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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Cumpriu-se a preceito a tradição esta quinta-feira, 23 de junho. A Casa do Povo da Vila de Soajo assinalou o S. João com o seu habitual convívio à volta da sardinhada e da música de raiz popular (bombos e concertinas). Devido à instabilidade do tempo (com chuva intermitente), a comida foi degustada no salão de baixo, devidamente ornamentado.

Cerca das 19.00 começou a ser servida a patuscada pelos comensais. A broa é tirada dos sacos, o vinho servido em canecas e nas travessas levam-se as sardinhas – cinco caixas custaram 250 euros (a 5 euros o quilo). O grupo de voluntários, bem-disposto, trabalha arduamente nos assadores e na serventia pelas mesas, onde reina o espírito sanjoanino.

Entretanto, continuam a sair as sardinhas… Mais tarde, as fêveras, as barriguinhas e o caldo-verde. Nas mesas, são cada vez mais os que comem. E conversa-se.

Pelo meio, recortam-se e distribuem-se rifas por muitos interessados em (ajudar a) custear os comes e bebes. “Em troca”, o titular do bilhete contemplado levou para casa um presunto.

Entretanto, a equipa de voluntários não esmoreceu até quando foi preciso. E a festa, ao som das concertinas e dos bombos, tomou conta do terreiro da Casa do Povo.

Segundo o presidente da Casa do Povo, Manuel Carvalho, o convívio de S. João implicou uma despesa de 750 euros, sensivelmente.

Nos restantes convívios de S. João, dispersos pela vila de Soajo, é justo destacar o arco erguido em Bairros.

Passada a fase aguda da crise pandémica, a Casa do Povo da Vila de Soajo realiza o tradicional convívio de S. João (entrada livre) na próxima quinta-feira, 23 de junho (depois das 19.00).

Como de costume, o ponto alto será a degustação de sardinha, caldo-verde e barriguinhas, iguarias acompanhadas de broa, vinho e sumos.

A animação no terreiro da Casa do Povo estará a cargo dos tocadores de concertina.

Para ajudar a custear a iniciativa, a Casa do Povo conta com o apoio da Junta de Soajo e da Assembleia de Compartes dos Baldios da Freguesia de Soajo.

Estão em curso trabalhos nos outões da Igreja de S. Martinho de Soajo para supressão de infiltrações na capela-mor. As pedras da parte altaneira do templo estão a ser revestidas de chapas, intervenção que, na ótica de alguns soajeitos, descaracteriza e danifica o edifício. No local onde se está a operar a intervenção já se avistam fissuras nalgumas pedras.   

Segundo o padre Custódio Branco, “os trabalhos visam eliminar a entrada de humidades na capela-mor, onde se notam muito as infiltrações. Quando chove, a água cai na sacristia. Estamos a gastar um montante residual, mediante protocolo, para resolver de vez o problema”, diz o sacerdote.

A intervenção resulta de uma necessidade detetada como urgente. “Anteriormente, há já alguns anos, foi colocada uma tela, mas esta rasgou-se e, por via disso, deixou de surtir o efeito pretendido. Decidimos, por isso, colocar este material para acabar com as infiltrações”, acrescenta o pároco.

Questionado sobre o facto de a chapa descaracterizar a igreja, o padre Custódio Branco prefere evitar desinteligências, por não se considerar um perito na área. “Não sei se descaracteriza ou não, ainda não vi [a obra]. Estamos a colocar o material que se vê em muitas intervenções efetuadas em igrejas (e noutros monumentos), como é o caso da Igreja Matriz, que não está descaracterizada. A solução poderá não ser a melhor, mas é a que resulta melhor, mesmo admitindo que existem outras soluções que podiam resolver o problema por uns tempos”, ressalva o padre Custódio.

Nos últimos dias têm-se sucedido os ataques de matilhas a rebanhos. Duas das investidas ocorreram hoje, quarta-feira, e ambas estiveram na origem do ferimento de ovelhas e da morte de crias. A GNR deslocou-se ao local para lavrar auto de notícia.

Segundo disse ao blogue Soajo em Notícia Felicidade Cunha, uma das criadoras lesadas, num dos ataques foram mortos dois borregos. “Os cães saltaram a cerca e mataram dois anhos. As consequências só não foram mais graves porque alguém apareceu de repente e dispersou os cães castrados que estão a ser sustentados por duas pessoas”, diz a produtora desolada, sem qualquer expetativa de ser ressarcida.

“Sinceramente, não estou à espera de ser indemnizada, mas, ao menos, que os cães sejam retirados e entregues a quem de direito para eliminar o risco de novos ataques”, defende a criadora na altura em que participava a ocorrência à GNR.

Para Felicidade Cunha, “a culpa desta situação é do PAN [partido que se arroga como grande defensor dos animais domésticos e assilvestrados], cujas políticas de esterilização para controlar a sobrepopulação de cães, na prática, não encontra resposta nos canis que se encontram cheios”, desabafa a produtora.   

Noutro plano, segundo diz a lei, os proprietários de gado não têm direito a indemnização nos casos em que os ataques hajam sido perpetrados por cães, logo por os prejuízos não estarem relacionados com investidas de lobos.

A Assembleia de Freguesia de Soajo, como dita o regimento, devia ter reunido, em sessão ordinária, no passado mês de abril, para discutir e votar as contas de gerência de 2021, mas tal não sucedeu. O presidente da Assembleia de Freguesia assume responsabilidades pela situação anómala, prometendo, porém, tirar ilações para evitar casos análogos no futuro.

“Como presidente da Assembleia, não me devo desculpar com ninguém. Apesar de o processo não ter corrido como devia, eu podia agendar na mesma a Assembleia para o passado mês de abril, fosse como fosse”, ressalva António Cerqueira, ciente dos motivos que justificam o desagrado de muitos soajeiros.

“Evidentemente que as pessoas de Soajo dão pancada no presidente da Assembleia, e com toda a razão, pois eu não tenho argumentos para me defender, quanto mais não seja por eu não ter feito valer os direitos de que fui investido. Para obviar à situação anómala, o que vou fazer agora é marcar uma Assembleia para 25 de junho, já que, por indisponibilidade de certos elementos, não poderá ser realizada antes. E, a menos que surjam dados novos, vou agendar esta reunião com apenas dois pontos na ordem de trabalhos, ‘Período de antes da ordem do dia’ e ‘Assuntos de interesse para a freguesia’. A Assembleia será convocada com a devida antecedência por Edital e, desta feita, será enviada carta aos eleitos pelo correio”, adianta o presidente do órgão deliberativo.  

Negando qualquer situação de desconforto com a Junta, António Cerqueira diz “manter um bom entendimento com os membros do executivo”, de quem espera, no entanto, “mais iniciativa e firmeza no futuro”.