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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

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A Junta de Freguesia de Soajo procedeu, esta semana, à pré-inscrição no concurso de eleição da Rainha das Vindimas de Arcos de Valdevez, que, de modo inédito, passa a fazer parte integrante do Festivinhão. Este Festival Enoturístico de Arcos de Valdevez realiza-se de 1 a 3 de junho, sob organização da Câmara Municipal e da Associação dos Vinhos de Arcos de Valdevez.

A candidata, diz o Regulamento geral, deverá residir na freguesia e ser nomeada diretamente pela respetiva Junta. Cada autarquia deverá, ainda, nomear uma candidata suplente que, em caso de impedimento da primeira candidata, representará a respetiva freguesia.

Mas, em nome da transparência e da lisura de processos, seria conveniente fazer alterações à redação do articulado, pois, tal como está o Regulamento, corre-se o risco de a nomeação, pura e simples, levantar suspeitas (de favoritismo, por exemplo), mesmo que infundadas, caso a(s) indicada(s) tenham alguma relação familiar com os eleitos. É que, como diz o ditado, “à mulher de César não basta ser honesta, tem também de parecê-lo”.

Com o intuito de, eventualmente, desfazer tal equívoco, a Junta de Freguesia de Soajo tratou, já, de elaborar um Regulamento específico para a eleição da rainha das vindimas da freguesia de Soajo, cuja realização deverá ocorrer em finais de abril, sendo elegíveis “as jovens do sexo feminino residentes ou naturais de Soajo com idade superior a 15 anos (completados até ao dia 31 de dezembro de 2017), não havendo idade máxima para participar”.

Entretanto, ao concurso concelhio, a realizar no dia 1 de junho, serão apenas admitidas 12 candidatas. Mas, se houver mais de 12 concorrentes, como é que serão eliminadas as excedentes? Há pré-eliminatória? Certo é que as candidatas que desfilarem no Jardim dos Centenários deverão apresentar-se a concurso com três trajes diferentes (regional, roupa prática e vestido de noite).

O júri, constituído por vários elementos, vai eleger a Rainha das Vindimas, a 1.ª Dama de Honor, a 2.ª Dama de Honor e o Prémio Fotogenia. As concorrentes elegem entre elas o Prémio Simpatia. Às vencedoras de cada categoria serão atribuídos prémios, tendo a Rainha das Vindimas direito a um cabaz ofertado pelo comércio tradicional no valor de 300 euros.

A Rainha das Vindimas de Arcos de Valdevez representará o Município na 10.ª edição do concurso Rainha das Vindimas de Portugal que decorrerá, pelo outono, na localidade lisboeta de Alenquer.

O blogue Soajo em Notícia voltará oportunamente ao assunto.

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Para saber mais contacte o número 258576747 ou o email jf-soajo@freguesiasdeportugal.com

Foto: Rádio Jornal Tejo (vencedoras do concurso de 2017 nas várias categorias)

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Sob proposta da Direção da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez em Lisboa, a Assembleia Geral, reunida em sessão ordinária no passado dia 18 de março, aprovou, por unanimidade, a atribuição do prémio Mário Barros Pinto ao autarca soajeiro Manuel Barreira da Costa. O prémio em questão foi instituído em 1997 para distinguir personalidades arcuenses que se tenham destacado, entre outras, nas áreas empresarial, cultural, associativa e desportiva.

Esta distinção, justifica a Casa do Concelho, significa o “reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido por Manuel Barreira da Costa como autarca de Arcos de Valdevez e de Soajo em particular. Foi esta a primeira freguesia a receber a Casa do Concelho de Arcos de Valdevez nas visitas ao concelho, iniciadas nos anos noventa do século passado”.

Preside à Casa do Concelho de Arcos de Valdevez em Lisboa o respeitado amigo de Soajo, Joaquim de Brito, que é natural de S. Jorge.

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A Junta de Soajo reuniu-se no passado dia 24 de março com as coletividades da freguesia para preparar a próxima edição da Feira das Artes e Ofícios Tradicionais (FAOT), que, este ano, se realiza de 20 a 22 de julho. O encontro serviu, supletivamente, para difundir pelos representantes das associações o objetivo de se promover um programa de cariz cultural abrangente e repartido ao longo do ano.

