A muito curto prazo, a Câmara Municipal vai apresentar um projeto de ampliação da rede de fibra ótica para zonas onde esta é ainda muito deficitária, caso de Soajo.
Segundo o edil João Manuel Esteves, “será feita uma proposta no sentido de reforçarmos a fibra ótica na vila de Soajo, sendo também nosso objetivo estender o cabo a todas as freguesias, para assim reduzir o custo de acessibilidade” à tecnologia de transmissão de dados em alta velocidade.
Tendo em conta as fragilidades identificadas nos sistemas de comunicações, a Câmara solicitou ao presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) o “máximo empenho naquilo que diz respeito ao aumento de cobertura por parte dos operadores das telecomunicações móveis, assim como da necessidade de serem encontradas formas mais expeditas para expansão da rede de fibra ótica, porque defendemos equidade e equilíbrio para territórios como Arcos de Valdevez, não só por razões de economia e de turismo, mas também com a própria vida das pessoas, desde logo em matéria de Proteção Civil”, sustenta João Manuel Esteves.
Entretanto, à Câmara foi aprovada a candidatura “Wi-fi4all”, no âmbito de uma iniciativa em curso no espaço da União Europeia (UE), prevendo um apoio de 15 mil euros. “Trata-se de um valor simbólico, é certo, mas passámos a fazer parte da rede dos vários municípios da UE”, diz o presidente da edilidade arcuense, que se compromete a implementar, quanto antes, o projeto com o intuito de “alargar a rede wi-fi a determinadas zonas”.
“A informação que tenho é que a candidatura tem um prazo de dois anos para execução, mas queremos antecipar, até numa perspetiva de interligação com a fibra ótica, sendo que esta candidatura também engloba o reforço da rede wi-fi na vila de Soajo”.
Migração da TDT
Anuncia-se para 2020 um processo de migração das emissões de TV Digital Terrestre (TDT) para Portugal Continental, plano que “obriga à ressintonização [de frequências] dos aparelhos. A pensar nisso, a Câmara Municipal, reunida no passado dia 25 de outubro, ratificou o protocolo celebrado com o Instituto de Comunicações de Portugal – ANACOM, com o objetivo de colaborar nesse processo de migração.
Em causa está a alteração da faixa de frequências em que a TDT é transmitida para que as faixas passem a ser disponibilizadas no 5G. “A ideia é que o Município, numa atitude colaborativa, preste o máximo de informação e apoio para que as pessoas, sem quaisquer custos [sem terem de trocar a televisão nem de descodificador TDT, vulgo Box], possam fazer a migração da rede de TDT”, explica o presidente da Câmara. Por seu lado, segundo a ANACOM, também “não será necessário reorientar as antenas de TV para captar os novos canais da TDT”.