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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Foi autorizada, pela Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, a abertura de concurso público para o lançamento da obra de reforço do abastecimento de água ao sistema do Mezio a partir de Ermelo. Trata-se de uma obra (única) relativa a uma empreitada de execução pública, que envolve um investimento de 963 050 euros.

O projeto em causa visa “reforçar a capacidade de abastecimento de água a partir do Mezio, com aumento de capacidade da rede de distribuição a Soajo”, através da construção de uma conduta adutora e de duas estações elevatórias, uma das quais em Vilarinho das Quartas, para elevar a água da captação de Ermelo, com “650 metros de desnível”.

Esta conduta adutora, com “1300 metros de comprimento”, estender-se-á desde “o nó de ligação das Águas do Norte em Ermelo até à estação elevatória de Vilarinho das Quartas”, em edifício a construir. Daqui, far-se-á a ligação, ao longo de “cerca de 2260 metros de comprimento, ao reservatório situado no mesmo lugar, no cruzamento com a EM202.

O reservatório em questão será dotado de grande capacidade, permitindo o reforço da rede de abastecimento de água a Soajo através da restante infraestruturação, que garantirá a elevação do precioso líquido para o reservatório do Mezio.

Para se ter uma ideia da grande dimensão da obra, basta dizer que a conduta adutora elevatória que fará a ligação entre os reservatórios de Vilarinho das Quartas e do Mezio terá uma extensão de 4960 metros, sensivelmente.

No melhor dos calendários, dada a morosidade do processo administrativo, a infraestrutura só entrará em funcionamento no verão de 2020.

No passado dia 22 de fevereiro, a Assembleia Municipal de Arcos de Valdevez aprovou, por unanimidade, uma proposta de delimitação de área de reabilitação urbana (ARU) no aglomerado da vila de Soajo. Apesar de votarem a favor, os deputados Jorge Lage (PS) e Sandra Barreira (CDU) defenderam a necessidade de alargar a área a intervir.

Sobre esta reivindicação o presidente da Câmara Municipal lembrou que as ARU cumprem determinados critérios. “A ARU de Soajo […] diz respeito a uma área de grande valor patrimonial e cultural de conjunto ou singular, tendo sido objeto de estudo e ordenamento com vista à elaboração de planos de pormenor”, explanou João Manuel Esteves.

Os objetivos delineados para esta proposta, no dizer do executivo, são “melhorar a imagem urbana”, “promover a reabilitação urbana”, “valorizar o património que temos (elementos culturais e paisagem)”, “garantir a funcionalidade” e “criar incentivos para ações de reabilitação”.

Estes incentivos englobam as obras dentro dos respetivos espaços, com o IVA a baixar de 23% para 6%, bem como diminuição de IRS, reduções e isenções de IMI e IMT, durante um certo período de tempo, e reduções, em 50%, de taxas municipais, licenciamentos e operações urbanísticas.

A deputada soajeira Sandra Barreira congratulou o executivo em relação à proposta de ARU, embora a mesma peque por ser tardia”, considerou Sandra Barreira, que advogou a “criação de mecanismos para abranger mais património”.

Já o deputado Jorge Lage justificou, com detalhe, a sua posição. “Votei a favor, sob algumas reservas, e, ao contrário do que alguns possam pensar, Soajo não é privilegiado, e temos de ver que freguesias como Soajo, Cabreiro e Miranda, que ficam distantes da sede do concelho e não beneficiam de polos industriais, têm de ser mais apoiadas na vertente do turismo, mas o que acontece é que em Soajo há um conjunto de atrações extremamente interessantes, só que por lá perduram os caminhos de cabras, caso do acesso à ponte da Ladeira (Romana)”, lamentou Jorge Lage, que “caricaturou” a realidade vigente. 

“Senhor presidente da Câmara, os investimentos que vai fazendo na vila de Soajo são ao nível micro, com tendência para o infinitésimo, enquanto na vila de Arcos de Valdevez a situação é oposta, o investimento é feito ao nível macro, com tendência para maximizar quase tudo”.

