Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

O ‘Projeto Serra’ é uma nova marca 100% portuguesa de roupa de exterior que pretende relançar “a moda do pastor”, através das camisolas que, nas serras de Soajo, Freita (Arouca), Estrela e Pico, protegiam os pastores dos rigores (chuva e frio) do inverno. A iniciativa arranca com uma coleção-piloto de quatro modelos.

Os responsáveis da nova marca – João Duarte, Ricardo Amaral e Tiago Pinto – são os autores do conceito criativo do Projeto Serra que, com o apoio da Withstand Studio, tem como grande objetivo dar visibilidade aos costumes das gentes das serras portuguesas, ao mesmo tempo que “aproxima o esquecido interior de Portugal de todos os portugueses e do mundo”, referem os promotores.

A primeira coleção será constituída por quatro modelos de camisolas, cada uma inspirada numa das referidas serras portuguesas, e a sua produção respeita as matérias-primas, bem como as tradições e técnicas de manufatura, típicas de cada território, em respeito pelo lema do projeto, “prestar tributo às tradições do nosso país”.

“Criadas na natureza por entre rios e pinheiros, […] as camisolas são feitas com todo o carinho, da natureza para ti, e já te podem acompanhar nas noites frias que se avizinham”, lê-se na página oficial do Projeto Serra, onde os interessados podem fazer a sua encomenda.

Todos os modelos são unissexo e os fornecedores selecionados operam segundo as boas práticas ambientais. Uma parte das vendas será destinada a financiar ações de sensibilização e promoção associadas aos territórios representados.

“Assim, cumprimos o propósito de democratizar os costumes do interior e ajudar a financiar projetos de promoção de cada serra, montanha, Parque Natural ou único Parque Nacional”, justificam os mentores.

Por enquanto, a venda é exclusiva online, mas a curto prazo todas as peças serão disponibilizadas ao público em pontos de venda próximos das comunidades representadas.

Fotos | Projeto Serra

O ato de instalação da Assembleia Municipal de Arcos de Valdevez, ocorrido no passado dia 11 de outubro, assinalou a tomada de posse de quatro – dos cinco – soajeiros eleitos nas eleições de 26 de setembro. Presidiu à cerimónia que marcou a investidura dos membros eleitos o presidente da Assembleia cessante, Francisco Araújo.

Depois da leitura da ata de instalação, os eleitos, um a um, procederam ao juramento e à respetiva assinatura. Diretamente para o plenário municipal foram sufragados pelos eleitores arcuenses os deputados soajeiros Miguel Rodas (PSD), Ana Lage (PS) e Rui Araújo (PS). A estes, junta-se, por inerência, o novo presidente da Junta de Freguesia de Soajo, Alexandre Gomes (PSD).

A deputada Sandra Barreira, eleita nas listas da CDU, por imponderáveis de saúde, não tomou posse na passada segunda-feira, mas também ela integrará o órgão municipal com poderes deliberativos.

Compõem a Assembleia Municipal 73 membros (53 homens e 20 mulheres), 37 dos quais eleitos diretamente por quatro forças políticas: PSD (22 deputados), PS (12), CDS (2) e CDU (1).

Os restantes 36 elementos são os presidentes de junta que, por inerência, têm assento no órgão deliberativo.

A cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos autárquicos de Soajo (Assembleia e Junta de Freguesia) decorreu sábado, 9 de outubro, com algum público a assistir na Casa do Povo da vila soajeira.

Depois de instalada a Assembleia, ato “apadrinhado” pelo presidente cessante, António Enes Domingues, o cabeça-de-lista da força política mais votada (PSD), Alexandre Gomes, foi investido nas funções de presidente da Junta e, em consonância com os nomes colocados a votação para vogais, sob proposta do presidente recém-empossado, a maioria social-democrata completaria, de seguida, o executivo elegendo o secretário, Ivo Baptista, e a tesoureira, Jaqueline Fidalgo, sendo que os vogais do PS optaram, na circunstância, por votar em branco.

Uma vez investido o executivo, procedeu-se à eleição da mesa que irá reger a Assembleia de Freguesia no novo mandato autárquico, que corre até 2025. Para presidente do órgão foi eleito António Cerqueira, que será secretariado por João Gomes Pereira (1.º secretário) e Estrela Ribeiro (2.º secretário), ambos sufragados com dois votos contra. Compõem ainda o órgão deliberativo os vogais António Gomes, Márcio Carvalho e Rosa Maria Costa, do lado do PSD, bem como os socialistas Ana Lage, Rui Araújo e Rosalina Araújo, que assumiu o lugar deixado vago depois de Américo Peixoto (primeiro da lista socialista candidatada às eleições de 26 de setembro findo) ter renunciado ao mandato no início desta sessão de investidura. O que daqui resulta é que o PSD, suportado por 64,51% dos votos, detém uma maioria absoluta no plenário, traduzida em seis dos nove mandatos, embora, na substituição dos membros da Assembleia de Freguesia que foram eleitos vogais do executivo, por lapso, não se tenha procedido, nos exatos termos que a lei estabelece, à investidura de Rosa Maria Costa.

