O projeto da Grande Rota (GR) Peneda-Gerês, iniciativa da Associação de Desenvolvimento Regional (ADERE), deverá estar completamente finalizado em “outubro de 2019”. Os derradeiros trabalhos de sinalização/marcação dependem da operação de limpeza que ainda está por fazer em vários troços da travessia com cerca de duzentos quilómetros, a percorrer ao longo de 19 etapas, repartidas pelos cinco concelhos do Parque Nacional (PN). O investimento, que “inclui plataforma, aplicação móvel e plano de segurança”, está orçado em 300 mil euros.
Para a administradora delegada da ADERE, Sónia Almeida, no caso de Arcos de Valdevez, o traçado já está “devidamente validado”, faltando apenas, segundo acrescenta a gestora de projetos, Carla Rodrigues, “proceder à limpeza de alguns troços, sendo que, após esta operação, será colocada a sinalética”, estimando-se que as etapas deste concelho estejam prontas para a aventura em “abril de 2019”.
A travessia pela serra de Soajo é a espinha dorsal do troço que atravessa o concelho e segue, em linhas gerais, o percurso da antiga GR (década de setenta do século XX), que serve de “comunicação” à rede de trilhos existentes.
Este grande circuito concretiza a necessidade identificada, há alguns anos, de recriar a travessia implementada, em tempos, pelos serviços do PN, permitindo a travessia, a pé, de todo o território da referida Reserva. Mas a GR não é só para andar a pé, pois a infraestrutura está a ser trabalhada para a fruição/paragem nos lugares com o intuito de explorar o património natural, arquitetónico (igrejas, moinhos, eiras…) ou cultural, para além de suscitar a prática de desportos radicais e atividades no meio da natureza, como o canyoning ou o passeio a cavalo…
Como já se disse, a GR vai ligar todo o território do PN, especificamente desde Castro Laboreiro (Inverneira da Ameijoeira, em Melgaço) até à outra extremidade, em Tourém (Montalegre).
Três perguntas a Carla Rodrigues: “Produto de excelência no turismo de natureza”
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- Qual o propósito da recriação do circuito da Grande Rota (GR)?
O objetivo principal do nosso projeto é o de estruturar esta GR como um produto de excelência no quadro do turismo de natureza no PN, na região norte e em Portugal.
A GR […] será, certamente, uma das maiores e mais relevantes do país, contribuindo para a valorização do walking [conhecer caminhando] e do turismo de natureza a nível nacional.
[…] Esta GR vai valorizar o território, atrair e fidelizar turistas e contribuir para a sustentabilidade ambiental, social e económica da atividade turística local, sendo este o nosso (da ADERE) maior contributo para o território.
- Quais as metas estimadas em termos de aumento de visitação e de percentagem de dormidas na área do PN?
Graças à GR, prevê-se que o aumento da visitação seja considerável, assim como se estima um acréscimo na percentagem de dormidas, dado que a Grande Rota atravessa todo o território, não sendo possível percorrer a travessia na totalidade em menos de sete dias.
- Como é que define o trabalho de coordenação conjunto com conselhos diretivos de baldios, ICNF e municípios?
A articulação foi positiva, pois permitiu, em quase toda a extensão da rota, validar a proposta apresentada. Em muitos casos, a proposta foi melhorada com os contributos recebidos de baldios, juntas de freguesia e municípios.
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