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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

A portuense Rita Tavares, que estuda Produção Teatral na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo (no Instituto Politécnico do Porto), encontra-se a desenvolver um festival virtual dedicado a Soajo. O trabalho vai ser apresentado na universidade em junho próximo.

A jovem, cuja família materna é natural de Soajo, diz admirar as tradições e acompanhar o pulsar da terra pelo blogue Soajo em Notícia com vista à “concretização do festival virtual”.

A promoção deste projeto em meio universitário terá o condão de expandir o nome de Soajo na capital do norte, levando a cultura, o património e a etnografia locais a um público que adora a mobilidade.

Segundo a página oficial da Direção-Geral da Saúde (DGS), estavam apurados, à meia-noite desta terça-feira, 61 casos de Covid-19 em Arcos de Valdevez, mas os números revelados pela tutela estão desfasados da realidade. A informação mais detalhada que existe sobre o novo coronavírus remonta ao dia 20 de abril, com 62 casos de infeção registados no concelho desde o início do surto: 47 infetados ativos (sete dos quais internados e quarenta em isolamento profilático), seis óbitos (incluindo um soajeiro) e nove recuperados. Mas, entretanto, o número de óbitos aumentou para oito, com as duas vítimas com idade menos avançada (62 e 71 anos).

Os lares de terceira idade representam a maior parte dos óbitos, sendo a estrutura residencial para idosos do Centro Paroquial e Social de Santa Maria de Grade, de longe, a mais atingida, com cinco óbitos (todos utentes). No Lar Vilagerações, da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez, há um falecimento a lamentar devido ao vírus SARS-CoV-2 (novo coronavírus).

A grande concentração de pessoas, maioritariamente vulneráveis, acabou por facilitar a propagação da doença, mas muitos utentes que adoeceram nestas estruturas residenciais estão a recuperar.

                                                              

“É impossível ter uma perceção da evolução da pandemia”

O presidente da Câmara Municipal mostra-se agastado com a escassez de informação acerca da evolução da pandemia no concelho por “responsabilidade do Ministério da Saúde e do delegado de Saúde Pública do distrito de Viana do Castelo”.

Em causa o facto de o boletim epidemiológico diário da delegada de Saúde de Arcos de Valdevez, por indicação do delegado distrital, ter deixado de ser emitido desde 21 de abril, pelo que o executivo e os munícipes apenas sabem da informação disponibilizada uma vez por dia, por volta da hora de almoço, na página da DGS.

Com a delegada de Saúde arcuense, Zulmira Afonso, impedida de divulgar a informação como vinha fazendo diariamente, “é impossível, nas palavras de João Manuel Esteves, ter uma perceção da evolução da pandemia no concelho”, de pouco servindo o relatório de situação da DGS, devido ao desfasamento dos dados compilados e à sua não compartimentação (informação da DGS está resumida ao total de infetados, e não faz qualquer menção ao número de infetados ativos, de internados, dos que estão em isolamento profilático, dos recuperados e dos óbitos registados por concelho).

Para o edil arcuense, “é preciso, portanto, mais informação, e informação atualizada, sobre quantos pacientes estão internados, em isolamento ou curados, porque há um atraso manifesto dos casos reportados pela página da DGS, por causa do diferimento entre a realidade local e a realidade nacional [corresponde ao tempo que demora a atualização no sistema integrado], divergência que compete ao Ministério da Saúde resolver”.

O presidente do Município nega ter acesso a outros dados que não os oficiais. “A informação que eu tenho é a da DGS, não há mais nenhuma outra, e se não há mais nenhuma informação é porque a DGS e o delegado de Saúde Pública do distrito, Luís Delgado, não a querem dar”, vincou o autarca, acrescentando que “a Câmara não interferiu nem quer interferir neste processo, […] só pedimos mais informação e mais transparência, aliás, esta é uma reclamação que muitos colegas autarcas, de vários quadrantes políticos, fazem no país”, insistiu.

