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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

A Assembleia de Freguesia de Soajo, realizada a 24 de setembro na Casa do Povo, teve como principal deliberação a aprovação, pela maioria social-democrata, da tabela de taxas que o executivo submeteu a discussão e votação nesta sessão com reduzida assistência.

Os trabalhos arrancaram com o presidente da Junta a anunciar que será executada, com caráter de urgência, uma intervenção no cemitério de Paradela. “O muro de suporte da parte nova (do lado de baixo) encontra-se em risco de ruir, bem como as laterais. Teremos de agir rapidamente para evitar que caiam pelo menos duas campas, uma das quais com um corpo sepultado há poucas semanas. A intervenção vai custar 20 e tal mil euros, é uma despesa grande, mas a obra é mesmo necessária”, justificou Alexandre Gomes (PSD), antes de pormenorizar os trabalhos a efetuar.

“Há que escorar duas campas que têm pessoas dentro, daqui ao muro dista cerca de 1 metro; há que demolir todo o muro de pedra; e há que reconstruir o muro de suporte”, complementou.

Questionado pela deputada Rosalina Araújo (PS) sobre quais as razões que justificam a operação na parte nova do cemitério, o presidente da autarquia adiantou que “a acumulação de água e a inclinação estão provavelmente na origem da anomalia”.

A este respeito, a mesma deputada lembrou que, em abstrato, uma “empresa construtora tem a responsabilidade de prestar uma garantia durante uns anos, não é como no caso da Touça, em que o empreiteiro nem sequer atende o telefone”.

Por seu lado, o presidente da Mesa, António Cerqueira, sugeriu que em projetos referentes a obras o executivo passasse a “apresentara os eleitos um croquis em vez de estar a fazer desenhos para que os presentes fiquem inteirados dos trabalhos a fazer”.

 

Aprovada revisão da tabela de taxas

O executivo submeteu uma proposta de revisão da tabela de taxas, sendo que as maiores alterações se prendem com as taxas a aplicar a feirantes e autocaravanistas.

Segundo o secretário da Junta, “uma das principais novidades diz respeito ao facto de os feirantes passarem a ficar isentos do pagamento da taxa de terrado a partir de agora – até aqui pagavam uma taxa, a qual, no entanto, nunca foi cobrada desde que o atual executivo assumiu funções. Esta é uma medida necessária para salvar a feira, porque a mesma está em vias de acabar. Para envolvermos os feirantes, vamos reunir com eles para que os mesmos se comprometam a arrumar o lixo todo no final da feira. Por outro lado, na sequência da proposta do deputado Albino Enes, ser-lhes-á pedido para reorganizar o espaço de modo a concentrar mais os feirantes para que nos dias de feira os residentes de Soajo fruam de algum espaço para estacionamento”, referiu Ivo Baptista. 

Um outro “ponto sensível” da tabela de taxas é relativo ao parque de autocaravanas: “desde que assumimos funções nunca cobrámos taxas e não temos ideia dos valores que estavam em prática, mas, a partir de agora, vamos passar a cobrar. Os autocaravanistas usufruem de um espaço engraçado com múltiplos serviços: casas de banho, deposição de lixo, esvaziamento das cassetes. Por tudo isto, achamos que os usuários devem pagar uma taxa: a nossa proposta é que nos dois primeiros dias haja lugar a um pagamento de 7 euros e, a partir do terceiro dia, 5 euros diariamente. Vamos colocar duas tabelas grandes para que os valores estejam bem visíveis”, adiantou o o secretário da Junta.

E como é que o processo vai ser operacionalizado? “Os autocaravanistas vão ter que se dirigir aos serviços administrativos da Junta para tirar um ticket e colocá-lo no vidro da autocaravana. O funcionário Jorge passará diariamente no parque para verificar quem tem o ticket, quem não o tiver será alertado para se deslocar à Junta no sentido de tirar o bilhete e pagar o respetivo valor. Se conseguirmos juntar algum dinheiro que nos permita contratar alguém da terra a meio tempo (quatro horas por dia) para tratar da limpeza das casas de banho, acho que será algo de muito positivo”, acalenta Ivo Baptista.

