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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Está aí mais um fim de semana de atividades.

A primeira iniciativa é no sábado, 11 de maio (depois das 18.00), com a realização de um showcooking de gastronomia de caça no salão da Casa do Povo da Vila de Soajo, numa organização que emparceira o Clube de Caça e Pesca de Soajo e o Clube de Caça de Lobios (Galiza).

Javali, perdiz e outros pratos vão compor uma prova com várias carnes de caça – segundo os especialistas, trata-se de uma carne com menos gordura saturada.

Para o presidente do Clube de Caça e Pesca de Soajo, “esta organização vai aproximar os dois clubes e abrir caminho a uma parceria que vai dar força a ambos”, estima António Cerqueira, à espera de “cerca de quarenta galegos” neste convívio, com entrada livre. No domingo, 12, são os soajeiros que se deslocam a terras de Lobios para retribuírem a confraternização da véspera aos amigos do lado de lá da fronteira.

Também no domingo (pelas 15.00), e para que a tradição não morra, a Associação Cultural e Desportiva dos Amigos de Vilarinho das Quartas, em colaboração com o seu Rancho Folclórico, organiza mais uma cavada à moda antiga.

Para além do amanho da terra, o programa inclui danças e cantares de temas tradicionais, bem como a degustação de um fausto farnel, constituído por bacalhau frito, arroz do maio e sardinhas, boa comida acompanhada de broa e, claro, da “pinga”.

“Há uma surpresa guardada no Alto da Pedrada”. A novidade foi adiantada pelo edil João Manuel Esteves em recente sessão pública de lançamento de um livro de historiografia no Paço de Giela.

Segundo apurou o blogue Soajo em Notícia, no ponto mais elevado da serra de Soajo, foi descoberta, recentemente, uma fortificação, construção de defesa militar, sem que se saiba, porém, o período cronocultural a que corresponde.

“Com base na utilização de novas tecnologias, foi possível identificar este monumento e, a partir daí, queremos que lá se faça, primeiro de tudo, uma escavação arqueológica”, acrescenta João Manuel Esteves.

Para além da(s) estrutura(s) a estudar (tipologia, estado de conservação, origem das pedras, existência ou não de restos de pavilhões…), as sondagens permitirão descobrir, eventualmente, materiais de interesse arqueológico (ferragens, cerâmica, faiança, telhas…).

Os trabalhos de escavação serão realizados por um jovem português, ligado à Universidade de Compostela, que está a fazer pós-doutoramento em Inglaterra.

Fotos: Teresa Araújo

Depois de ter sido apurado, numa primeira votação, pelo painel de especialistas, para uma lista de 420 doces (entre as 907 candidaturas), o pão-de-ló de Soajo (tal como os rebuçados dos Arcos) ficou fora das nomeações na segunda votação, pelo que não avança mais no concurso “7 Maravilhas Doces de Portugal”.

A lista, agora reduzida a sete doces por cada distrito e cada região autónoma, engloba 140 doces, que vão ser votados pelo público em vinte programas a emitir em direto pela RTP, nos meses de julho e agosto.

De cada programa na RTP, segundo o regulamento, sairá um pré-finalista que passa às semifinais do concurso.

De referir que, dos três doces arcuenses que tinham avançado para a segunda fase, só os charutos dos Arcos estão apurados.

O bolo de discos, recorde-se, tinha sido excluído logo na primeira votação.

Foto: Fernando Gomes

O Rancho Folclórico das Camponesas da Casa do Povo da Vila de Soajo promoveu, no soalheiro 4 de maio, uma cavada e lavrada à moda antiga. Ao todo, entre lavradeiras, cantadeiras e tocadores, participaram cerca de três dezenas de pessoas. Preservar os trabalhos da lavoura, como a cavada, vulgar há décadas mas cuja tradição se tem vindo a perder gradualmente, foi o grande objetivo da atividade, que “entreteve” a comunidade local.

Pela manhã, por volta das 10.00, o animado grupo, partindo das imediações da Casa do Povo e descendo a Avenida 25 de Abril, convergiu, pelo Largo do Eiró, para um campo na zona da Fraga da Mó, com os bovinos a puxarem o carreto e as mulheres a carregarem o diversificado farnel em cestas de vime.

Depois, num terreno de pequeno socalco, deu-se início ao manejo das enxadas, ao mesmo tempo que um grupo de cantadeiras, ao som das concertinas, se fazia ouvir entoando temas do campo. Feito o trabalho, com a ajuda dos homens nas operações do amanho do gado, serviu-se o recheado almoço, com bacalhau, panados e broa. O dia festivo terminou, à noite, no salão da Casa do Povo, onde o grupo degustou arroz de maio.