Questionada sobre o desfasamento e a flutuação dos registos, a DGS atribuiu os falhanços ao número elevado de sistemas de registo da informação dos pacientes.

                               

Prometida informação desagregada

Na reunião de âmbito distrital que juntou, no passado dia 23 de abril, CIM Alto Minho, ULSAM, delegado de Saúde Pública, diretora da Segurança Social e comandante distrital da Proteção Civil, foi reafirmado por vários autarcas o “interesse em que o delegado de Saúde distrital promovesse uma informação cabal dos pacientes infetados com Covid-19, decompondo os registos em número de internados, recuperados e óbitos”.

“O delegado de Saúde distrital subscreveu esta tomada de posição e concordou que essa informação era importante, explicando que ainda não se tinha feito por falta de disponibilidade. Prometeu que iria fazer um esforço para que a informação fosse divulgada publicamente, até para se perceber a evolução da doença”, conta João Manuel Esteves.

De referir que câmaras como Monção e Melgaço têm disponibilizado diariamente à população os dados locais da evolução da pandemia.

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Notas

Infetados com coronavírus no Alto Minho

Tendo como referência o portal da Direção-Geral da Saúde, os concelhos do Alto Minho com mais casos de infeção confirmados até 28 abril são Viana do Castelo (144 pacientes), Monção (68) e Arcos de Valdevez (61).

No polo oposto, situam-se Vila Nova de Cerveira (seis casos), Paredes de Coura (sete), Ponte da Barca (sete) e Valença (sete).

Rastreio à Covid-19 só com prescrição médica    

Os testes de diagnóstico apenas são realizados mediante a apresentação da prescrição do médico de família do centro de saúde local.

Pacientes não internados considerados recuperados com um teste negativo

Os infetados com o novo coronavírus que estão em isolamento domiciliário passam a ser considerados casos recuperados se ao fim de 14 dias tiverem um único teste negativo (e não dois resultados negativos como acontecia até 27 de abril) e se já não tiverem sintomas.

Pandemia faz descurar outras doenças

A pandemia está a levar a uma diminuição significativa do acesso a cuidados de saúde relacionados com doenças que não a Covid-19. Nas diferentes unidades de saúde foram adiados exames, consultas, cirurgias e tratamentos.

Muitos emigrantes do Alto Minho, habituados a dar a cara por Portugal, travam a pandemia na linha da frente, fazendo parte do “exército” de profissionais de saúde que, na respetiva especialidade, trabalham arduamente para salvar os doentes que lhes passam pelas mãos.

A soajeira Ericka Ribeiro Chacon (os pais são naturais de Adrão), enfermeira no Bergen Cty College Testing Center (em Paramus, Nova Jérsia), é um dos rostos que combatem o vírus nos Estados Unidos, onde a doença já provocou mais de 50 mil óbitos.

É jovem (tem 29 anos), arrisca a sua segurança a cada turno e lida com a preocupação de não transmitir a infeção à família.

A página oficial do Sport Club Português lembra o trabalho desta “heroína” com direito a foto e breve apresentação.

Foto: Sport Club Português                                                                    

Conhecidos pelas suas qualidades vitamínicas, os citrinos requerem cuidados como qualquer outro produto agrícola nesta fase do ciclo de produção.

Na luta contra a gomose basal (doença causada por fungos), a Estação de Avisos Agrícolas de Entre Douro e Minho, na sua circular de 22 de abril, recomenda o “desvio dos regos de água e das águas perdidas dos troncos das árvores [laranjeiras e outros citrinos]”. Complementarmente, “não se deve abrir caldeiras de rega em volta dos troncos”, sendo conveniente, por isso, “desfazer as que existem”.

Por fim, faz parte do manual de boas práticas o “corte da erva em volta do tronco, pelo menos na área de projeção da copa”, bem como o “corte dos ramos mais baixos, casos estes ensombrem ou impeçam a circulação do ar junto ao colo das árvores”.

Atendendo às contingências resultantes da pandemia causada pelo novo coronavírus, o período para realização de limpezas foi prorrogado até ao próximo dia 30 de abril.

