Uma “rusga” que a Guarda Nacional Republicana (GNR) realizou a estabelecimentos comerciais da vila de Soajo no passado dia 16 de janeiro causou grande alvoroço na comunidade local, mas a ação inseriu-se na tipologia de operações que aquela força policial habitualmente leva a cabo.
“A GNR está particularmente atenta ao local identificado e às demais freguesias do concelho dos Arcos de Valdevez e, nesse sentido, o policiamento tem sido assegurado quer pelos militares do Posto Territorial, quer pelo empenhamento de outras valências da Guarda, em ações coordenadas de patrulhamento, fiscalização e sensibilização, promovendo, assim, a visibilidade e segurança pública e procedendo à investigação dos crimes sob a direção da autoridade judiciária”, disse a major Mafalda Gomes de Almeida, chefe da Divisão de Comunicação e Relações Públicas.
Segundo apurou o blogue Soajo em Notícia, naquela operação realizada em meados de janeiro em Soajo, a chuva torrencial provocou uma mudança de planos da GNR. Esta força de segurança tinha como objetivo primordial fazer uma operação na Avenida 25 de Abril (artéria principal da vila de Soajo), de modo a fiscalizar o tráfego, mas, devido ao mau tempo, os militares optaram, em alternativa, por inspecionar alguns estabelecimentos comerciais, a exemplo do que já tinham feito no mês de outubro, do ano findo, quando examinaram praticamente todos os espaços comerciais da vila de Arcos de Valdevez.
Aliás, a GNR só não vai mais vezes a Soajo e a outras freguesias de Arcos de Valdevez em virtude de não dispor de efetivo disponível para poder aumentar a fiscalização fora da sede do concelho, mas, apesar disso, é muito provável que as autoridades voltem ao “coração” do Parque Nacional (PN) a muito curto prazo, se é que já não o fizeram, para verificar se aquela ação teve algum efeito ou se, pelo contrário, as pessoas ignoraram a presença dos militares da Guarda.
Num âmbito mais alargado, “a GNR, diariamente, desenvolve, na área do PN, patrulhamento, fiscalização e sensibilização que visam a prevenção criminal; a proteção de pessoas e bens com especial incidência na população vulnerável; a proteção e preservação do património florestal; bem como a segurança rodoviária”, refere a chefe da Divisão de Comunicação e Relações Públicas.
Infrações detetadas
De 1 a 25 de janeiro de 2023, “foram levantados, pela GNR, quatro autos de contraordenação relativos a ações de fiscalização em estabelecimentos comerciais e 12 autos de contraordenação por infrações ao Código da Estrada, sendo a transgressão mais verificada a de estacionamento indevido, nomeadamente no Largo do Eiró (Soajo)”, aponta a major Mafalda Gomes de Almeida.
Embora seja proibido o estacionamento no Largo do Eiró, conforme estabelece a sinalética implantada no local, é frequente ver a praça repleta de carros estacionados. Por isso, tem “chovido” denúncias no quartel da GNR por abusos reiterados de condutores que estacionam as suas viaturas no Largo do Eiró, não obstante no Campo da Feira (a menos de 250 metros) sobrar espaço para estacionamento, exceto nos meses de verão, devido à grande comunidade soajeira de emigrantes que vem passar férias no torrão natal.