Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

IMG_5918

O outrora verdejante e idílico “santuário” natural do Mezio (Soajo), depois dos incêndios de 2016 e do plano de abate de árvores queimadas, ficou transformado num vale agreste que apenas tem a descoberto rochedos e terra. Com algum atraso em relação aos prazos anunciados pela tutela, está, por fim, em marcha, o plano-piloto de prevenção de incêndios florestais e recuperação do Mezio. Mas será preciso muito tempo (décadas) para, sem percalços, a natureza e o Homem devolverem ao Mezio a frondosa paisagem que já existiu nesta reserva.

Recorde-se que, através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), foi aberto, em novembro de 2016, um aviso-convite, que teve como destinatário (entidade beneficiária) o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. O investimento a realizar no Mezio e no Ramiscal é de 770 742 euros, mediante um apoio financeiro da União Europeia de 655 131 euros, enquanto os restantes 115 611 euros são relativos a 15% da comparticipação nacional.

A verba a aplicar no Mezio visa, sobretudo, rearborizar 500 hectares de área florestal, concretizar o programa de prevenção estrutural através do ordenamento florestal e reconstituir ou preservar espécies autóctones no único Parque Nacional. Mas a iniciativa mais geral, que resultou dos incêndios que fustigaram fortemente a área protegida do Mezio, engloba, de igual modo, o reforço dos equipamentos e das equipas de sapadores florestais, a revitalização e regulação dos setores produtivos tradicionais (principalmente a pastorícia), a melhoria das condições de acesso para recuperação e preservação dos ecossistemas e a promoção de ações de informação para residentes e agentes locais.

Fortemente atingida pelo grande incêndio de agosto de 2016, a mancha do Mezio diz respeito a uma zona de baldio, constituída originalmente, entre outras espécies, por pinheiro-bravo, carvalhos e vidoeiros, área que, atualmente, está muitíssimo reduzida. Os habitats predominantes são as espécies da família do carvalho (carvalho-alvarinho, carvalho-negral e sobreiro) e uma fauna rica em vertebrados.

Para os promotores, este projeto de restauro, para além das ações de reflorestação, reabilitação da biodiversidade e sustentabilidade ambiental, deve abraçar, também, comportamentos ecológicos amigos do ambiente.

O prazo máximo da operação, contado desde finais de 2016, é de 36 meses (três anos).

IMG_5893

IMG_5915

IMG_5924

IMG_5920

IMG_5912

Mau-tempo-679x350

Não é nada de anómalo para a atual estação de inverno, mas é importante estar vigilante e os alertas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) servem para isso mesmo.

Segundo o referido Instituto, o distrito de Viana do Castelo é um dos que estão sob aviso laranja até às 21.00 desta sexta-feira, 9 de março, devido à forte precipitação, que poderá ser acompanhada de trovoadas. O aviso laranja indica uma situação meteorológica de risco moderado a elevado.

O IPMA prevê a continuação de chuva persistente pelo fim de semana de 10 e 11 de março em toda a região do Alto Minho.

4665288

Os municípios de Arcos de Valdevez, Lobios e Bande (estes dois da Galiza) reuniram-se, recentemente, para consertarem uma candidatura ao programa Interreg referente ao rio Lima.

As localidades da raia querem desenvolver um plano de ações conjuntas e transfronteiriças para um melhor aproveitamento do rio Lethes, ou rio “do esquecimento”, que, ironicamente, tem sido relegado para esse plano pelas autoridades regionais e nacionais nos últimos (longos) anos.

O programa Interreg, ligado aos quadros comunitários de apoio, promove estratégias conjuntas transfronteiriças e aprofunda parcerias entre diferentes níveis de administração.

De referir que, para além de Arcos de Valdevez, do lado português, os outros três concelhos da Ribeira Lima são Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo.

imgpsh_fullsize (5)

O Município de Arcos de Valdevez candidatou a carne cachena ao prémio “7 Maravilhas à Mesa”. A Câmara preparou o processo e apresentou uma candidatura em torno deste produto da serra de Soajo. “É por aí que vamos”, confirma João Manuel Esteves.

O prémio das “7 Maravilhas” foi estreado em 2007 e, após um interregno de cinco anos, voltou em 2017, com o mediático concurso a ser dedicado às Aldeias de Portugal, onde, na categoria de “Aldeia Rural”, a freguesia de Sistelo foi a grande vencedora.