Findo este prazo, a GNR inicia logo no dia 1 de maio a campanha de fiscalização da limpeza de terrenos a todos os proprietários que não tenham procedido à operação de corte nos 50 metros ao redor das casas.

Recorde-se que, depois de estarem proibidas as queimas, e na sequência da recomendação da Comissão Distrital de Proteção Civil, foi autorizada, desde o dia 17 de abril, a realização de queimas, mas apenas no período compreendido entre as 6.00 e as 14.00, enquanto vigorarem condições meteorológicas favoráveis à operação.

Com base nas determinações legais, pergunta-se: vai a GNR multar quem não fez a limpeza por estar a cumprir o confinamento estabelecido pelas autoridades sanitárias, principalmente por pertencer a grupos de risco (idosos, portadores de doenças crónicas…)? Ou vai a Guarda deter quem “furou” o isolamento para proceder à limpeza obrigatória?

Foto | DECO PROTESTE

A DECO Minho tem recebido muitas reclamações de consumidores do Alto Minho “insatisfeitos com a prestação de serviços da empresa Águas do Alto Minho (AdAM)”, que, desde o início de 2020, tem o contrato de concessão da exploração de águas e saneamento em sete municípios do distrito de Viana do Castelo, Arcos de Valdevez incluído. Segundo a Defesa do Consumidor, “as reclamações respeitam, na sua maioria, a erros de leitura, cobrança de taxas de saneamento em zonas ainda não servidas pela rede pública para o efeito, aumento exacerbado das tarifas da água, entre outras”.

Para este organismo, “a atuação lesiva da empresa AdAM agravou-se nas últimas semanas, período em que vigora o estado de emergência nacional. Se a prestação de serviços desta empresa já prejudicava os direitos e interesses económicos dos consumidores, nesta crise pandémica em que muitas famílias veem o seu rendimento diminuído, os seus erros têm repercussões graves nos orçamentos das famílias minhotas”.

A DECO Minho sublinha que “existe um incumprimento por parte desta empresa, sendo exigível às autarquias uma tomada de posição para que a situação seja regularizada sem custos para os consumidores, devendo haver compensação de todas as cobranças indevidamente efetuadas, acompanhada da suspensão da cobrança até à regularização dos serviços por parte da empresa”.

Os consumidores “não podem ser penalizados pelos erros e atrasos na organização administrativa da empresa AdAM”, diz a DECO Minho, que aconselha os clientes lesados a “reclamarem das suas faturas”, ao mesmo tempo que se “disponibiliza para apoiar e mediar os conflitos”.

A DECO Minho presta apoio através do número de telefone 258 821 083, bem como do endereço eletrónico deco.minho@deco.pt.

Para universalizar o uso de meios tecnológicos e, assim, garantir que toda a comunidade escolar se encontra em efetiva igualdade de oportunidades com vista ao êxito escolar, o Agrupamento de Escolas de Valdevez (AEV) vai emprestar computadores com acesso à Internet aos alunos carenciados do concelho para que estes também possam acompanhar as atividades letivas no regime do ensino à distância. De entre a população escolar sem equipamento informático e/ou Internet há vários alunos de Soajo.

Esta iniciativa resulta de um protocolo patrocinado pela Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, que concedeu um apoio de 40 mil euros ao AEV para promover o acesso aos meios informáticos a todos os alunos que deles carecem. O empréstimo de recursos tecnológicos aos “alunos e famílias mais vulneráveis [...] cria mais e melhores condições no acesso às aulas no modelo de ensino à distância e garante igualdade no acesso à educação a todos”, diz o Município em comunicado.

No processo de empréstimo de material informático, o AEV vai trabalhar em articulação com a Associação de Pais e Encarregados de Educação do AEV na sinalização das famílias carenciadas (algumas das quais têm mais de um educando a frequentar o ensino básico).

Por seu lado, a Junta de Soajo anunciou, na sua página oficial, a disponibilização, “sem qualquer custo”, do serviço de “impressão dos trabalhos de casa e textos de apoio aos estudantes da freguesia”.

