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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Consequência do estado de emergência que Portugal atravessa e em obediência às recomendações da Conferência Episcopal Portuguesa, a visita pastoral de D. Anacleto Oliveira à paróquia de Soajo foi suspensa até que estejam normalizadas as condições, segundo anuncia o jornal Notícias de Viana.

Até ao fim do ano em curso, para além de Soajo, estavam planeadas as deslocações do pastor diocesano às paróquias de Aboim das Choças, Aguiã, Cendufe, Eiras, Extremo, Jolda (Madalena e S. Paio), Mei, Miranda, Padreiro Santa Cristina e Sabadim.

Foto: Agência ECCLESIA                                                                                             

No atual período de grave crise de saúde pública, com pesadas repercussões para a sociedade e a economia em geral, o Município, reunido, no passado dia 27 de março, por videoconferência (três dos sete eleitos participaram nos trabalhos à distância), reiterou um conjunto de investimentos para Soajo.

O executivo municipal reforçou o seu empenho em dotar Soajo das infraestruturas prometidas há algum tempo, mas que tardam em sair do papel.

“As questões do investimento em Soajo estão em cima da mesa […] e não podemos largá-las. Temos de perseguir o objetivo do Centro etnográfico, temos de sinalizar e executar este projeto, mas, para além disso, há o centro de BTT-Walking”, frisou o presidente da Câmara, João Manuel Esteves.

Através de avisos colocados em vários pontos que ladeiam a Estrada Nacional (EN) 304, na freguesia de Soajo (zona de Novás), a empresa Infraestruturas de Portugal (IP), de acordo com o disposto na lei, “faz saber que irá proceder a trabalhos de limpeza da carga combustível, numa faixa lateral de terreno com a estrada acima referida, até 10 metros do limite da faixa de rodagem”.

Uma vez que a “execução dos referidos trabalhos abrange, em parte, terrenos privados”, a referida instituição exorta “os proprietários e outros produtores florestais” a “facultarem os necessários acessos às entidades responsáveis pelos trabalhos de gestão de combustível, que irão decorrer sob a responsabilidade da IP”. Estes trabalhos “constam da limpeza de matos, desramação e abate de árvores, sempre que necessário de acordo com os critérios para a gestão de combustível”.

Até que se iniciem os trabalhos, “poderão os proprietários optar pela realização desta intervenção, procedendo ao abate e poda das árvores e limpeza do mato na área da respetiva propriedade privada na parte contígua ao domínio público objeto da intervenção de limpeza”. Em alternativa, deverão os particulares “comunicar à IP que, não efetuando os trabalhos de limpeza, pretendem assumir os trabalhos de remoção do material sobrante, o qual deve ser efetuado no prazo máximo de cinco dias úteis”.

Nos termos legais, lê-se no comunicado, “é interdito o depósito de madeiras e outros produtos resultantes de exploração florestal ou agrícola, de outros materiais de origem vegetal e de produtos altamente inflamáveis nas redes de faixas e nos mosaicos de parcelas de gestão de combustível, decorrido que seja o prazo anteriormente referido sem que os proprietários procedam à limpeza e remoção”. Em caso de violação, a IP diz que “diligenciará para remoção dos materiais sobrantes, dando-lhes o destino final que entender adequado”.

Conforme está determinado na lei vigente, a realização dos trabalhos por parte da IP “poderá ser acompanhada por forças de segurança, de modo a garantir-se o seu total cumprimento”.        

Apesar da excecional fase que o país atravessa devido à pandemia da Covid-19, a limpeza do material combustível para prevenção de incêndios no Parque Nacional “está a ser feita e assegurada” pelo Corpo Nacional de Agentes Florestais (CNAF), revelou ontem à agência Lusa a administradora delegada da ADERE.

Segundo Sónia Almeida, os cerca de cinquenta elementos do CNAF adstritos ao único Parque Nacional, que cobre 22 freguesias (incluindo Soajo), “estão a trabalhar tomando as devidas medidas contra a propagação do novo coronavírus”.