O período de candidatura ao prémio “7 Maravilhas à Mesa” arrancou no dia 7 de novembro do ano findo e termina esta quarta-feira, 7 de março. Um júri de especialistas ficará incumbido de, até 18 de março, proceder a uma seleção de 49 mesas pré-finalistas. Como tem sido prática corrente, a eleição final (e decisiva) das maravilhas será apurada por votação do público.

De acordo como os mentores da iniciativa, os sabores e saberes gastronómicos vão ajudar a transformar as regiões e o mundo rural em produtos turísticos, e o concurso de 2018, a partir dos grandes meios de difusão, tem tudo para catapultar patrimónios (gastronomia e vinhos) ainda pouco conhecidos para outros níveis de notoriedade. “Vai ser um processo interessante, haverá muitos municípios e regiões a concorrer e, neste género de organizações, os meios de comunicação social são um elemento preponderante”, frisa o presidente da Câmara, que se mostra impressionado com algumas organizações recentes à volta da gastronomia local.

“Têm sido realizados almoços e mostras para divulgação das potencialidades da carne cachena, e, nestes encontros, tem havido a preocupação de olhar para o produto de maneiras diferentes, porque os olhos também comem”, diz o autarca, elogiando o menu – carne cachena estufada como entrada, canjinha de cachena e posta como prato principal – servido recentemente pela EPRALIMA no âmbito de uma prova de aptidão profissional que foi apresentada à comunidade por uma aluna finalista de Soajo.

Este produto slow food, que mistura terra/serra e tradição, tem vindo a conquistar cada vez mais apreciadores fora da região e, segundo os gastrónomos e as principais entidades dinamizadoras deste nicho de mercado (Associação dos Criadores da Raça Cachena e Cooperativa Agrícola), trata-se de uma iguaria “tenra” e “saborosa”, com “reduzida massa gordurosa” e “bastante suculenta”.

Com a candidatura de tal património genético, o território procura alcançar a terceira “maravilha”. Para além da classificação atribuída a Sistelo como “Aldeia Rural” no ano transato, é bom lembrar que a edição de 2010 já tinha consagrado o título de “Maravilha Natural de Portugal” ao único Parque Nacional.

 ***

Quatro notas sobre o gado bovino mais pequeno do mundo

1. Soajo, Gavieira, Cabreiro e Sistelo são os principais centros produtores de gado bovino de raça cachena que o concelho de Arcos de Valdevez tem.

2. Só a carne cachena produzida no PN é que possui certificado DOP (a Denominação de Origem Protegida é detida pela Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca). No Ribatejo (Santarém), há um grande efetivo cacheno, mas sem esta distinção.

3. A carne da raça cachena é o produto-base do prato “Prove Arcos de Valdevez”, que integra a carta de alguns restaurantes concelhios.

4. A raça cachena é, também, conhecida por carramelha, vilarinha e cabreira.

***

IMG_8453

imgpsh_fullsize (7)

turismo-portugal-660x330Foi apresentado ao Turismo de Portugal um projeto relativo a Soajo. Com o número de turistas a bater recordes, o trabalho de casa, agora, é inovar para oferecer os produtos e as experiências que os turistas procuram.

A candidatura de Soajo, integrada num projeto em rede da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, prevê a colocação de um kit de equipamentos básicos de apoio a bicicletas, o reforço dos pontos de acesso Wi-Fi (hotspot), a criação de um museu etnográfico no espaço da antiga escola pré-primária, a instalação de sinalética e a oferta de um programa cultural em rede no território da CIM Alto Minho.

Nesta rota, o trabalho em rede, com a ajuda das novas tecnologias, passa por desenvolver a “sinalética turística e a indicação dos agentes do setor”, desafio que visa a dinamização da área do turismo que está a dar cartas no território.

Já o museu é uma ideia que resultou da exposição “Soajo, o Tempo e a História”, organizada no âmbito da Feira das Artes e Ofícios Tradicionais de 2017. Esta mostra, montada pelo Rancho Folclórico das Camponesas da Vila de Soajo, permitiu uma “viagem” ao passado através da descrição de uma casa típica da lavoura.

“Para recriar a casa tradicional, estamos a trabalhar no sentido de definir dois ou três espaços que façam o trajeto histórico-etnográfico da casa”, refere o edil João Manuel Esteves.