Por outro lado, “vai deixar de existir a taxa de 1 euro para primeiro registo de canídeos e gatídeos. Em relação aos registos seguintes, decidimos manter as taxas em vigor, sem prejuízo de fazermos futuramente uma alteração aos valores porque há montantes que não fazem muito sentido”, notou ainda o porta-voz do executivo.

Por fim, no que respeita a atestados e fotocópias, “a Junta vai manter os valores que estavam em vigor”.

Na dialética que se seguiu em toada de cordialidade o deputado Rui Araújo questionou o executivo sobre a cobrança de taxas aos autocaravanistas em dias de feira no mês de agosto, assim como as penalizações previstas para os que se recusarem a pagar. Em resposta, Ivo Baptista ressalvou que, “em dias de feira, não há condições para ter os feirantes e os autocaravanistas ao mesmo tempo no Campo da Feira”, pelo que naquele mês “será vedado o estacionamento aos autocaravanistas”.

Quanto à fiscalização, se algum autocaravanista se recusar a pagar, a única solução será chamar a GNR, que é quem tem de atuar”, completou o secretário da Junta, que, em nome da “transparência” se comprometeu a apresentar contas das receitas arrecadadas pela autarquia com as taxas consagradas à estação de serviço e pernoita de autocaravanas.

Por seu lado, o deputado Manuel Couto colocou objeções ao valor de licença a cobrar por um cão de caça (7,20 euros por ano), montante idêntico ao aplicado a caninos deraça perigosa (7,50 euros por ano). Concordando com estas observações, Ivo Baptista admitiu uma revisão destas licenças no próximo ano, tendo em consideração que, por exemplo, “a taxa paga por conta dos cães de caça é exagerada e absurda, basta dizer que em Ponte de Lima esta taxa é de 3 ou 4 euros”, comparou.

Colocada a votação, a proposta do executivo relativa à tabela de taxas foi aprovada por maioria, com quatro votos a favor (PSD) e três abstenções (PS).

Rui Araújo justificou a abstenção da oposição com a problemática das autocaravanas, “não pelo valor nominal aplicado, mas pela métrica a introduzir num espaço onde há uma sobreposição de funções no Campo da Feira, situação que tem de ser rapidamente resolvida”, avisou.

No entendimento do porta-voz dos socialistas, “só podemos taxar se salvaguardarmos a qualidade do serviço, ora o que acontece é que estamos a taxar e não estamos a garantir um bom serviço a quem ali fica, isso é evidente”, complementou Rui Araújo, que alertou ainda para o facto de não haver a distinção entre cães de caça e cães perigosos (ou potencialmente perigosos)”.

“Estas situações não justificam um voto contra, mas também não justificam um voto a favor, porque há aqui arestas a limar, daí a nossa abstenção”, concluiu Rui Araújo.

Assuntos de interesse da freguesia

No período de discussão dos assuntos de interesse para a freguesia, a exemplo do que já fizera em sessão anterior, o presidente da Junta endossou a matéria aos membros da Assembleia.

Fazendo uso da palavra, a deputada Rosalina Araújo exortou o executivo a pressionar a Direção do Agrupamento de Escolas de Valdevez e o Município para que sejam reforçados os recursos humanos afetos à Escola Básica/Jardim-de-infância de Soajo. Em resposta, o presidente da Junta garantiu que, segundo informação recebida, via sms, no passado dia 9 de setembro, “já está outra pessoa a trabalhar na escola a meio tempo (quatro horas) para fazer limpezas”, mas, segundo apurou o blogue, à data de 26 de setembro, tal promessa estava por concretizar.

A propósito do abaixo-assinado em que se apela à abolição do estacionamento e à proteção do Pelourinho, a mesma deputada ressalvou que “a tolerância deve ser zero para os prevaricadores, porque há sinalética devidamente homologada e legalizada, pelo que os sinais devem ser respeitados. A Junta de Freguesia é a autoridade local, por essa razão, tem de fazer respeitar o seu poder. Não assinei o abaixo-assinado porque o mesmo não é dirigido à autoridade local”.

