Como medida de prevenção contra a pandemia Covid-19, a equipa de sapadores dos Baldios de Soajo está a proceder, desde ontem, segunda-feira, à desinfeção de ruas e caminhos, quer da vila quer dos vários lugares da freguesia.
Entretanto, contra as recomendações gerais, tem-se verificado, em vários núcleos rurais de Soajo, um número crescente de residentes devido à deslocação de conterrâneos do estrangeiro ou de pessoas do litoral para as respetivas casas de férias.
Apesar de os sítios menos povoados ajudarem a reduzir o risco de contágio, as autoridades de saúde, os Baldios de Soajo e a Junta de Freguesia têm avisado para os riscos acrescidos que esta “fuga” acarreta para quem vive (maioritariamente idosos) em Soajo, instruindo o grupo de deslocados a cumprir a quarentena, assim como a população em geral a respeitar o isolamento social.
Lembre-se que, no passado dia 19 de março, a ARS Norte determinou que todos os indivíduos que regressassem do estrangeiro estariam obrigados a um isolamento profilático de 14 dias.
Entre tantas más notícias, existem algumas boas, das iniciativas solidárias, que têm acontecido um pouco por todo o lado para travar o avanço do novo coronavírus. As autoridades (e a sociedade) têm-se mobilizado para o combate à pandemia com ações de grande generosidade para ajudar quem mais precisa.
Através da linha de apoio às pessoas com necessidades sociais, os medicamentos e as compras de géneros alimentícios têm chegado em diversas situações a casa da população mais vulnerável, numa corrente que começou por iniciativa de algumas juntas (Cabana Maior, Sistelo, Vale, Cabreiro, Rio de Moinhos...), tendo-se expandido em dias recentes às restantes freguesias por diligência do Município e também por ação dos autarcas locais.
De referir que, à data de hoje, 24 de março, estavam confirmados sete casos de infeção por Covid-19 no concelho de Arcos de Valdevez, segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde. O concelho do Alto Minho mais atingido pela pandemia é o de Viana do Castelo, com 11 casos.
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Perguntas e respostas sobre a pandemia Covid-19
P.: Como se transmite o coronavírus?
R.: Transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, através de gotículas libertadas pelo nariz ou boca quando se tosse ou espirra, ou por superfícies e objetos contaminados.
P.: Quais os sinais e sintomas?
R.: As pessoas infetadas podem apresentar sinais e sintomas de infeção respiratória aguda com febre, tosse e dificuldade respiratória. Em casos mais graves, pode evoluir para pneumonia grave, com insuficiência respiratória aguda, falência renal (e de outros órgãos) e eventual morte.
P.: Qual o período de incubação?
R.: O período exato de incubação ainda está a ser alvo de investigação, mas a maioria dos estudos aponta para um período de cerca de duas semanas.
P.: Na falta de vacina, existe tratamento?
R.: Na ausência de medicamentos específicos, o tratamento é dirigido aos sinais e sintomas manifestados pelo surto pandémico.
P.: Os antibióticos são eficazes a prevenir e a tratar o coronavírus?
R.: Não. Os antibióticos só são eficazes contra bactérias (e não contra vírus).
P.: Como se pode prevenir o contágio?
R.: Lavagem frequente das mãos, evitar contacto próximo com pessoas com febre ou tosse, e ao tossir ou espirrar fazê-lo não para as mãos, mas para o antebraço ou cotovelo (ou para um lenço que deve ser logo descartado).
P.: Quando se deve fazer o teste específico para o coronavírus?
R.: Quando há presença de sintomas de doença respiratória e, se nos 14 dias anteriores, o doente esteve numa região afetada ou em contacto com pessoas infetadas. As autoridades recomendam previamente o contacto com a Linha SNS24 (808 24 24 24), no caso de existirem sintomas e contacto com doentes ou passagem por uma região afetada pelo surto.
P.: É recomendado o uso de máscara?
R.: Não está indicado o uso de máscara para proteção individual em Portugal, exceto nas seguintes situações: pessoas com sintomas de infeção respiratória (tosse ou espirro), suspeitas de infeção pela Covid-19, profissionais de saúde e pessoas que prestem cuidados a suspeitos de infeções.
P.: Quando será atingido o pico da pandemia em Portugal?
R.: A ministra da Saúde, Marta Temido, estima que o pico será atingido a 14 de abril.
P.: Qual a taxa de mortalidade da Covid-19?
R.: Segundo a OMS, o novo coronavírus é mais perigoso do que o vírus da gripe sazonal, apresentando uma taxa de mortalidade de cerca de 4% (para a gripe é menos de 1%).
Fontes: DGS, OMS e jornal A BOLA (edição de 20 de março)