A pensar na 18.ª edição da FAOT, a Junta de Freguesia e as coletividades soajeiras, representativas de (quase) todos os lugares, surgem empenhadas em desenvolver esforços conjuntos para uma organização rica e diversificada. Fora a vertente do negócio (que se quer cada vez mais sustentável), à volta dos produtos endógenos, o certame incluirá, tudo indica, um programa de atividades culturais com base nas tradições etnográficas da Terra.

Segundo o entendimento de muitos observadores, é preciso ir para lá da oferta dos petiscos e dos produtos de artesanato, reintroduzindo demonstrações ao vivo para “redescobrir” as artes e os ofícios tradicionais.

Por outro lado, com o intuito de atrair grandes massas, o popular programa “Somos Portugal” (da TVI) será emitido diretamente de Soajo (Campo da Feira) no dia 22 de julho (um domingo). Segundo apurou o blogue Soajo em Notícia, a agenda do referido canal pode ter inviabilizado a realização da FAOT numa data mais conveniente para a imensa comunidade de emigrantes que, na sua maioria, só começa a chegar no início de agosto.

Independentemente das circunstâncias, aventure-se por Soajo e descubra os tesouros e os refúgios antes, durante e depois da FAOT…

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Logan Da Costa está a mostrar a fibra de que é feito no grande circuito do Karaté 1 (Premier League). Depois do quinto lugar no Dubai no passado mês de fevereiro, o carateca, com raízes em Soajo (Paradela), alcançou, há dias, o bronze em Roterdão (Holanda), na categoria de -75 kg. Os irmãos de Logan, Jessie e Steven da Costa, tiveram, desta vez, uma participação discreta.

Pela primeira vez esta temporada, o luso-francês Logan da Costa subiu ao pódio na primeira divisão do Karaté 1. “Este resultado mostra que ainda estou aqui”, afirmou Logan da Costa ao jornal Le Républicain Lorrain.

“Em relação ao Dubai, consegui a desforra com este terceiro lugar. A nível competitivo, globalmente, senti-me melhor, embora tenham acontecido algumas coisas que não consigo dominar”, acrescenta o carateca de 26 anos, fazendo alusão à derrota diante do iraniano Asgari (4-2) nos quartos-de-final, em que, na opinião dele, a arbitragem não esteve à altura. “Por vezes, temos de aceitar isso”, diz, desolado.

Mas Logan Da Costa não baixa os braços e pensa positivo depois deste “brilharete”, que fez esquecer a desilusão de Paris. O segredo para repetir novas façanhas reside na “força mental”, explica o campeão mundial (em 2012) e campeão europeu (em 2016) com a equipa de França.

A próxima competição decorre de 6 a 8 de abril em Rabat (Marrocos).

Entretanto, os irmãos Logan, Jessie e Steven estão com os olhos postos nos Jogos Olímpicos de Tóquio (em 2020), onde alimentam legítimas expetativas de lutarem pelo pódio. Na hierarquia mundial da modalidade, os três soajeiros encontram-se nos lugares de topo.

Até lá, o blogue Soajo em Notícia continuará a acompanhar o percurso destes três grandes campeões.

Foto: Le Républicain Lorrain

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Não é novidade, mas a questão saltou para a "ribalta" desde os grandes incêndios de 2017 que vitimaram mais de cem pessoas na zona centro. Em muitas zonas do território nacional, e Soajo não é exceção, os galhos arbóreos crescem entre cabos e fiação elétrica. O risco de curto-circuito exigiria há muito uma grande intervenção das entidades responsáveis pela rede.

À entrada de Soajo para quem vem do lado de Ermelo, na zona de Novás, por exemplo, há cabos que atravessam e se apoiam nos galhos. Neste e noutros pontos da freguesia, as árvores cresceram tanto que a folhagem e as agulhas (folhas do pinheiro) quase escondem a fiação. Não é preciso ser técnico para ter a perceção de que, se ali pega fogo, vai ser um “ai Jesus”.

O Regulamento de segurança de linhas não está a ser cumprido e em causa está a distância mínima de proteção dos condutores (cabos da rede) às árvores, algumas destas em risco de queda devido à sua localização (ladeiras), à erosão dos solos e ao seu precário estado de sanidade.

Para além disso, e em conformidade com a lei de limpeza e gestão de materiais combustíveis, urge proceder, quanto antes, ao corte e/ou poda das árvores que arriscam a segurança de pessoas e bens.