Por seu lado, o presidente da Junta de Soajo elogiou a oportunidade do projeto de ARU, antevendo resultados visíveis na “reabilitação de edifícios e do tecido urbano”, com impacto na dinamização da “atividade social, cultural, económica e turística”.

Supletivamente, Manuel Barreira da Costa, do PSD, recomendou o alargamento do prazo de isenção de imposto para os moradores do Parque Nacional (PN).

“Em tempos, nos anos oitenta do século passado, os residentes do PN pagavam 50% do imposto, depois, […] foi-lhes retirado esse privilégio… No sentido de incentivar a recuperação do património, recomendo que os três anos de isenção passem para dez, esta medida seria muito mais atrativa para as pessoas que querem investir”, defendeu o autarca.

Pelo segundo ano consecutivo, a Casa do Povo da Vila de Soajo aliou-se ao grupo "Os Domingueiros" para levar a cabo uma organização que incluiu gastronomia e teatro. Há 35 anos que esta coletividade arcuense promove um programa de iniciativas em prol da atividade física e da saúde, sobretudo jogos de futebol com equipas convidadas, tendo ainda como elemento agregado os sabores gastronómicos à mesa de vários restaurantes. 

O “clube” de que se fala foi fundado na década de oitenta do século passado sob a égide de José Manuel Fernandes (“Barbeiro da Ponte”) e Inácio da Silva Ferreira (médico dentista), que, à época, convenceram as respetivas famílias (mulheres e filhos) a praticarem exercício físico aos domingos de manhã.

O grupo foi crescendo passo a passo e, nessa caminhada, outros arcuenses foram-se juntando aos principais impulsionadores, até que, na década de noventa, tomou em mãos a responsabilidade de gerir “Os Domingueiros” o diretor Paulo Aguiam, “o faz-tudo”, que ainda hoje orienta o grupo.

O histórico de partidas ao domingo, que já se podia compaginar com um livro de memórias, teve mais um “capítulo” no passado dia 17 de fevereiro, no relvado sintético do Estádio Municipal de Arcos de Valdevez, desta vez opondo “Os Domingueiros” a uma equipa de Cerdal (Valença), ilustre convidada para mais uma bonita jornada de confraternização, em que o resultado dentro das quatro linhas, um salomónico empate a quatro golos 4-4, foi o que menos contou.

Depois das fintas, dos golos que deram num “arranjinho”, a contento de todos, e do banho refrescante, a comitiva de mais de cinquenta pessoas rumou a Soajo, com destino à Casa do Povo, onde foi servido, para cerca de 150 comensais, um recheado menu com sarrabulho à soajeira, que deliciou os anfitriões e os visitantes.

Finda a degustação, subiu a primeiro plano a encenação de Os 10 Cobrimentos, pelo Grupo de Teatro do Vez, fruto de uma iniciativa de descentralização cultural que juntou, uma vez mais, a Casa do Povo de Soajo e a Casa das Artes concelhia.

A peça, estreada na Casa das Artes no passado dia 17 de novembro do ano findo, tem cerca de cinquenta minutos de duração e retrata os descobrimentos portugueses de uma forma (des)construtiva, misturando teatralização da História ao vivo, sátira social e humor, num ambiente de exaltação dos feitos nacionais, ou não tivessem os portugueses conseguido “espalhar” pelo mundo a civilização e a fé cristã.

Pelas manifestações públicas de agrado que os convivas de Valença expressaram no fim desta bonita jornada, é muito provável que muitos deles voltem a Soajo para passeios familiares, nessa altura, sem a pressão do relógio quanto à hora do regresso.

Entretanto, com a ajuda dos colaboradores municipais e dos patrocinadores, “Os Domingueiros” prometem continuar a ser o mesmo grupo perseverante e hospitaleiro, fazendo jus à sua marca de longevidade.

 

Fotos: Soajo em Notícia e Miguel Rodas

Agendas.jpgPelo segundo ano consecutivo, no âmbito de uma parceria com a Casa das Artes, a Casa do Povo da Vila de Soajo leva a efeito, no próximo domingo, 17 de fevereiro, um novo programa de descentralização cultural, que terá, uma vez mais, como convidados de honra “Os Domingueiros”.