Foto: ADERE

Sob o comando do primeiro-tenente Tiago de Oliveira Martinho (de Soajo, com raízes em Paradela pelo lado materno), o Navio Patrulha Tejo (NRP Tejo) partiu, na passada segunda-feira, 23 de março, da Base Naval de Lisboa para “integrar a operação conjunta da União Europeia ‘Indalo’ que tem como objetivo o patrulhamento das áreas costeiras do sul de Espanha, no âmbito da Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira (FRONTEX)”, lê-se no portal da Marinha Portuguesa.

O NRP Tejo tem a missão de fazer o controlo daquela área fronteiriça até 23 de maio através de ações de combate à imigração irregular, ao tráfico humano e de estupefacientes e proliferação de armas.

O NRP “tem uma guarnição de 34 militares, incluindo uma equipa de fuzileiros e uma equipa de mergulhadores, contando também com a colaboração de um agente da Guarda Civil espanhola”, acrescenta o comunicado.

Recorde-se que Tiago de Oliveira Martinho concluiu, no dia 26 de dezembro, do ano findo, uma outra missão, esta na Região da Madeira aos comandos do referido navio patrulha costeiro.

Tiago de Oliveira Martinho à direita na foto

Fotos: Marinha Portuguesa

Como medida de prevenção contra a pandemia Covid-19, a equipa de sapadores dos Baldios de Soajo está a proceder, desde ontem, segunda-feira, à desinfeção de ruas e caminhos, quer da vila quer dos vários lugares da freguesia.

Entretanto, contra as recomendações gerais, tem-se verificado, em vários núcleos rurais de Soajo, um número crescente de residentes devido à deslocação de conterrâneos do estrangeiro ou de pessoas do litoral para as respetivas casas de férias.

Apesar de os sítios menos povoados ajudarem a reduzir o risco de contágio, as autoridades de saúde, os Baldios de Soajo e a Junta de Freguesia têm avisado para os riscos acrescidos que esta “fuga” acarreta para quem vive (maioritariamente idosos) em Soajo, instruindo o grupo de deslocados a cumprir a quarentena, assim como a população em geral a respeitar o isolamento social.

Lembre-se que, no passado dia 19 de março, a ARS Norte determinou que todos os indivíduos que regressassem do estrangeiro estariam obrigados a um isolamento profilático de 14 dias.

Entre tantas más notícias, existem algumas boas, das iniciativas solidárias, que têm acontecido um pouco por todo o lado para travar o avanço do novo coronavírus. As autoridades (e a sociedade) têm-se mobilizado para o combate à pandemia com ações de grande generosidade para ajudar quem mais precisa.

Através da linha de apoio às pessoas com necessidades sociais, os medicamentos e as compras de géneros alimentícios têm chegado em diversas situações a casa da população mais vulnerável, numa corrente que começou por iniciativa de algumas juntas (Cabana Maior, Sistelo, Vale, Cabreiro, Rio de Moinhos...), tendo-se expandido em dias recentes às restantes freguesias por diligência do Município e também por ação dos autarcas locais.

De referir que, à data de hoje, 24 de março, estavam confirmados sete casos de infeção por Covid-19 no concelho de Arcos de Valdevez, segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde. O concelho do Alto Minho mais atingido pela pandemia é o de Viana do Castelo, com 11 casos. 

***

Perguntas e respostas sobre a pandemia Covid-19

P.: Como se transmite o coronavírus?

R.: Transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, através de gotículas libertadas pelo nariz ou boca quando se tosse ou espirra, ou por superfícies e objetos contaminados.

 

P.: Quais os sinais e sintomas?

R.: As pessoas infetadas podem apresentar sinais e sintomas de infeção respiratória aguda com febre, tosse e dificuldade respiratória. Em casos mais graves, pode evoluir para pneumonia grave, com insuficiência respiratória aguda, falência renal (e de outros órgãos) e eventual morte.

 

P.: Qual o período de incubação?

R.: O período exato de incubação ainda está a ser alvo de investigação, mas a maioria dos estudos aponta para um período de cerca de duas semanas.

 

P.: Na falta de vacina, existe tratamento?

R.: Na ausência de medicamentos específicos, o tratamento é dirigido aos sinais e sintomas manifestados pelo surto pandémico.

 

P.: Os antibióticos são eficazes a prevenir e a tratar o coronavírus?