Questionado sobre se subscreveu o abaixo-assinado como cidadão ou como presidente da Junta, Alexandre Gomes respondeu que assinou o documento na qualidade de “cidadão”, acrescentando que “muitas das transgressões cometidas em agosto no Largo do Eiró foram objeto de multas, mas só agora é que as coimas estão a ser processadas, por isso, as pessoas apenas serão notificadas no próximo mês de novembro”.

Um outro assunto suscitado pela deputada eleita nas listas do PS prendeu-se com o património típico do mundo rural. “Nestes últimos anos, as pessoas deixaram de dar valor às ramadas e às latas, inclusive o último executivo aconselhava as pessoas a retirar este tipo de construções antigas, a título de exemplo, a da Fonte de Bairros, bastante emblemática, foi removida. Felizmente quem a tirou, guardou as armações todas, e a casa foi adquirida por outra pessoa, a qual está na total disposição de repor essa ramada, não havendo nenhuma intenção de fazer nada em espaço público à revelia da autarquia”, ressalvou Rosalina Araújo, insistindo na necessidade de “preservar o património histórico-cultural característico de Soajo”.

Em resposta, o presidente da Junta de Freguesia mostrou abertura para proceder à reposição da ramada, mas defendeu que a matéria devia ir a votação (posição secundada pelo presidente da Assembleia), “porque há que ver se as outras pessoas também não querem repor as ramadas removidas, não sei se alguma foi tirada por vontade própria ou por obrigação. O direito é igual para todos. Estamos disponíveis para falar com as pessoas”, reafirmou Alexandre Gomes.

Já o deputado Rui Araújo convidou o executivo a refletir sobre as palavras proferidas na Assembleia de julho passado pela cidadã Luísa Cunha, segundo a qual “os jovens do executivo são uma desilusão”. Para o deputado eleito nas listas do PS, apesar de haver “situações que foram melhoradas, como a relação muito mais saudável e construtiva com os Baldios, os principais problemas que existiam à data de tomada de posse mantêm-se ainda hoje, veja-se o estaleiro de camiões e tratores de construção civil em que se transformou o Largo do Eiró”, apontou. O mesmo deputado denunciou “um caso de entulho despejado Atrás de Outeiro”, cujo infrator já foi identificado.

Também Estrela Ribeiro denunciou a existência de entulho (restos de obras) no lugar de Adrão (junto ao cemitério no lugar de Adrão e num largo próximo do Senhor da Paz). A 2.ª secretária da Mesa comunicou, igualmente, a falta de água em casa de vários residentes no referido lugar em virtude de um tanque/reservatório, nas proximidades do rio, “estar a verter água”.

Período destinado ao público

No período destinado ao público, Filipa Correia informou os presentes que, no arranque do ano escolar, o professor Jorge Gomes (Joca), membro da Direção (adjunto da diretora) do Agrupamento, comunicou aos pais e encarregados de educação que, em relação aos assistentes operacionais, “o ano escolar ia começar da mesma maneira do que o do ano letivo transato”. A referida cidadã recomendou, por outro lado, que em futuras visitas de estudo fossem salvaguardadas as questões de segurança das crianças.

Por seu turno, Virgílio Araújo sugeriu que “a questão do estacionamento das autocaravanas em dias de feira se resolve com a colocação de um sinal a proibir o parqueamento dentro de um horário estabelecido (das 5.00 às 18.00, como em França), colocando a devida sinalética, não sendo preciso o funcionário da Junta rondar as autocaravanas em dias de feira”.

Noutro plano, Virgílio Araújo exortou a Junta de Freguesia “a adjudicar obras a empresas com seguros para precaver situações em que há negligência dos trabalhos executados pelas construtoras”.

Com mais de quatro anos de atraso em relação ao plano delineado primitivamente, o Parque Biológico do Mezio (PBM) foi, por fim, inaugurado no passado dia 15 de setembro. Na sessão pública de inauguração, ato presidido pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas, João Paulo Catarino, foi destacada a mais-valia deste equipamento em termos de “atratividade” para este território flagelado pelo despovoamento populacional. O novo equipamento resulta de um investimento avultado do Município (mais de 500 mil euros), sendo certo que uma parte do financiamento também proveio do POSEUR e dos fundos da Comissão de Coordenação.