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Desde 2014 que a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez passou a celebrar protocolos de apoio financeiro de igual valor para todas as freguesias. O “teto” começou nos 20 mil euros, depois transitou para 25 mil e, nos últimos tempos, fixou-se nos 30 mil euros (por ano). Pouco dinheiro e, segundo a perceção geral, mal distribuído.

A pergunta que vários autarcas de freguesia colocam em privado é a seguinte: porque é que as grandes freguesias e as agregações, por terem mais população, uma área superior e mais necessidades, não recebem um maior envelope financeiro (leia-se mais dinheiro)?

Em diversas interpelações públicas, o edil João Manuel Esteves, desde que foi eleito em setembro de 2013, tem justificado a política que está a presidir aos protocolos municipais segundo uma lógica de igualdade. “A Câmara, em parceria com as juntas de freguesia, está a contribuir para o progresso e para a coesão territorial do concelho, através da concretização de uma política em que não há supremacia de ninguém”, alega.

Mas, segundo este princípio paradoxal (as freguesias não são todas iguais…), em relação ao Orçamento do Estado (OE), a Administração Central deveria, pela mesma premissa, transferir um montante idêntico para os grandes e para os pequenos municípios, pelo que os minúsculos concelhos de Paredes de Coura e Barrancos passariam a arrecadar o mesmo valor que toca ao imenso território de Arcos de Valdevez. Mas não é isso que acontece, nem há de acontecer nunca, já que as receitas das câmaras provenientes do OE são calculadas, em parte, com base na contribuição fiscal dos residentes. Trata-se, pois, de um exercício racional que não está em uso nos protocolos municipais, com evidentes prejuízos para as freguesias deste concelho.

A receita das freguesias que é proveniente da Câmara é completamente irrisória para Soajo, mas também é insuficiente para pequenos núcleos rurais como Ázere ou Aboim das Choças, que não têm capacidade para obras ou grandes melhoramentos. Não por acaso, a austeridade aplicada às juntas tem vindo a repercutir-se na acentuada paralisia de atividade nas freguesias, pois os apoios financeiros mal dão para os custos de manutenção das infraestruturas.

Quer dizer, esta política de protocolos em vigor apenas tem servido para reduzir a dívida da Câmara Municipal, que, deve dizer-se, tem sido abatida, em grande parte, à custa das freguesias. Sim, porque, o Município não está a devolver às freguesias parte do dinheiro que embolsa por conta do IMI.

E, se dúvidas houvesse em relação ao descontentamento que reina desde 2014, bastaria recuperar as declarações que o ex-presidente da Junta de Freguesia de Soajo, Manuel Gomes Capela, proferiu, em tempos, em sede de Assembleia de Freguesia de Soajo:

“[Por causa das reduzidas verbas que a Câmara está a transferir para as freguesias], houve lá [reuniões com os autarcas de freguesia e Assembleia Municipal] grandes problemas, grandes zangas, mas ele [João Manuel Esteves] disse que tinha de reduzir o défice”.

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O espetáculo “Mulheres Fiadeiro/Fiadouro”, pelas cantadeiras de Soajo, que o Teatro Nacional D. Maria II acolheu no passado sábado, 17 de março, foi todo ele dominado pela emoção e pelo forte sentimento de pertença à Terra, com as protagonistas a prestarem uma sentida homenagem às tradições ancestrais de Soajo para que estas não caiam nunca no esquecimento.

Saindo de Soajo pela alvorada, o autocarro, com cerca de quarenta conterrâneos, de várias gerações (avós e netos…), entre cantadeiras, familiares e amigos, rumou a uma das mais afamadas salas da cultura portuguesa: o Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II. Na “bagagem”, ia o rico legado das tradições etnográficas de Soajo. Na mente de todos, a certeza de que este era um dia importante para elevar o nome da Terra. E assim foi, como a seguir se verá.

A primeira paragem em Lisboa foi na seda da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, onde, em ambiente de franco convívio e alegre confraternização, a prestimosa coletividade serviu um autêntico banquete (deliciosas as entradas e a carne assada), a que não faltou o discurso emocionado quer do presidente da Casa, o anfitrião Joaquim de Brito (que é natural de S. Jorge e respeitado autarca na Junta de Freguesia de Marvila), quer do tesoureiro da Junta de Freguesia de Soajo, Fernando Gomes.   