Segundo a Câmara Municipal, “seria importante conseguir arranjar alguma parte de financiamento para estes equipamentos, porque desse modo começávamos a ancorar pontos de atração turística”.

maxresdefault

IMG_8621Aspeto da Exposição “Soajo, o Tempo e a História”, que fez germinar a ideia do futuro museu etnográfico local

IMG_5747

O autocarro do Grupo AVIC-Salvador que faz a percurso entre Soajo e Arcos de Valdevez registou, na passada sexta-feira, 2 de março, um atraso significativo no serviço matinal, com muitas queixas dos passageiros.

Em entrevista ao blogue Soajo em Notícia, Ivo Cunha, administrador do Grupo AVIC e representante de Salvador Alves Pereira, explica o acontecido e o esforço da empresa para “minimizar” ou “corrigir” situações que eram “regulares no passado”.

Entretanto, um grupo de pais/encarregados de educação pondera subscrever um abaixo-assinado por causa do serviço da referida empresa de transportes.

 ***

Ivo Cunha: "Atraso deveu-se a um manuseamento deficiente de um mecanismo do autocarro"

Esta sexta-feira, 2 de março, o autocarro da AVIC-Salvador saiu às 8.18 da vila de Soajo com mais de trinta minutos de atraso, alegadamente devido a uma avaria. O que é que aconteceu?

De facto, hoje de manhã [sexta-feira] tivemos um atraso no serviço referido, o que lamentámos. O atraso deveu-se não a uma avaria, mas sim a um manuseamento deficiente de um mecanismo do autocarro por parte do motorista, já perto de Soajo, o que fez com que o veículo tivesse de ficar imobilizado alguns minutos para poder reativar.

Alguns dos alunos que frequentam as escolas na sede do concelho tiveram, nessa sexta-feira, teste ao primeiro tempo da manhã e chegaram, obviamente, atrasados à sala de aula. Em que medida é que a reputação/imagem da empresa AVIC está, definitivamente, manchada com mais este episódio?

Qualquer empresa de transporte público está sujeita a situações de atrasos, quer por responsabilidade própria ou de terceiros. No que toca à responsabilidade própria, trabalhámos arduamente para que estas situações sejam minimizadas e corrigidas, estando a Salvador Alves Pereira & Filhos, Lda. mais preparada do que nunca para isso. Felizmente, estes acontecimentos são hoje residuais e não regulares como no passado.

O que é que a empresa vai fazer para acabar com estes atrasos e não prejudicar mais os passageiros?

Esta situação não poderia ser prevista, no entanto, foram tomadas medidas para que não se repita durante os serviços.

IMG_5741

IMG_5749

sexta-às-9-rtp

É hoje, 2 de março (21.00), que o programa “Sexta às 9”, da RTP1, põe no ar uma reportagem sobre o Hotel do Mezio (Casa do Mezio & Nature Hotel).

O trabalho de investigação, do jornalista Luís Miguel Loureiro, um dos elementos da equipa coordenada por Sandra Felgueiras, entrecruza factos e depoimentos para deixar prova de que quase tudo correu/funcionou mal neste projeto de privados, com recurso a fundos europeus (que, é bom lembrar, também são portugueses).

Na promoção desta reportagem, é referido, justamente, que, este "hotel de luxo, com vista para o Parque Nacional, teve construção apoiada por fundos comunitários, mas está fechado por causa de dividas".

"O programa da RTP 'Sexta às 9' investigou os contornos de um processo que, apesar dos mais de 3,5 milhões de euros em apoios comunitários, e da aprovação na Câmara de Arcos de Valdevez, nunca foi pacífico para a população local", acrescenta-se.

received_1785285871523611

A Associação Cultural, Desportiva e Recreativa da Casa do Povo de Paradela organizou, no passado dia 25 de fevereiro, um almoço-convívio à volta do arroz de sarrabulho (à moda de Paradela). A animação espontânea que se seguiu ajudou a passar a tarde soalheira de domingo em ambiente de franca e alegre confraternização entre familiares, amigos e conhecidos.

Cerca de setenta pessoas degustaram a boa comida confecionada por voluntárias (maioritariamente de Paradela), que fizeram jus aos predicados locais na área de cozinha. “O almoço foi uma delícia”, segundo disse um comensal ao blogue Soajo em Notícia.

A música de base popular, incluindo concertinas, danças e cantares, entreteve os comensais pela tarde fora.

Foto: Miguel Rodas

Pág. 2/2