Desde o seu “renascimento” que o Rancho Folclórico das Camponesas da Casa do Povo da Vila de Soajo se tem empenhado em “reavivar” os trabalhos agrícolas do antigamente. A participação de vários elementos infantojuvenis, numa graciosa mistura de gerações, anuncia uma transmissão natural dos usos e costume ancestrais…

É já no próximo domingo, 5 de maio, que se realiza o almoço comemorativo do 64.º aniversário da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, na Quinta Valenciana, em Fernão Ferro (Seixal).

Como é habitual, será o Rancho da Casa e Grupo de Cavaquinhos a dar as boas-vindas à comunidade arcuense na grande Lisboa. Depois, à tarde, sobe ao palco o Rancho Folclórico de Vilarinho das Quartas, que será “apadrinhado” pelo Rancho da Casa do Concelho. Os cantares ao desafio, com o soajeiro Leiras (de volta à Casa do Concelho na capital) e os arcuenses Daniel Sousa e Carminda, completam o programa.

Entretanto, este sábado, 4 de maio, o Rancho Folclórico da Casa da Casa do Povo da Vila de Soajo recria uma cavada tradicional, a partir das 9.30, com convívio e boa comida à mistura. O grupo aderente tem o ponto de encontro na Casa do Povo.

A empresa Fortescue Metals Group Exploration desistiu do pedido de prospeção de depósitos minerais na serra de Soajo e comunicou esta decisão à Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Segundo a agência Lusa, os advogados da australiana Fortescue em Portugal transmitiram à DGEG a “desistência do pedido e do respetivo procedimento” para a área de Fojo, que abrange os concelhos de Arcos de Valdevez, Melgaço e Monção.

De acordo com a mesma fonte, no documento, datado de 30 de abril, que foi remetido à divisão de minas, a representante jurídica Joana Silva Aroso “solicita a retirada imediata de toda a informação geoespacial relativa àquele pedido, constante do sistema de informação geográfica da DGEG”.

Deste modo, a polémica que estava instalada com o aviso, publicado em Diário da República, para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de minérios na serra de Soajo, termina ainda antes de expirar o prazo de consulta pública, a 6 de maio.

A Assembleia Municipal de Arcos de Valdevez, reunida no passado dia 30 de abril, aprovou três moções contra a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais na serra de Soajo.

O presidente da Junta de Freguesia de Soajo tomou, a título individual, uma posição de força contra o projeto prospetivo em fase de consulta pública até 6 de maio, defendendo, como prioridade, a proteção do ambiente.

“De repente, aparece a notícia da extração do lítio junto à fronteira do Parque Nacional (PN), que os nossos amigos querem fazer o favor de autorizar. Não podemos deixar que continuem a passar uma borracha e apagar o nosso passado. Este projeto vai trazer muitos constrangimentos e consequências graves no que diz respeito às espécies protegidas, às explorações, ao turismo, à contaminação de águas, etc.”, denuncia Manuel Barreira da Costa, associando-se aos votos “contra este flagelo que nos querem atingir e, tudo isto, com o aval dos nossos representantes da Assembleia da República, que não têm o mínimo conhecimento do que estão a assinar”.

Por outro lado, na mesma declaração que proferiu no parlatório, o autarca do PSD acentuou a história de um passado recente – sem compensações – muito castigador para Soajo.

Ao longo das últimas décadas, Soajo fez a sua parte nas cedências em prol de todos os portugueses, primeiro com o Parque Nacional, depois com a barragem, mas as contrapartidas foram muito poucas”, sublinhou o presidente da Junta, antes de fazer uma crítica (ou autocrítica?).

“Nestes dois casos, lamento que os autarcas de Soajo e da Câmara Municipal não se tivessem empenhado mais na defesa dos nossos direitos, mas isto é passado. O que é certo é que Soajo […] foi perdendo identidade, porque agora é barragem de Lindoso e porque agora é Parque do Gerês”, lamentou Manuel Barreira da Costa, prometendo vigilância em relação ao que pode estar para vir.

“Temos de estar atentos ao futuro, porque o PN só existe porque lá vivem pessoas, e não podem ser os nativos a pagar sempre a fatura. Queremos um parque com gente, um parque com vida, em perfeita harmonia entre as nossas gentes, a fauna e a natureza”, rematou o presidente da Junta de Soajo.

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