Foram bonitas as mensagens de felicitações e muito calorosa a recetividade, mas é devida, também, uma palavra de agradecimento à soajeira (de Vilarinho das Quartas) Palmira Coelho que, com a ajuda de algumas voluntárias, mostrou, de novo, os seus especiais dotes de cozinheira, para grande agrado dos 25 soajeiros que acompanharam as cantadeiras nesta deslocação a Lisboa. Enquanto isso, as protagonistas da tarde, por razões de protocolo, convergiram para outro local, onde foi servido o almoço custeado pela organização.

De barriga cheia, a comitiva seguiu para a Praça de D. Pedro IV (as cantadeiras chegaram ao Teatro D. Maria II a pé e a cantar desde o restaurante), onde, numa espécie de prelúdio, Sandra Barreira difundiu por todos a missão que o grupo de 11 cantadeiras carregava aos ombros. “Mostrar como eram os fiadeiros e [recuperar uma época em que] ainda havia tempo para trabalhar a lã, com a qual eram feitos aventais e mantas, assim como cantar […], por exemplo, ‘Um ai meu amor um ai’, […] tema tão característico do espírito soajeiro”, assim foi antecipado, com aplausos, o que estava para vir após o discurso de apresentações.

E, entretanto, o momento tão aguardado por todos naquela sala de cultura estava prestes a arrancar… Sentadas em confortáveis poltronas ou sofás, as cantadeiras, devidamente trajadas com roupas tradicionais, abriram o espetáculo com o tema do ‘Fiadeiro’ e reservaram para o fim a ‘Despedida’, bonita surpresa para os presentes, onde se incluíam muitos soajeiros radicados em Lisboa. Pelo meio, a exibição das 11 protagonistas, com várias gerações misturadas, permitiu recuperar memórias e letras bonitas à volta da tradição do fiadeiro como: ‘Tenho dentro do meu peito’, ‘Oh Soajo, oh Soajo’, 'Um ai meu amor um Ai’. ‘Falta-me a respiração’, ‘S. João’, ‘É do meu gosto’, ‘Linda Morena’, ‘O pelourinho’, ‘A travessa’ (Penteei o meu cabelo’) e ‘Minha mãe chamou por Ana’. E, à volta dos cantares do fiadeiro, com o tradicional ajuntamento de pessoas em redor (dezenas de soajeiros, e não só), também se recriou um pouco o fiar (com roca e fuso), o esguedelhar e o carpear da lã…

Quase no término da atividade, o curador Tiago Pereira (conhecido documentarista e realizador), depois de se regozijar pela apresentação de mais um espetáculo integrado no projeto “A música portuguesa a gostar dela própria”, naquele emblemático palco, convidou o público presente não soajeiro a visitar o território de onde chegou este grupo de mulheres para fazer a diferença.

No fim, sobrou a conclusão de que valeu bem a pena o extremoso apego a esta tradição soajeira, tão bem representada nesta mostra de temas, em cujos preparativos/ensaios as cantadeiras participaram com infinito denodo (e paixão) nas últimas (largas) semanas. Das muitas reações que foram postadas nas redes sociais no pós-espetáculo, o blogue filtrou as expressivas e eloquentes declarações de Fernando Gomes e de Sandra Barreira. “Ouviu-se Soajo em voz alta no coração de Lisboa. Gostaria de agradecer às nossas lutadoras que representaram os nossos usos e costumes com o seu coração e isso é o mais bonito que se pode mostrar. É a nossa realidade e o sofrimento! Obrigado a todos os que ajudaram a que isto fosse possível. […] Obrigado Soajo”, conclui o tesoureiro da Junta de Freguesia.

Sandra Barreira acrescenta: “A [grande] protagonista foi a tradição soajeira, muito bem representada pelo grupo que cantou e encantou todos os que estiveram presentes no Teatro Nacional D. Maria II. Foi pela voz [de 11 soajeiras] que ouvimos todas as mulheres de Soajo – as mães, as avós, as tias e as vizinhas; as dos lugares e as da vila; as que estão do nosso lado e as que já partiram; as mais velhas e as mais novas; as do passado, as do presente e as do futuro –, porque vamos continuar a cantar alto, mesmo quando faltar a respiração”.

