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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

A Extensão de Saúde de Soajo encontra-se em processo de “avaliação das condições de segurança do espaço físico” e “validação pela autoridade de saúde”, anunciou a Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM) na semana passada.

“O Conselho de Administração da ULSAM, em parceria com o Município, tem vindo a preparar a reabertura da extensão, com base na avaliação de condições de segurança do edifício, disponibilidade de recursos humanos e na evolução da pandemia de COVID-19”, acrescenta-se no comunicado.

A reabertura da Extensão de Soajo, encerrada desde março, permitirá retomar o sistema de descentralização da resposta assistencial, garantindo um serviço de proximidade à população de Soajo.

Até ao dia 25 de outubro (próximo domingo), nos dias e horários agendados, está estabelecido que o edifico da sede da Junta de Freguesia de Soajo funcione como posto de vacinação contra a gripe sazonal. A administração da vacina em Soajo não ocorre na Extensão de Saúde visto que esta unidade de saúde ainda se encontra encerrada. A iniciativa obedece às regras sanitárias definidas pela Direção-Geral da Saúde.

A parceria, que abrange todo o território do Alto Minho, insere-se na estratégia de descentralização e de proximidade à comunidade, proposta pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho aos dez municípios do distrito. A medida visa evitar a deslocação em massa da população mais idosa e vulnerável ao Centro de Saúde, o que provocaria uma maior conglomeração de pessoas nesse espaço, com riscos agravados de propagação do novo coronavírus.

A vacina contra a gripe está a ser administrada gratuitamente a idosos (idade igual ou superior a 65 anos) e doentes crónicos pelas equipas de enfermagem do Centro de Saúde. 

Se ainda não o fizeram, as pessoas que integram os referidos grupos-alvo podem dirigir-se aos serviços da Junta de Freguesia de Soajo ou entrar em contacto com a administrativa para indicação dos seguintes dados: nome completo, data de nascimento, número de utente (SNS) e número de telefone para comunicação da data de administração da vacina.

Foto | jornalmedico.pt

 

Foi consignada, na semana passada, a obra do anunciado Centro de BTT & Caminhadas, cuja intervenção inclui uma alteração e ampliação do edifício das casas de banho públicas sediadas no Campo da Feira de Soajo. A iniciativa, ao abrigo do projeto “Aldeias do Alto Minho – Walking & Cycling”, da CIM Alto Minho, foi adjudicada à empresa Amorim & Coroas, Lda., pelo valor de 45 420,10 euros.

A infraestrutura será dotada de instalações de apoio destinadas aos praticantes das caminhadas e do ciclismo de montanha, nomeadamente balneários, equipamentos de lavagem de bicicletas, ponto de lavagem (e secagem) de roupa dos bttistas, estação de reparação de bicicletas e zona de estacionamento.

Dentro de poucas semanas aos caminheiros e cicloturistas será permitido fruir da serra de Soajo e dos trilhos que a circundam, com o objetivo de melhorar a experiência de visitação em pleno “coração” do Parque Nacional, sem agredir o seu rico património natural e cultural.

Chegou a Portugal em 2011 e, passados nove anos, parece impossível de erradicar a vespa-asiática (ou velutina), que prolifera nos núcleos rurais do Alto Minho, onde constrói laboriosos ninhos, de grandes dimensões, em sítios altos, geralmente na copa de árvores, e de preferência em locais com água e com colmeias nas proximidades. Distingue-se da vespa-europeia pela coloração do abdómen (mais escuro e com uma lista amarela) e pelas patas (amarelas, no caso das velutinas). É carnívora e predadora das abelhas, arrasando os enxames nas próprias colmeias.

Além das armadilhas artesanais (à base de soluções fermentadas) que capturam muitas vespas-asiáticas (e que vários apicultores soajeiros já utilizam), é fundamental que a destruição dos ninhos seja feita através de veneno largado no próprio ninho com a ajuda de uma cana extensível (depois de envenenado, o ninho é destruído), e não por meio de queima, porque com este método todas as vespas velutinas que estiverem no exterior podem ser potenciais rainhas e fazer novos ninhos, favorecendo a propagação da espécie.

A deteção ou a suspeita de existência de ninho de vespa-asiática deverá ser comunicada à Proteção Civil Municipal ou à Junta de Freguesia de Soajo, bem como através do preenchimento do stopvespa.icnf.pt (disponível em smartphone), do acesso ao site www.sosvespa.pt. ou da linha SOS Ambiente (808 200 520).