Depois do almoço (entradas pagas), com sarrabulho à soajeira na ementa, os anfitriões e os “Domingueiros” assistirão à representação de Os 10 Cobrimentos, pelo Grupo de Teatro do Vez. Esta peça, estreada na Casa das Artes no dia 17 de novembro do ano findo, tem cerca de 55 minutos de duração e retrata os descobrimentos portugueses de uma forma (des)construtiva, misturando teatralização da História ao vivo, sátira social e humor.

Entretanto, antes de rumar ao “coração” do Parque Nacional, o grupo arcuense “Os Domingueiros”, com mais de trinta anos de longevidade, já terá acrescentado mais um capítulo ao seu currículo de jogos de futebol “disputados” em ambiente recreativo (sempre ao domingo) com uma equipa convidada para esse efeito, certamente imbuída do espírito de que o resultado dentro das quatro linhas é o que menos conta.

IMG_7136No âmbito do projeto RevitAGRI, a vila de Soajo acolhe, na manhã do próximo dia 15 de fevereiro (sexta-feira), uma sessão prática dedicada à plantação de variedades regionais de fruteiras (macieiras). A atividade, em pleno contacto com a natureza, será coordenada pelo professor Raúl Rodrigues, da Escola Superior Agrária, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, em articulação com a comunidade soajeira.

É mais uma iniciativa com vista à dinamização de um campo de demonstração em Soajo na área da fruticultura, com muitas das variedades regionais de macieira.

“O Projeto RevitAGRI levará a cabo esta ação de implementação do referido campo de demonstração […] para preservação e divulgação dos recursos endógenos”, diz a técnica Áurea Gomes.

As entradas são livres (sem inscrição) e abertas à população (ponto de encontro na Casa do Povo, pelas 9.00).

A organização recomenda aos interessados o uso de vestimenta adequada à plantação de fruteiras.

IMG_7136 (2)

1.jpgApós a Junta de Freguesia de Soajo ter aprovado uma proposta de não aceitação para 2019 do exercício da competência no domínio da instalação e gestão de um “Espaço Cidadão”, a Assembleia de Freguesia de Soajo, reunida em sessão extraordinária, no passado dia 27 de janeiro, ratificou, por maioria, esta posição, pelo que, relativamente ao referido ano, esta freguesia não exercerá tal competência prevista no n.º 2 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 104/2018, de 29 de novembro, que concretiza, ao abrigo do artigo 38.º da Lei n.º 50/2018, de 16 de agosto, a transferência de competências para os órgãos das freguesias na antedita área.

O presidente da Junta de Freguesia, no início dos trabalhos, explanou as razões por que o executivo rejeitou esta competência para o ano em curso. “Não temos condições nem verbas para sustentar aquilo que o Governo quer. Quando houver sessões de esclarecimento, devidamente fundamentadas e nos disserem que podemos receber x por ano para termos alguns serviços que são feitos na Câmara ou na Loja do Cidadão, então, nessa altura, a gente pronunciar-se-á, e, quem estiver à frente da Junta, acho que deve aceitar este projeto”, salientou Manuel Barreira da Costa.

“Ou seja, sem sabermos o valor a que temos direito e sem garantias de que podemos ter uma funcionária qualificada e a tempo inteiro, a meu ver, aceitar esta transferência, seria dar um tiro no escuro”, acrescentou o autarca social-democrata.

Também António Enes Domingues (CDU), Luísa Gomes (PSD), António Alves (PSD) e Virgílio Barreira (CDU) reafirmaram que sem o devido pacote financeiro não há condições para aceitar esta transferência de competências.

Por seu lado, o vogal Vítor Covelo (MSI), que se absteve na votação, sublinhou a necessidade de “criar apoios e melhores serviços a favor das pessoas para aproximar a administração da população”.

Os órgãos da freguesia serão chamados a pronunciar-se mais à frente para decidirem se aceitam ou não esta competência (e outras referentes a diplomas que vierem a ser promulgados) para 2020. Em caso de nova recusa, em 2021 será obrigatória e automática a descentralização de funções.