinho no sentido de seguirmos essa linha. Obviamente que as coisas têm as suas dificuldades, tal como uma estrada não é só reta, tem curvas… Acho que este ano chegou o momento e, por isso, quisemos dar o salto.

Quantos elementos tem no ativo o Rancho de Vilarinho das Quartas?

Somos 47, salvo erro. É um grupo misto.

Quer explicar a sugestão da jurada Elisa Alves a propósito do “aumento da representação feminina”?

Não foi bem o aumento da representação feminina, aliás, acaba por ser um bocadinho… No quadro etnográfico que apresentámos inicialmente, os serões eram feitos por mulheres, novas e velhas. No nosso caso, o maior número foi apresentado depois, à chegada do serão, e o serão era só, e apenas exclusivamente, feito por mulheres. Portanto, fazia mais sentido no quadro inicial haver mais mulheres. Mas, como expliquei, não foi possível fazer isso aqui, até porque, nessa eventualidade, teríamos de apresentar uma variedade de trajes e de danças. E não poderíamos ter todas as mulheres com trajes de trabalho no serão. Foi somente por causa disso.

Como foi preparada esta apresentação etnográfica em que o grande mentor foi Ruben Coelho?

Fui eu que tive a ideia, mas todos somos mentores, até porque não invento nada e bebemos de informação através do povo mais velho. Ou seja, fui eu que ajudei a orientar, mentores somos todos.

Do lado de fora sobressai um compromisso muito forte do grupo. Tal é fruto do carisma do diretor?

Não sei se tenho carisma, sei que passo confiança e responsabilidade às pessoas. Tenho de ser tão ou mais responsável do que eles. A partir do momento em que passo essa responsabilidade, acho que tenho todo o respeito das pessoas que aqui andam.

Como é que consegue este registo?

Temos de lidar como se fôssemos uma família. Há uma voz que orienta, mas todos somos iguais. Não mando mais nem menos, simplesmente oriento da melhor forma possível. E dá gosto vir aos ensaios ao sábado ou fazer saídas dentro e fora do concelho. É graças a isso que temos tido a adesão de muita gente, de todas as idades.

A mescla de experiência e juventude é, precisamente, um ponto forte do Rancho e esta simbiose foi sobejamente elogiada pelo júri…

Sem dúvida. O grupo vive dos mais jovens, são eles o futuro do grupo, e dos mais velhos, que são um poço de saber.

Que idades têm o benjamim e o ancião do Rancho?

O mais novo é o meu filho, Francisco. Tem três anos. A mais velha, com noventa, é a Ti Ana.

Há espaço para ter dois ranchos de grande nível em Soajo?

Acho que sim e não é assunto que me incomode. Já disse várias vezes, estou perfeitamente disponível para ajudar no que quer que seja. Não deve é haver espaço para a rivalidade que existe atualmente. Não sei de que lado vem, acho que é muito fomentada pelas pessoas de fora. O problema é mais esse, não propriamente entre os grupos.

O Rancho Folclórico de Vilarinho das Quartas esteve em franca atividade em 2017. Quantas atuações fez o grupo ao todo?

Fizemos muitas atuações. Por volta de trinta. Este número vai aumentar em 2018.

Em que medida este dado reflete o vosso crescimento?

Diz muito da responsabilidade que temos tido às tradições soajeiras. Isso é o mais importante. Quando vamos pelo grupo, não é porque dançamos bem ou porque vestimos bem, é porque representamos bem aquilo que é o povo soajeiro.

E qual o retorno que tem obtido?

Temos tido um bom retorno e um reconhecimento do público de fora da nossa terra (e também da nossa terra). E daí a intenção de nos federarmos também.

Como é que vê a política de protocolos municipais que atribui o mesmo montante a um grupo com reduzida atividade e a outro com grande número de realizações?

É o protocolo da Câmara, se calhar, não sou tão de acordo com ele, mas nada podemos fazer em relação a isso.

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27544643_1828566610495567_5869492118120881853_n (2)Trata-se de uma iniciativa que enaltece o património e a cultura identitária do povo de Soajo. A sexta moeda da série “Etnografia Portuguesa” é alusiva aos “Espigueiros do Noroeste” e nela figurará a Eira Comunitária de Soajo. A moeda será apresentada no próximo dia 8 de fevereiro pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), ao abrigo de um projeto que emparceira o Museu Nacional de Etnologia.

Esta moeda comemorativa de 2018, cuja data de lançamento está estimada para novembro próximo, retrata, com efeito, a importância dos espigueiros na conservação do milho (utilizados para guardar, secar e proteger as espigas dos roedores) e o seu relevante papel na cultura agrícola da região. A peça (com 2,5 euros de valor facial) destina-se, fundamentalmente, a colecionadores e especialistas em moedas, ou simples curiosos, fazendo parte do Plano Numismático de 2018.

Este Plano abrange oito moedas comemorativas que, para além da Etnografia Portuguesa (Espigueiros do Noroeste), engloba, também, o Campeonato do Mundo’2018 na Rússia; a Série Europa (o Barroco); Ídolos do Desporto (Rosa Mota); 100 anos do Armistício; Espécies Vegetais Ameaçadas (o trevo de quatro folhas); Espécies Animais Ameaçadas (a águia imperial); e Arquitetura Portuguesa (Souto Moura).

Desde que a iniciativa “Etnografia Portuguesa” arrancou em 2013, as moedas desta coleção já foram dedicadas a cinco elementos etnográficos específicos: “Arrecadas de Viana do Castelo” (em 2013), “Jugos” (em 2014), “Colchas de Castelo Branco” (em 2015), “Figurado de Barcelos” (em 2016) e “Máscaras Trasmontanas” (em 2017). Os “Espigueiros do Noroeste” encerram este ano o projeto que tem conseguido difundir importantes elementos e valores da cultura popular portuguesa.

A propósito da seleta coleção que distingue tão valioso património, o vice-presidente do Município de Arcos de Valdevez apresentou, em reunião de Câmara desta sexta-feira, 2 de fevereiro, um “voto de congratulação ao povo de Soajo pelo reconhecimento que é dado aos espigueiros de Soajo, […] os mais emblemáticos, os mais conhecidos e os que mais nome dão aos Arcos em termos turísticos”, referiu Hélder Barros.

27544643_1828566610495567_5869492118120881853_nImagens: Imprensa Nacional-Casa da Moeda