Depois de recordar alguns dos desafios e vicissitudes que diferiram a abertura do equipamento (pedido de permissão para deter espécies cinegéticas em cativeiro, inscrição do PBM no Registo Nacional de Parques Zoológicos e título de proprietário de exploração agrícola), o coordenador da ARDAL sublinhou que “este é um projeto interessante e distinto na medida em que vai criar uma maior atratividade à Porta do Mezio, constituindo-se ainda como um espaço de promoção da natureza e de conservação das espécies, trabalho que iremos fazer com toda a certeza”, comprometeu-se Pedro Teixeira, que classificou o projeto recém-inaugurado como o “mais desafiador e motivador” da sua carreira.

Na sessão pública que encheu o auditório da Porta do Mezio o presidente da Câmara Municipal insistiu na ideia de que o equipamento é, antes de mais, “um grande projeto de educação ambiental, porque permite entrar em contacto com a natureza, possibilitando ao visitante aumentar o seu conhecimento em termos de flora e fauna, ao mesmo tempo que ajuda a comunidade em geral a perceber o rico património natural e cultural que há nesta área protegida, algo irá ter impacto do ponto de vista do desenvolvimento socioeconómico, enquanto gerador de emprego e criador de rendimento”, justificou João Manuel Esteves.

Já o secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas reconheceu que o equipamento recém-aberto “é mais um ativo diferenciador para o Parque Nacional (PN), indo, obviamente, acrescentar valor à Porta do Mezio”.

Perguntado sobre o que mais gostou na visita guiada ao PBM, João Paulo Catarino respondeu diplomaticamente – “sou um apaixonado pelo PN, mas confesso que prefiro ver as espécies ao ar livre e não tanto em cativeiro” –, optando, antes, por colocar a questão ao contrário, para dizer que a “a espécie de que menos gostei foi a águia, porque sou do Sporting”, gracejou o governante.  

Visita ao parque zoológico

Dando cumprimento ao Plano Operacional de Gestão da Porta do Mezio, o PBM recria o habitat natural das respetivas espécies: cada animal dispõe de um espaço de cercado ou gaiola, com estruturas de alojamento e abrigo, comedouro e bebedouro, além de vegetação própria. Mas o PBM incorpora, igualmente, uma componente de flora, através de uma exposição de plantas autóctones, cujo número ascende a meia centena.

O parque zoológico, principal ponto de interesse, reúne 22 espécies de animais, num espaço que foi construído para “funcionar como quinta pedagógica”, em respeito pelas “regras de bem-estar animal”. Apesar das restrições existentes (o lobo-ibérico não pode ficar em cativeiro, mas há uma área a ele consagrada com recriação do covil e de um casal, da famosa subespécie em “perigo” de extinção, com lixo encontrado na natureza), o espaço oferece várias atrações à visitação, dos animais domésticos (cão sabujo) aos selvagens (javali, veado…), dos animais de quinta (vacas de raças cachena, barrosã e minhota, cavalo garrano, burro mirandês…) aos suínos (porco bísaro), sem esquecer algumas aves de rapina (águia, açor…) e aquáticas (pato-real). Ao invés, falta alojar no parque biológico, único na área do PN, os mamíferos de pequeno porte (fuinha, doninha…).

De referir que os animais não foram tirados à natureza: os domésticos provieram de proprietários da região, enquanto os selvagens são oriundos de outros parques biológicos (de Lamego, sobretudo), “estando todos familiarizados com esta tipologia de habitat”, salvaguardou Pedro Teixeira. Já as aves transitaram do Centro de Recuperação de Castelo Branco, devendo esta semana dar entrada mais três espécies avícolas no parque zoológico.

Da infraestrutura fazem ainda parte um posto veterinário, um bloco de apoio e um espaço isolado (quarentena), de acesso restrito, onde os animais oriundos de outros centros serão acolhidos para facilitar e acelerar a sua adaptação.

A visita, que pode ser compartimentada em três etapas (fruição da flora, espaço para interpretar o património natural e cultural com recurso às novas tecnologias e observação da fauna), está sujeita ao pagamento de um valor considerado “simbólico”, mas determinados públicos deverão ficar isentos.

Com considerável atraso (mais de quatro anos) em relação ao plano gizado inicialmente, o Parque Biológico do Mezio (Soajo) vai ser inaugurado no próximo dia 15 de setembro. O ato será presidido pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, Paulo Catarino.