Entretanto, o terceiro período, que se iniciou no passado dia 14 de abril (só para os alunos do básico e do 10.º ano), traz mais uma novidade a partir da próxima segunda-feira, 20 de abril, para os estudantes até ao 9.º ano: uma nova versão da telescola, o novo recurso educativo que funcionará como complemento do ensino à distância para cerca de 1060 alunos do AEV.

As aulas para os alunos do básico serão emitidas pela RTP Memória (canal público em sinal aberto) para que os conteúdos cheguem a todos os alunos. A iniciativa adotará soluções para que as aulas não se sobreponham, garantindo que as famílias com mais de um filho possam usufruir dos conteúdos através da televisão.

O tempo diário de emissão será repartido pelos diferentes níveis de ensino. As aulas decorrerão de segunda a sexta, tal como numa escola convencional, com as explicações dos professores a chegarem através da televisão (cada aula terá uma duração de trinta minutos). A telescola (denominada #EstudoEmCasa) não dispensará o ensino à distância, dito de outra maneira, os conteúdos na televisão serão um complemento do ensino baseado nas novas tecnologias.

A este respeito, e com o objetivo de rentabilizar o ensino online, os professores do AEV estão a recorrer ao programa Office 365 (que também funciona como videoconferência), permitindo criar equipas por disciplina e garantir aos alunos os conteúdos e a informação de que necessitam para o processo de aprendizagem.

Nota | A foto de primeiro plano que ilustra o artigo é do portal  "Notícias ao Minuto".

Desde que foi confirmado, no passado dia 13 de março, o primeiro caso de infeção por Covid-19 em Arcos de Valdevez, tem-se vindo a avolumar de dia para dia o contingente de pacientes neste concelho.

À data de hoje, estavam apurados 56 casos de infeção por Covid-19 – mais cinco do que na véspera. Dos casos confirmados, 12 estão internados (dois no Hospital de Braga e os restantes dez no Hospital de Viana do Castelo). Enquanto isso, a grande maioria dos doentes – 32 – encontra-se em isolamento domiciliário. Até agora, registaram-se cinco óbitos e sete recuperações.

Num breve exame ao relatório de situação epidemiológica apresentado pela Direção-Geral da Saúde (cujos dados compilados apresentam importantes divergências em relação aos casos confirmados em tempo real pelas autoridades de saúde locais), sobressai a conclusão de que há uma elevada taxa de incidência da Covid-19 nos Arcos.

Em termos proporcionais, por cada mil habitantes, o número de óbitos é, localmente, cerca de quatro vezes superior ao registo nacional e o número de infetados por cada milhar de pessoas em Arcos de Valdevez quase duplica o índice do país.

O Governo decidiu duplicar o valor das linhas de crédito a conceder às empresas, passando de um montante global de 3 mil milhões de euros para 6,2 mil milhões, segundo um protocolo assinado entre o Estado e a Banca. O objetivo do plano é apoiar as empresas cuja atividade esteja a ser afetada pelos impactos da Covid-19.

De acordo com a rádio TSF, o apoio a conceder às empresas inclui quatro linhas de crédito, uma das quais é reformulada para passar a abranger não apenas as noventa “Classificações de Atividade Económica” (CAE) que até agora contemplava, mas centenas de outras atividades que estavam fora dos apoios. Deste modo, passam também a ser abrangidas atividades como a agricultura, a construção, o comércio (de todo o tipo de bens), os serviços e a indústria do papel.

No novo protocolo entre o Estado e os bancos, as empresas da restauração continuam a ter disponível um “cheque” de 600 milhões de euros, as do turismo um “pacote” de 900 milhões e as agências de viagens, animação turística e organização de eventos continuam a beneficiar de uma linha de 200 milhões de euros.

De referir que o prazo do reembolso dos empréstimos passa de quatro para seis anos e a Banca está impedida de exigir garantias pessoais aos empresários que recorram aos apoios.

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