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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

De norte a sul de Portugal, o trabalho das juntas de freguesia a favor da população (sobretudo idosa) recrudesceu com o surto pandémico, o qual veio avolumar as dificuldades dos carenciados e dos que moram isolados.

Para ajudar a população mais necessitada, a Junta de Freguesia de Soajo está a desenvolver uma campanha de ação social, “distribuindo cabazes de mantimentos a algumas pessoas […] mais desfavorecidas”, anuncia o presidente da autarquia na sua página de Facebook.

Para além disso, lembra Manuel Barreira da Costa, a Junta está “também a ajudar na deslocação para a compra de remédios ou outras necessidades”, permitindo com isso que “as pessoas possam ficar em casa”.

O autarca que dirige os destinos da freguesia apela ao cumprimento do confinamento e dirige-se aos emigrantes com palavras de esperança em relação ao futuro.

De sublinhar que a página oficial da Junta de Freguesia de Soajo nada refere sobre a iniciativa (entrega de cabazes) em curso.

Foto: Internet

O Ministério da Agricultura está a antecipar pagamentos para apoiar os criadores de raças autóctones (onde se incluem a Cachena, a Minhota, a Barrosã…), bem como produtores de queijos, enchidos e outras carnes processadas. A tutela está a adiantar os pagamentos de abril.

“Para garantir que os agricultores e os produtores tenham liquidez necessária e suficiente para fazer face ao momento difícil em que nos encontramos [….], já começámos a fazer a antecipação do pagamento [cujo processamento só era devido no dia 30 de abril] no passado dia 3. Pagámos 7 milhões de euros e vamos continuar todas as semanas a fazer outros adiantamentos até ao término do corrente mês, até perfazer o montante de 35 milhões de euros, valor correspondente ao mês de abril”, disse à Rádio TSF a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque.

                        

Crise afeta comércio da carne de vaca da raça cachena

Em declarações à comunicação social, o presidente da Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca (CAAVPB) afirmou que o comércio da carne de vaca da raça cachena está a ser “muito afetado”.

“Está tudo parado. Os restaurantes e hotéis, os nossos principais clientes, estão fechados não temos para onde escoar a carne”, lamenta José Carlos Ribas Gonçalves, adiantando que a Federação das Raças Autóctones está a “incentivar os hipermercados a venderem carne destas raças” para salvar o setor, sendo que o caminho da exportação é outra das saídas no sentido de dar algum fôlego aos produtores.

Típica da serra de Soajo, a vaca cachena é a mais pequena raça bovina portuguesa. Desde 2002 que tem o selo de Denominação de Origem Protegida.

A CAAVPB representa perto de 2500 criadores de raça cachena nos dois concelhos.

Foto: LivroRaça Cachena

Há 26 infetados ativos (mais cinco do que na véspera) no concelho de Arcos de Valdevez, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde divulgado ao final da manhã desta terça-feira, 7 de abril. A estes 26 há que acrescentar mais sete casos ainda não notificados clinicamente no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, pelo que, no total, são 33 as pessoas infetadas nos Arcos. Enquanto isso, um segundo utente do Centro Paroquial e Social de Santa Maria de Grade não resistiu à infeção do novo coronavírus, tendo acabado por morrer no hospital. Natural de Cabreiro, este sénior de 87 anos era utente da referida IPSS há cerca de um ano.

Entretanto, a Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez, em nota assinada pelo provedor, confirmou que “um dos utentes do Lar Vilagerações, internado no Hospital de Viana do Castelo, realizou teste ao Covid-19 e teve resultado positivo”.

Segundo Francisco Araújo, “a instituição de imediato procedeu à implementação das medidas previstas no seu plano de contingência para estas situações”, tendo promovido, já ontem de tarde (segunda-feira, 6 de abril), uma operação de testes de despiste do coronavírus “a todos os utentes do referido lar, assim como aos funcionários que ali prestam serviço”.

Por seu lado, o Centro Paroquial e Social de Santa Maria de Grade repetiu no dia de ontem os testes a todos os utentes e funcionários, desta feita em simultâneo e não a conta-gotas como na semana passada.

Neste momento, pelo concelho todo, há largas dezenas de indivíduos em quarentena profilática, por contacto com doentes infetados ou suspeitos de terem contraído a Covid-19.

“Sejamos solidários com os nossos conterrâneos”

Através das redes sociais, o soajeiro Jorge Lage dá o mote para ajudar quem mais precisa nesta altura de crise sanitária e de crise económica.

“Se souberem que na freguesia de Soajo existem algumas pessoas com dificuldades em comprar e pagar produtos alimentares, digam sem referir os seus nomes, para que alguns de nós as possamos ajudar, transferindo para as contas dos comerciantes dinheiro… Sejamos solidários com os nossos conterrâneos”.

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Para saber mais sobre o relatório de situação da Covid-19, consulte:

https://www.saudemais.tv/uploads/dossiers/dossiers_0000000008_0000000003.pdf

O Governo decidiu prolongar até ao próximo dia 15 de abril o prazo de limpeza de terrenos para prevenir incêndios. A medida corporiza a obrigação legal subjacente às limitações nas deslocações em vigor neste período de pandemia.

Devido às medidas de restrição à circulação de pessoas, e tendo em conta que a declaração do estado de emergência foi renovada até 17 de abril, a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho revela “preocupação” com o material combustível acumulado na floresta, “atendendo não só às condições climatéricas […], mas também por haver algum atraso na limpeza das envolventes dos aglomerados urbanos”.