Para que conste, o grupo que tão honradamente prestigiou Soajo foi constituído pelas cantadeiras Ana Domingues Gomes, Catarina Enes Pereira, Custódia Gonçalves, Emília Neto, Fátima Enes, Maria de Fátima Domingues Fernandes, Maria Gomes Moreira, Maria Luísa Sousa Gomes, Teresa Cerqueira, Teresa Fernandes e Virgínia Brito. A apresentação no Salão Nobre coube a Sandra Barreira.

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, que custeou o transporte, não se fez representar nesta iniciativa (agendada há meses) que engrandeceu Soajo, o concelho e a região.

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 Fotos: Soajo em Notícia e Teresa Araújo

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O programa de espetáculos do prestigiado Teatro Nacional D. Maria II engloba, este sábado, 17 de março (pelas 16.00), a apresentação, no Salão Nobre, pelas mulheres de Soajo, do Fiadeiro/Fiadouro, como este blogue adiantou em tempo oportuno.

A iniciativa tem a curadoria de Tiago Pereira e emparceira o projeto “A música portuguesa a gostar dela própria.

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Fotos: Teatro Nacional D. Maria II

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“Vamos fazer o máximo, não se pode tirar o pé do acelerador, mas vai ter de haver um esticar do tempo, porque, humanamente, é impossível cumprir a lei [de limpeza dos matos] até 15 de março [prazo finda esta quinta-feira]”, disse o vereador da Proteção Civil Municipal, em reunião de Câmara, no passado dia 2 de março. E o vaticínio de Olegário Gonçalves, como se esperava, foi certeiro: o prazo acaba de ser prorrogado pelo Governo, enquanto as coimas só serão cobradas se a limpeza dos terrenos não for feita até junho.

O “máximo” de que fala o vereador foi operar em situações urgentes e promover ações de esclarecimento nas freguesias (Soajo, até hoje, não entrou no “roteiro”) que cobrem o único Parque Nacional, assim como em Álvora/Loureda, Vale, Grade/Carralcova e S. Jorge/Ermelo. “Fizemos algumas sessões de divulgação [quase todas muito concorridas], principalmente nas freguesias consideradas prioritárias por serem de risco máximo”, explica o responsável, que destaca a colaboração de GNR, Bombeiros Voluntários e associações florestais.

O requisito difundido pela Câmara, tendo em conta o facto de não haver tempo nem recursos para se fazer tudo até meados de março, segundo o calendário exarado na lei de fevereiro último, foi mais ou menos o seguinte: para ajudar a proteger pessoas e bens, e reduzir a severidade de futuras ocorrências, a estratégia residiu no estabelecimento de zonas de intervenção prioritária, no corte de imenso coberto crescido (nomeadamente arbustos) em áreas críticas, no desbaste de algum arvoredo e na recolha de manta morta. “Já se fez um grande caminho, as pessoas já estão a limpar, e nota-se que, quando o clima aqueceu um bocadinho, os incêndios começaram outra vez”, sublinha João Manuel Esteves.

Neste hiato de tempo em que os trabalhos deviam ser feitos dentro do (primeiro) prazo legal, as queixas de proprietários e autarcas foram, basicamente, as mesmas: prazo muito apertado, falta de recursos humanos e financeiros, escassez de maquinaria e dificuldades de interpretação da lei.

“A lei é muito confusa, e até há pouco tempo havia sempre legislação nova a sair; não existem empresas [especializadas] suficientes em Portugal, se eu quiser cortar os pinheiros e eucaliptos em S. Jorge, não tenho ninguém que os corte, e ainda tenho de os pagar e transportar”, reforça Olegário Gonçalves.

 

Lei: o que se manteve e o que mudou?

O Decreto-Lei n.º 10/2018, de 14 de fevereiro, é quase igual ao diploma que lhe deu origem, o Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho. Na essência, ambos têm como princípio proteger a vida das pessoas, só que agora o novo quadro jurídico dobra as coimas a aplicar em caso de infração, particulariza medidas para eucaliptos e pinheiros, difere na avaliação dos matos e confere poderes aos municípios.

Como dantes, cabe ao proprietário fazer a limpeza dos matos numa faixa de 50 metros à volta das casas (e outros edifícios) e 100 metros em torno dos aglomerados populacionais. Neste concelho, apenas o lugar de Paredes do Vale, por ser considerado núcleo (com várias casas próximas entre elas), tem de cumprir esta maior faixa de segurança.