Segundo o Plano Operacional de Gestão, o Parque Biológico vai recriar o habitat natural das respetivas espécies, indo cada animal dispor de um espaço de cercado ou gaiola, com estruturas de alojamento e abrigo, comedouro e bebedouro, e de vegetação própria.

O equipamento, na sua fase de pleno funcionamento, reunirá perto de trinta espécies de animais autóctones, num espaço que foi construído para “funcionar como quinta pedagógica”, em respeito pelas “regras de bem-estar animal”. Apesar das restrições existentes (o lobo-ibérico não poderá ficar em cativeiro), o Parque Biológico terá diversas atrações à visitação, dos animais selvagens (javali, raposa, cabra-montês…) aos animais de quinta (vacas de raças cachena, barrosã e minhota, cavalo garrano…), dos suínos (porco bísaro) aos mamíferos de pequeno porte (fuinha, doninha…), sem esquecer algumas aves de rapina e aquáticas (pato-real) ou os galináceos (galinha preta, galinha amarela e pedrês).

Da infraestrutura farão ainda parte um posto veterinário, um bloco de apoio e um espaço isolado (quarentena), de acesso restrito, onde os animais oriundos de outros locais serão acolhidos para facilitar a sua adaptação.

De acordo com o apurado pelo blogue Soajo em Notícia, os animais selvagens provirão de centros de recuperação.

As Festas da Vila de Soajo terminaram com chave de ouro no dia 15 de agosto, Feriado Nacional de Assunção de Nossa Senhora. Primeiro, com a igreja mais ou menos composta de fiéis para a missa solene, celebrada pelo pároco, padre Custódio Branco, seguida de procissão, em honra de Nossa Senhora das Dores, com participação de muitos elementos juvenis. Depois, à noite, com a apresentação do projeto musical, criado de raiz (e só) para este momento, pela banda bracarense ‘Mão Morta’ e pelo grupo ‘As Fiadeiras de Soajo’, além do tradicional festival folclórico.

Antes do dia principal, de 12 a 14 de agosto, o cartaz das festas aliou as atividades tradicionais (torneio de sueca, petanca, rusgas, bombos e encontro de tocadores de concertina) à programação litúrgica, com as concorridas missas e procissões de velas, em veneração das imagens dos santos. Mas o ponto alto para os devotos ficou reservado para o dia 15 com a procissão em honra de Nossa Senhora das Dores a percorrer o itinerário habitual. Na dianteira do longo cortejo, com muitos figurados, lá estavam os cavaleiros e a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários, seguidos de Rancho Folclórico das Camponesas da Casa do Povo da Vila de Soajo, estandartes, andores, pálio (segurado pelos festeiros do próximo ano) e, na cauda, o imenso grupo de devotos, com as mulheres a entoarem cânticos pelos caminhos, em sinal de veneração. Como de costume, novos e velhos, residentes e emigrantes, turistas e simples curiosos, entre outros, acompanham devotadamente a procissão e, no regresso ao templo, voltam a rezar, com a “guarda de honra” a ser feita pelos elementos do Rancho Folclórico das Camponesas da Vila de Soajo.

Também a componente de animação assinalou o derradeiro dia de festividades. O expoente máximo foi o espetáculo polifónico que emparceirou a banda de Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta) e o grupo ‘As Fiadeiras de Soajo’, bem como o folclore com a participação de três ranchos (Camponesas da Vila de Soajo, Vilarinho das Quartas e Academia de Dança e Música Tradicional de Caminha e Vilarelho).

E, como acontece em qualquer localidade do Alto Minho na altura do estio, mais ainda na ressaca de dois verões de fortes restrições, nestes quatro dias de romaria reinaram os (re)encontros e os abraços entre conterrâneos, gestos que alimentam o sentimento de pertença à Terra.

Compuseram este ano a comissão de festas Fábio Alves, Frederico Oliveira, Ivo Baptista, Manuel Casanova e Tiago Brito. Entretanto, a do ano que vem será constituída por Albino Moreira de Brito, António Joaquim Barreira Gomes, Cristina Gomes, João Gomes Pereira e José Moreira.