Foto | Página da Junta da União das Freguesias de Arcos de Valdevez (Salvador), Vila Fonche e Parada

O programa de apoio ao comércio (PROCOM), criado pelo Município para modernizar os estabelecimentos, registou 15 manifestações de interesse até ao dia 30 de setembro, data-limite para apresentação de candidaturas. Da lista fazem parte empresários com negócios em Soajo, segundo referiu o executivo na reunião de Câmara de 9 de outubro, sendo que a maioria dos candidatos é da sede do concelho.

 “Agora, iremos proceder à análise e apreciação de cada uma das candidaturas para que as mesmas possam ser concretizadas”, sublinha o presidente da Câmara.

O PROCOM, com uma dotação de 100 mil euros, destina-se à realização de “pequenas obras” ou “melhoramentos” com o objetivo de “modernizar, inovar e promover” qualquer atividade económica em “qualquer área” do concelho.

A iniciativa financia 50% de pequenas intervenções em lojas ou alojamentos até ao montante máximo de 10 mil euros.

O executivo municipal, reunido no passado dia 9 de outubro, ratificou o protocolo de colaboração técnica e financeira com a ADERE, no âmbito do qual esta associação fica com a incumbência de elaborar um plano de ação para a cogestão do Parque Nacional (PN), cuja área protegida tem Soajo como ativo emblemático.

Tendo por base o novo modelo de gestão colaborativa, os parceiros (os municípios) entenderam que devia ser a ADERE a desenhar o plano de ação e, para tal desiderato, vão ser disponibilizados 100 mil euros a esta associação de desenvolvimento regional como entidade beneficiária do protocolo (com três anos de vigência), dinheiro proveniente do Fundo Ambiental (FA) para custear encargos (apoio técnico e operacional). “Com efeito, ao contrário do FA, que preconizava a contratação de uma pessoa/entidade para esse trabalho, os municípios consideraram que a ADERE era a entidade mais capacitada por ser a que melhor conhece o território, além da mais-valia que advém do facto de possuir uma equipa com um perfil técnico apropriado”, defende o edil João Manuel Esteves.

Ao abrigo da delegação de competências da Administração Central para a Administração Local, a instituição deste novo paradigma de gestão no único Parque Nacional visa “imprimir, desde logo, uma dinâmica de maior proximidade com vista ao desenvolvimento sustentável de ações de promoção e valorização do território”, colocando-se em prática uma “gestão participativa, colaborativa e articulada em cada área”, sublinham os vários parceiros.

“A cogestão da área protegida (abarcando matérias como a visitação, o pastoreio e a floresta) será uma realidade, mas, infelizmente não é sobre aspetos como o ordenamento do território, o urbanismo e a gestão de recursos patrimoniais e humanos, que continuarão a ser da exclusiva responsabilidade do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)”, ressalva o presidente da Câmara.

O referido modelo de cogestão, cujo grande impulsionador é o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, foi estreado em Portugal há cerca de três anos sob o figurino de um projeto-piloto no território do Parque do Tejo Internacional.

A este respeito, recorde-se que, em visita realizada à Porta do Mezio, a 15 de agosto de 2016, na sequência dos grandes incêndios que devastaram o concelho, o governante já tinha defendido na altura que o PN, sendo o único com o estatuto de Nacional, “tinha de servir de exemplo às outras áreas protegidas” e era propósito do Governo “reparar um erro histórico introduzindo uma gestão de proximidade”.

“O PN vai passar a ter, certamente, um rosto, não necessariamente um diretor como foi no passado, o fundamental é que exista um conselho diretivo onde fiquem claras as funções da rede de conservação da natureza, que devem ser definidas à escala nacional, assim como a participação das autarquias nessa gestão, porque são elas quem melhor conhece o território”, disse João Pedro Matos Fernandes. 

Comissão de cogestão

A comissão de cogestão (a funcionar justamente nos moldes de uma Direção), integrando, entre outros organismos, as cinco autarquias do único Parque Nacional, será presidida, do lado dos municípios, por Arcos de Valdevez, por se tratar do concelho com maior área protegida dentro do PNPG.

Além de João Manuel Esteves (substituído, quando ausente, por Manuel Tibo, presidente da Câmara de Terras de Bouro) como máximo representante dos municípios, esta comissão de cogestão será constituída pelos seguintes elementos/organismos: Sandra Sarmento, diretora regional do ICNF; Universidade do Minho (Instituto Politécnico de Viana do Castelo em sua substituição), em nome do sistema científico e tecnológico; Associação Atlântica, em representação dos Baldios; ADERE, no papel de representante das associações de desenvolvimento local; Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, como entidade representativa dos recursos económicos; e um representante das organizações não governamentais/ambientalistas.