O novo presidente da Junta, no discurso de tomada de posse, elogiou a campanha civilizada que marcou o ato eleitoral, prometendo “união” para o futuro. “Serei o presidente de todos os soajeiros, sem rancores e sem rivalidades. Fizemos uma campanha ‘limpa’, tal como os nossos adversários, gostei muito, espero que continuemos com este espírito. Temos de remar todos para o mesmo sentido, por isso, ideias boas, venham de onde vierem, merecerão discussão conjunta e serão bem acatadas”, defendeu Alexandre Gomes, reconhecendo a “inexperiência” da jovem equipa que está à frente dos destinos de Soajo.

“Temos noção daquilo que nos espera, somos todos muito ‘verdinhos’, mas, com a ajuda de todos, vamos longe e tudo faremos para que Soajo continue na senda do progresso. […] Temos novos projetos em vista com a Câmara, alguns dos quais estão numa fase de reajustes, mas há obras que não dependem só de nós e do Município, precisamos também da colaboração das pessoas, porque, se não houver cedências, há projetos que nunca serão realizados”, ressalvou Alexandre Gomes, que ouviu palavras de encorajamento do presidente da Assembleia de Freguesia, António Cerqueira, esperançado na “gente jovem” que saiu destas eleições.

Depois de felicitar os vencedores, Rui Araújo, porta-voz da oposição, revelou abertura para trabalhar conjuntamente em prol de Soajo, mas deixou avisos à maioria social-democrata, apontando o caminho a evitar e o muito trabalho que está por executar.

“Vamos estar à disposição para contribuir para o bem de Soajo, mas isto só será válido se não voltarmos ao passado. Pegando nas palavras de Alexandre Gomes, nós estamos (e estaremos sempre) disponíveis para desenvolver tudo o que for bom para a terra, com independência e sem a cultura do alcatrão. Ou seja, nós não precisamos de continuidade, porque os últimos anos foram absolutamente avassaladores para Soajo e prova disso é o que nós temos [desertificação, perda de serviços e falta de oportunidades], por isso, se for para continuar neste rumo, nós não estaremos disponíveis para colaborar”, reforçou Rui Araújo, que deixou farpas ao presidente cessante da Junta, por este justificar o falhanço das políticas por “contextos de interioridade e da Câmara Municipal”, olvidando, ao invés, o “contexto de má gestão da Junta”.

 

Adeus à “carreira política”

No arranque dos trabalhos, Manuel Barreira da Costa fez um discurso de despedida. “Após 32 anos, ponho fim à minha carreira como autarca. Fui tesoureiro na Junta, cumpri dois mandatos como membro da Assembleia de Freguesia, completei cinco mandatos como presidente da Junta e seis mandatos como deputado municipal. Obviamente que este trajeto não foi fácil, nem sempre fiz aquilo que queria, fiz o que pude com a coleboração de companheiros como António Barbosa e António Alves, mas despeço-me com a sensação do dever cumprido. O mandato entre 2017 e 2021 foi muito condicionado: estive sozinho a maior parte do tempo e houve obras que a gente queria fazer e que não nos foi permitido fazer por impedimento de algumas pessoas. De resto, há muitas obras que ficaram por fazer, outras estão em fase de projeto, caso do lar de idosos”, começou por dizer o autarca que se estreou nas lides políticas em 1989.

De lá para cá, o retrocesso tem sido a nota predominante para a maioria dos observadores, embora Manuel Barreira da Costa atribua o fracasso a fatores externos. “Soajo tem perdido muito, como todas as freguesias do interior, isto é normal, porque o decréscimo da população é uma realidade nestes territórios e não há emprego, ou melhor, há algum emprego, mas há pessoas que não querem trabalhar”.

Numa simbólica transmissão de pastas, depois de felicitar os eleitos, Manuel Barreira da Costa comunicou que a Junta de Freguesia se encontra em “muito boa saúde financeira”. “Ao contrário do que sucedeu há quatro anos, em que não havia dinheiro (nem Internet), desta vez, fica [para a nova administração] uma folga muito boa. A Junta tem cerca de 40 mil euros no banco, mais 15 mil a entrar nestes dias, além de uma carrinha adquirida por 6700 euros”, congratulou-se o autarca que elogiou os membros do PS pela “campanha muito boa” que realizaram nestas eleições.

A cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos autárquicos – Junta e Assembleia de Freguesia – realiza-se no próximo sábado, 9 de outubro, na Casa do Povo da Vila de Soajo, em reunião pública (aberta à população) marcada para as 17 horas.

Desta sessão constam como principais pontos da ordem de trabalhos a eleição dos vogais (secretário e tesoureiro) da Junta de Freguesia, bem como a eleição do presidente e dos secretários da Assembleia de Freguesia, de acordo com o Edital assinado por António Enes Domingues, presidente da Assembleia cessante.

***

Perguntas (P.) e respostas (R.)

P.: Quem tem competências para a convocação dos candidatos eleitos e para a instalação da Assembleia de Freguesia?

R.: Segundo o art.º 225.º da Lei Eleitoral para os órgãos das Autarquias Locais (Lei Orgânica n.º 1/2001, de 14/08), tanto o presidente da Assembleia de Freguesia cessante como o cabeça-de-lista da força vencedora têm legitimidade para convocação dos candidatos eleitos e para a instalação da Assembleia de Freguesia.

 

P.: Após o ato de instalação, qual o passo seguinte?

R.: A seguir ao ato de instalação, conforme diversos pareceres da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), decorre a eleição, por escrutínio secreto, dos vogais da Junta de Freguesia e dos membros integrantes da mesa do órgão deliberativo, incumbindo à Assembleia de Freguesia decidir, na falta de disposição regimental, se tal eleição é uninominal ou mediante a apresentação de listas.

 

P.: A quem cabe propor para eleição os vogais da Junta?

R.: Segundo pareceres da CCDR-N, “é ao presidente da Junta [cidadão que encabeça a lista mais votada, no caso Alexandre Gomes, do PSD] e só a ele que, de entre os membros da Assembleia de Freguesia, cabe propor os vogais do executivo, em conformidade com o disposto no n.º 1 do art.º 9.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, na redação que lhe foi conferida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro (cfr. ainda n.º 2 do art.º 24.º do mesmo diploma legal)".

 

P.: Em que moldes se processa a substituição dos membros da Assembleia que são eleitos vogais da Junta?

R.: A substituição dos membros da Assembleia de Freguesia que são eleitos vogais do executivo verifica-se logo de seguida à respetiva eleição, conforme está estabelecido nos art.ºs 11.º e 79.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro.

Há quem veja o outono como o fim de um ciclo, mas este tem o seu lado bom: é a altura de colher os frutos. E por estes dias, cada vez mais pequenos, há muitos tesouros a despontar na serra de Soajo e nos pomares: os cogumelos começam a brotar nos bosques, os ouriços e as nozes a cair, a azeitona a tingir-se de preto…

Um dos frutos mais apreciados da época é a castanha. Ingrediente central na dieta de montanha desde os primórdios da humanidade (muito antes da chegada da batata ou do milho), a castanha é famosa pelo seu mercado de rua e na maioria dos lugares de Soajo não falta o tradicional magusto regado com vinho novo, convívio quase sempre animado ao som de concertina.

Com as primeiras chuvas pós-verão nascem sempre os cogumelos e a serra de Soajo é um repositório de dezenas de variedades, muitas das quais aptas para o consumo humano, logo sem efeitos secundários indesejáveis. Mas, não obstante a grande quantidade de informação disponível, a colheita por conta própria continua a não ser aconselhada pelos riscos que acarreta para a vida humana (há cogumelos venenosos que intoxicam, podendo ser fatais por vezes).

Também as nozes dizem muito desta época com o cheiro da terra húmida e a mudança de cor da paisagem a marcar a transição de estações.

Fotos | Teresa Araújo, Soajo em Notícia e Internet

Já são permitidas, mediante autorização, as queimas e queimadas. O período crítico de incêndios rurais terminou no dia 30 de setembro. 

Segundo a legislação em vigor, a realização de queimas e queimadas carece de autorização do Município, sendo que o pedido também pode ser feito através da aplicação disponível no portal do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). De referir que as operações de queima ou queimada também não dispensam o acompanhamento através da presença de técnico credenciado em fogo controlado ou operacional de queima ou, na sua ausência, de equipa de bombeiros ou de equipa de sapadores.

A realização de queimas e queimadas sem autorização e sem o acompanhamento definido é considerada uso de fogo intencional. As coimas variam entre 280 euros e 10 mil euros, para pessoas singulares, e 1600 euros e 120 mil euros, para pessoas coletivas.

Segundo o ICNF, cerca de 98% das ocorrências em Portugal continental têm causa humana.