R.: Não. Os antibióticos só são eficazes contra bactérias (e não contra vírus).       

 

P.: Como se pode prevenir o contágio?

R.: Lavagem frequente das mãos, evitar contacto próximo com pessoas com febre ou tosse, e ao tossir ou espirrar fazê-lo não para as mãos, mas para o antebraço ou cotovelo (ou para um lenço que deve ser logo descartado).

 

P.: Quando se deve fazer o teste específico para o coronavírus?

R.: Quando há presença de sintomas de doença respiratória e, se nos 14 dias anteriores, o doente esteve numa região afetada ou em contacto com pessoas infetadas. As autoridades recomendam previamente o contacto com a Linha SNS24 (808 24 24 24), no caso de existirem sintomas e contacto com doentes ou passagem por uma região afetada pelo surto.

 

P.: É recomendado o uso de máscara?

R.: Não está indicado o uso de máscara para proteção individual em Portugal, exceto nas seguintes situações: pessoas com sintomas de infeção respiratória (tosse ou espirro), suspeitas de infeção pela Covid-19, profissionais de saúde e pessoas que prestem cuidados a suspeitos de infeções.

 

P.: Quando será atingido o pico da pandemia em Portugal?

R.: A ministra da Saúde, Marta Temido, estima que o pico será atingido a 14 de abril.

 

P.: Qual a taxa de mortalidade da Covid-19?

R.: Segundo a OMS, o novo coronavírus é mais perigoso do que o vírus da gripe sazonal, apresentando uma taxa de mortalidade de cerca de 4% (para a gripe é menos de 1%).

Fontes: DGS, OMS e jornal A BOLA (edição de 20 de março)

Nas autárquicas realizadas no passado domingo, a soajeira Rosa Macieira Dumoulin, conselheira municipal em Antony (cidade nos arredores de Paris), foi reeleita à primeira volta na lista do maire, Jean-Yves Senant (Direita). A lista vencedora obteve 38 dos 49 lugares no Conselho Municipal. Rosa Macieira Dumoulin será a futura “maire adjointe” da cidade, segundo adianta o LusoJornal.

Com 21,85%, a lista de Sylviane Aschehoug (Esquerda) conseguiu eleger cinco conselheiros, a candidatura encabeçada por Nadia Desbois (La République En Marche), com 14,18%, obteve três conselheiros, e a segunda lista da Direita, liderada por Isabelle Lajeunie, apurou três conselheiros municipais, com 11,5% dos votos.

Nestas autárquicas de Antony, votaram 17 388 dos mais de 41 500 eleitores da cidade, o que equivale a uma taxa de 58,13% de abstenção.

Perfil Rosa Macieira Dumoulin

Nasceu em França (há 54 anos), mas tem as suas “raízes” em Soajo, onde, sempre que possível, passa curtas temporadas durante o estio.

Foi sob iniciativa de Rosa Macieira Dumoulin que, no verão passado, se procedeu à assinatura do protocolo de geminação entre Antony e Arcos de Valdevez. Na altura, a autarca referiu “sentir orgulho por ter apresentado o projeto que honra a amizade entre os dois países”.  

Mas o palmarés político de Rosa Macieira Dumoulin leva mais de uma década. Desde 2007 que é autarca em Antony 92. Desempenhava até agora, neste Departamento, as funções de conselheira municipal para o público sénior e de delegada para os assuntos europeus.

Antes disso, tinha sido adjunta de Direção no Grupo Korian (líder europeu no acompanhamento de camadas vulneráveis, nomeadamente terceira idade e doentes).

Entrevistada por este blogue em 2016, Rosa Macieira dizia ver na política a arte do “impossível”, por aquilo que esta permite fazer: “mover montanhas”.

Recomendava, por isso, a comunidade portuguesa radicada em França a participar mais no destino desta nação.

Após uma operação de manutenção (substituição) na linha aérea que fornece o lugar de Cunhas, a empresa que gere a rede de telefones deixou ao abandono um autêntico emaranhado de cabos, espalhados em vários terrenos de particulares na zona do Porto do Prado, nas imediações da Ponte da Ladeira.