“Conselho estratégico é um órgão consultivo”

À comissão de cogestão juntar-se-á, segundo disse João Manuel Esteves em recente reunião de Câmara, um “conselho estratégico (órgão consultivo)”, que “se equipará a uma Assembleia Geral”, agrupando representantes de vários organismos da Administração Central, assim como membros das juntas, do movimento associativo e da caça.

A Casa do Povo da Vila de Soajo, reunida no passado dia 3 de outubro, decidiu cancelar a festa de S. Martinho, que se deveria realizar na segunda semana de novembro, devido à crise pandémica.

As orientações das autoridades de saúde, para minimizar a propagação do novo coronavírus, justificam a medida.

Foto | Arquivo

A vila de Soajo acolheu a feira deste mês de outubro, retomando, assim, a organização do mercado ao ar livre.

Cancelada em setembro por razões sanitárias – nessa altura registava-se um surto de casos em Vila Verde (Braga), de onde provém a maioria dos feirantes com lugares de terrado no recinto soajeiro –, a feira pôde efetuar-se, de novo, no passado domingo por a Junta de Freguesia ter entendido que, uma vez desanuviada a situação epidemiológica no distrito de Braga, estavam reunidas as condições para a realização da feira, apesar de o atual estado de contingência o desaconselhar.

Foto | Arquivo

Desde 2014 que o órgão deliberativo municipal debate mais o ambiente do que a economia, tendência que se tem vindo a acentuar no mandato iniciado em outubro de 2017, e, com base nesta orientação, o fórum de 25 de setembro voltou a ser dominado pela sustentabilidade ambiental.

Avalanche de visitantes, estacionamento abusivo, amontoados de lixo, aumento da pressão sobre a natureza e falta de regras: a “febre” turística que se fez sentir este verão em Soajo (e em todo o concelho) esteve em foco na Assembleia Municipal, onde se refletiu um pouco sobre o turismo (in)sustentável e o risco de o turismo massificado trazer “problemas ambientais” e “sobrecarrega” aos locais de destino.

“Queremos turistas, precisamos de turistas, mas não a qualquer custo. Não nos pode interessar o turismo que não respeita a população, a natureza, as limitações próprias de áreas que devem ser preservadas e não sujeitas ao excesso de pessoas, ao abandono do lixo, à destruição da vegetação... Não se pode permitir tudo”, assim lançou a reflexão a deputada soajeira, Sandra Barreira, que também é autarca na Junta de Freguesia de Soajo.

“É certo e sabido que o turismo é uma das principais alavancas da economia local e nacional. E hoje, mais do que nunca, não temos como não saber que somos habitantes de um território com uma riqueza natural vasta e ímpar, não temos como não reconhecer os valores que devem ser preservados, não temos como não antecipar problemas e orquestrar soluções para os problemas que se arrastam no tempo”, alertou a eleita nas listas da CDU.

No estio de 2020, segundo Sandra Barreira, “as freguesias mais turísticas do concelho”, em plena crise pandémica, confrontaram-se com “lixo em excesso e abandonado em qualquer sítio, caravanismo selvagem, excesso de pessoas em alguns locais com limitações naturais e incumprimento das orientações da DGS, num claro desrespeito pela população residente”.

Segundo a deputada, “não basta investir milhões na promoção exaustiva do concelho e na divulgação das suas maravilhas. É necessário que essa campanha turística seja acompanhada de códigos de conduta, regras, manuais de boas práticas e uma política de marketing territorial, concertada entre os vários intervenientes, com a consciência das especificidades do nosso território, para a promoção e desenvolvimento sustentável do concelho”.

Sem exigir “aulas de cidadania aos visitantes”, Sandra Barreira pretende, no entanto, que “o Município zele pelo território e pela população, […] auscultando os alertas da CDU para excessos e fazendo o ‘trabalho de campo’ com os mais variados agentes económicos e turísticos. Se tal tivesse acontecido, teríamos evitado muitos incidentes e ocorrências, proporcionando uma experiência mais positiva quer para quem visita, quer para quem recebe”.

Para travar a continuação do turismo de natureza em modo “selvagem”, a advogada quer que se faça valer “a noção da distância que existe entre a consciência ambiental e a mobilização de comportamentos”, com vista à preservação do ambiente, “cabendo ao Município” o papel de acautelar procedimentos.

O edil João Manuel Esteves não se esquivou ao debate acerca do turismo descontrolado, mas preferiu olhar para o problema de outra maneira, devolvendo responsabilidades. “Pois, eu também queria [um turismo sem excessos], é uma boa proposta, gostava muito que a CDU propusesse na Assembleia da República o reforço do contingente da GNR, porque o atual não chega para todas as situações, muito embora, dentro das limitações existentes, a GNR esteja a fazer um bom trabalho num território que é imenso”.