Em relação às faixas de proteção junto às casas, a lei requer cinco metros completamente limpos (de árvores, arbustos, lenha, madeira e restolho), em vez dos dez metros definidos na redação da lei anterior.

Quanto às árvores, passa a haver uma condição específica para pinheiros e eucaliptos, que devem manter uma distância de dez metros entre copas, quando para as restantes espécies é de quatro.

As ervas, essas, não devem exceder os 20 centímetros de altura e as camadas arbustivas os 50 centímetros de altura. Nos casos em que a altura é superior, terá de se proceder ao corte das plantas. Mas, daqui a três ou quatro meses, a vegetação estará, de novo, crescida, daí que haja necessidade de uma manutenção contínua.

 

De quem é a responsabilidade de limpar a partir de agora? E quem suporta os encargos?

Os proprietários tinham até 15 de março para procederem à limpeza dos terrenos, mas, agora, nos casos de incumprimento, com esta nova abertura do Governo, as operações em falta podem ser executadas, sem qualquer penalização para os infratores, até 31 de maio, sendo importante ter presente que a responsabilidade não se transfere para os municípios. “A responsabilidade dos proprietários continua a ser dos proprietários. O que acontece é que, a partir de hoje [15 de março], os municípios podem também fazer aquilo que os proprietários não fizeram, mas cobrarão aos proprietários”, frisa o primeiro-ministro, António Costa.

Na realidade, o que falta fazer só se fará com encargos – a Associação Nacional de Municípios Portugueses já reclamou uma repartição de custos entre câmaras e demais agentes envolvidos – e com muitos constrangimentos (proprietários ausentes ou desconhecidos, privados idosos, particulares que não conseguem suportar os custos…). “Como é que as entidades vão entrar em terrenos privados?”, pergunta Olegário Gonçalves, que diz “estar a recolher orçamentos”, para “um grande investimento que a Câmara Municipal, sem contar, vai ter de fazer”.

A este respeito, termina a 31 de maio o prazo concedido às câmaras para a realização de todos os trabalhos de gestão de combustível que os proprietários não hajam executado.

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Duas situações críticas sinalizadas pela Câmara

  1. Identificação dos proprietários.

“Vamos ter o problema dos privados, logo, veremos como conseguiremos ultrapassar este problema”, estima Olegário Gonçalves. Mas os proprietários em incumprimento não podem impedir o acesso aos terrenos e são obrigados a ressarcir a Câmara dos encargos apurados na operação de limpeza. Também os vizinhos dos proprietários infratores podem fazer a gestão de combustíveis no terreno em questão após a devida comunicação, tendo o dono de reembolsar o vizinho da despesa feita com a operação.

  1. Coimas.

Logo que passar o período de tolerância nas multas (até ao próximo mês de junho), a Guarda agirá em conformidade com a lei (as coimas podem ir até 10 mil euros para particulares e até 120 mil euros para pessoas coletivas). “A GNR vai atuar e não terá contemplações, os agentes não vão ser meigos, mesmo que sejam algo moderados no início”, vinca o vereador da Proteção Civil Municipal.

A GNR começará no final do mês em curso a levantar autos sobre os terrenos ainda não limpos, mas as coimas só serão aplicadas se as limpezas não tiverem sido realizadas até junho.

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Linha SOS Ambiente para esclarecimento de dúvidas: 808 200 520

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M.C.

A Casa do Povo de Soajo, reunida em Assembleia Geral, no passado dia 11 de março, aprovou, por unanimidade, as contas de gerência relativas a 2017. No Relatório, que o tesoureiro Miguel Rodas apresentou, está plasmado um saldo (positivo) de 3267,39 euros no ano que findou, não existindo qualquer dívida por liquidar.

Por curiosidade, a principal fonte de receita da associação soajeira provém da renda do café (7260 euros/ano, o equivalente a 605 euros por mês). Noutro plano, pesando receita e despesa, o convívio do emigrante rendeu 580 euros, enquanto a festa de São Martinho implicou um gasto de 1095 euros. Por outro lado, de acordo com as rubricas listadas no Relatório, a Casa do Povo teve, em 2017, uma despesa de 501,11 euros em energia elétrica. Para além disso, a associação pagou 544,63 euros de IMI, valor liquidado em duas tranches.

No ano findo, a Casa do Povo de Soajo, que é presidida por Manuel Carvalho, não beneficiou de protocolo financeiro municipal para apoio à respetiva atividade.

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