Supõe-se que o trabalho só ficará completo com a remoção dos fios…

Nesta quarta-feira, 18 de março, foi revelada a segunda morte por Covid-19 em Portugal, onde o número oficial de infetados subiu para 642, mais 194 casos do que na véspera, ou seja, um aumento de 43,3% em 24 horas, em sintonia, aliás, com as previsões adiantadas por vários infeciologistas. Na linha da frente desta “guerra” estão os profissionais de saúde, que arriscam a vida deles para salvar a vida dos outros e, por isso, não admira que mais de 20% dos indivíduos infetados sejam médicos.

A pediatra soajeira Vera Baptista recorreu, no passado sábado, às redes sociais para lembrar profilaticamente à comunidade um conjunto de orientações para reduzir o risco de disseminação da pandemia. “Amigos, por favor, por vocês, pelos vossos filhos, pelos vossos pais e avós FIQUEM EM CASA! Ficar em casa significa, entre tantas coisas, que não se vai ao café nem jantar fora. Significa que se vai ao supermercado e ao talho de forma racional, em momentos de pouca afluência. […] Vamos manter a distância, lavar regularmente aos mãos com sabão e com cuidado. As crianças, de acordo com os artigos chineses, são infetadas precocemente, continuam a eliminar os vírus incluindo nas fezes, e não têm sintomas. É preciso estimular que lavem as mãos e mantê-las a brincar em casa e no quintal”, recomendou.

Ainda antes de a curva dos dados epidemiológicos ter começado a subir exponencialmente, Vera Baptista previu o cenário que estava para vir nos dias seguintes.

“Este vírus vai afetar as nossas vidas de uma forma que não conseguimos, para já, imaginar. […] O Covid-19 é silencioso. Qualquer pessoa pode estar infectada, mesmo não tendo sintomas. Há muitos mais infectados do que a Direção-Geral da Saúde consegue apurar”, avisou Vera Baptista, bastante desassossegada com a falta de meios e com o “pânico” instalado no meio hospitalar.

“Nós somos um país pequeno, com recursos humanos e técnicos muito limitados. […] O Hospital [de Braga] está a ficar sem equipamentos de proteção individual para os profissionais [descrição no passado dia 14 de março]. O pânico moldou o semblante de todos os que vão trabalhar num hospital; as pessoas choram com medo por si e pelos outros”, descreve.

Para não contagiar terceiros, a médica, “assumindo-se como potencial infetada”, sublinha que “não vai visitar os familiares durante os próximos tempos” para salvaguardar a saúde deles, ao mesmo tempo que pede a colaboração de todos para ajudar os profissionais de saúde neste delicado momento, em que os dados atualizados (desta quarta-feira) do boletim epidemiológico foram por ela comentados.

 “Aos queridos que continuam a achar que isto do Covid acontece aos outros, que não vai ter a Soajo nem Arcos de Valdevez, que podem continuar a ir ao café socializar... Saibam que hoje houve um aumento de 45% dos casos. […] Em sete dias seremos a Itália”, vaticina Vera Baptista.

No mesmo tom corrosivo, a clínica diz “agradecer particularmente aos que vão fazer a quarentena para as aldeias, pois, como mostram os estudos dos italianos, espanhóis e franceses, são esses portadores assintomáticos que vão infetar os pais e avós. É uma atitude absolutamente irresponsável”, crítica, sem paninhos quentes, Vera Baptista.

Para os incautos da terra fica uma última recomendação. “Agradeço a todos que pelo menos fiquem fora do meu portão. Se vocês são inconscientes e não se importam de levar o vírus para os vossos familiares, eu estou francamente angustiada e não o vou levar para os meus. Sejam responsáveis!”, exorta Vera Baptista.

A Câmara de Arcos de Valdevez, reunida no passado dia 13 de março, aprovou apoios a nove instituições particulares de solidariedade social (IPSS), Centro Paroquial e Social de Soajo incluído. À instituição sediada na vila soajeira foi atribuído um auxílio de 2500 euros.

“Com esta deliberação, a Câmara Municipal tem em vista o financiamento das atividades correntes das respetivas instituições, contribuindo para a melhoria das respostas sociais e para o desenvolvimento de uma sociedade mais inclusiva e solidária”, sublinha o executivo.

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