Foto: Observador

O decreto que foi aprovado esta quinta-feira (2 de abril) – o qual “renova a declaração do estado de emergência, com fundamento na verificação de uma situação de calamidade pública” devido ao novo coronavírus – atribui mais competências às juntas de freguesia no que se refere ao aconselhamento da não aglomeração de pessoas na via pública, recomendação a todos os cidadãos do cumprimento do dever geral de confinamento domiciliário e sinalização junto das forças de segurança, bem como comunicação às autoridades dos estabelecimentos a encerrar para garantir a cessação das atividades previstas.

No resto, e em linhas gerais, o decreto não limita nenhuma das medidas aprovadas há duas semanas, conforme se pode concluir da leitura do diploma. De sublinhar, isso sim, o acréscimo de uma medida que agrava o quadro de restrições em vigor desde 18 de março: a interdição de “ajuntamentos de mais de cinco pessoas”, com exceção para “os laços familiares” e “as famílias numerosas”.

Quanto às restrições da Páscoa, ficou estabelecido que, entre as zero horas de quinta-feira, dia 9 de abril, e até às 24 horas de segunda-feira, dia 13 de abril, ninguém poderá sair do seu concelho de residência, de carro (ou outros veículos), transportes públicos ou a pé, a não ser que o faça para trabalhar, fazer compras de bens essenciais ou cuidar de pessoas em carência de apoio.

Nesses cinco dias, a quem tiver de se deslocar para o local de trabalho, é recomendado que se faça munir de um documento da entidade empregadora que certifique o dever de trabalhar. O local de residência, esse, pode ser comprovado pela carta de condução.

Abriu no passado dia 27 de março o concurso para os agentes florestais contratados a prazo pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), ao abrigo de um projecto-piloto no Parque Nacional (com três anos de duração), poderem candidatar-se a uma vaga no quadro do referido Instituto. Segundo o Ministério do Ambiente, o denominado “Corpo Nacional de Agentes Florestais” (CNAF) ajudou a diminuir em 95% a área ardida (passou de 7726 hectares para 384 hectares) dentro do PN desde 2016, para além de ter permitido a reabilitação de ecossistemas atingidos pelas chamas e pelas espécies invasoras.

Entende a tutela que a ação destes agentes foi fundamental e, por isso, a iniciativa será convertida em definitiva e permanente nos 70 mil hectares do PN. Será, pois, uma oportunidade para aqueles operacionais do CNAF com contrato a prazo passarem a integrar os quadros do ICNF. 

Ao jornal Público, o ministro João Pedro Matos Fernandes afirmou que “temos de ter gente nas áreas protegidas. Gente que conheça bem o terreno e que esteja todo o ano a fazer prevenção estrutural”, acrescentando o governante que, “não sendo bombeiros, estas pessoas ajudam a debelar fogos na sua fase precoce, participam em acções de rescaldo e, acima de tudo, andam, ao longo de todo o ano, a desenvolver acções de restauro de ecossistemas em áreas afectadas por grandes incêndios, como a Mata do Mezio ou a do Ramiscal”.

Foto: Peneda Gerês TV

Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira, 1 de abril, que abarca os dados recolhidos até às 24.00 do dia anterior, Arcos de Valdevez tem 11 infetados ativos e um morto pelo novo coronavírus. Pelo menos até ontem, não havia casos confirmados de infeção em Soajo.

A primeira vítima mortal por Covid-19 no concelho é uma idosa de 91 anos, natural de Grade. Faleceu no hospital e era utente do Centro Paroquial e Social de Santa Maria de Grade (que alberga três utentes soajeiros), onde uma funcionária na semana passada tinha testado positivo. Entretanto, outros idosos e uma segunda cuidadora revelaram sintomas do novo coronavírus, tendo sido transportados para o hospital de Viana do Castelo. Até ver, os funcionários e os seniores sem sintomas mantêm-se na referida IPSS, onde esperam o resultado do rastreio efetuado à Covid-19.

Por muito boas que sejam as práticas na organização do trabalho, os utentes dos lares pertencem ao grupo dos mais vulneráveis (tanto pela idade avançada como pelas patologias associadas que muitos têm). Para salvaguardar eventuais cenários de emergência, estão disponíveis neste concelho espaços para um alojamento coletivo de seniores. Mas não basta alojar, “é preciso garantir um serviço de resposta às pessoas, nomeadamente a alimentação e o acompanhamento específico”, defende João Manuel Esteves.

Enquanto isso, os primeiros casos de infetados nos Arcos evoluíram favoravelmente. Mesmo os que estiveram em cuidados intensivos ou entubados, apesar da lenta convalescença, conseguiram recuperar, e a maioria encontra-se agora em vigilância domiciliária, informou a vereadora da Saúde (e médica de profissão), Belmira Reis, no passado dia 27 de março.

Variações

O número de infetados nos Arcos e nas restantes localidades tem sofrido flutuações de dia para dia, “porque alguns doentes vão recebendo alta, enquanto outros acabam por testar positivo depois de revelarem sintomatologia suspeita”, explica Belmira Reis.

De acordo com o apurado, à espera de resultados laboratoriais estão dezenas de arcuenses com sintomas (compatíveis com a Covid-19), que, fruto dos contactos estabelecidos, colocaram centenas de indivíduos em vigilância domiciliária (de forma preventiva).

Testes

Uma das principais preocupações da rede de saúde reside na abertura de centros de testes. Desde 30 de março que a ULSAM passou a disponibilizar o primeiro centro de diagnóstico móvel para a Covid-19 no distrito. Neste modelo Drive Thru, os doentes referenciados deslocam-se dentro do seu veículo até ao ponto de recolha sem contacto com outras pessoas, diminuindo, deste modo, o risco de infeção em cada colheita.

De referir que o teste só poderá ser feito mediante prescrição pelo médico de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde.

Foto: Ciência Viva

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