Como as “Obras de Santa Engrácia”, continuam em curso os trabalhos que vão transformar o edifício da primitiva Casa da Câmara (Largo do Eiró) no futuro Centro Interpretativo e Etnográfico de Soajo para escolas, turistas e a própria comunidade local. A criação do espaço museográfico compreende duas fases, uma relacionada com a adaptação do edifício (intervenção terminada recentemente) e uma segunda respeitante à montagem da exposição (segunda fase). As obras de alteração, adaptação, montagem e capacitação de conteúdos estão orçadas, ao todo, em cerca de 160 mil euros.
Com atraso significativo (mais de um ano) em relação ao plano delineado, a primeira fase, referente à obra de alteração e adaptação funcional do edifício, está, por fim, concluída. Como a própria designação o indica, os trabalhos visaram alterar e adaptar funcionalmente o edifício, reconvertendo o imóvel recuperado no Centro Etnográfico do Soajo.
O piso inferior serve de apoio, contém instalações sanitárias de acesso público, bem como zona de arrumos. O piso superior foi adaptado ao Centro Etnográfico, incluindo pequeno gabinete e espaços de exposição infraestruturados para albergar os conteúdos temáticos alusivos ao projeto.
Uma vez executada a componente eminentemente física, será realizada, agora, uma operação de montagem das exposições temáticas para promover o legado histórico-cultural e etnográfico do antigo concelho, tendo por base um discurso interpretativo acessível ao público visitante, seja este constituído por população escolar, turistas ou residentes. De referir que os equipamentos adstritos à segunda fase do projeto – investimento suplementar de 80 mil euros – consistirão em meios multimédia, vídeos, painéis interpretativos e diverso mobiliário.
A ideia do Centro Interpretativo e Etnográfico, que germinou localmente numa das edições da Feira de Artes e Ofícios Tradicionais, teve como fundamento recuperar a antiga Casa da Câmara e transformá-la num museu de interpretação etnográfica, fazendo desta iniciativa um projeto mobilizador para Soajo, desde que o mesmo seja integrado num circuito turístico.
“Através deste investimento, pretende-se valorizar e promover o vasto e rico património cultural de Soajo, bem como reforçar a sua identidade local e atrair visitantes, dinamizar o comércio, a restauração e o turismo”, diz em comunicado o Município de Arcos de Valdevez.