Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

6.JPG

A Assembleia de Freguesia de Soajo, reunida no passado dia 24 de junho, decorreu, uma vez mais, sob o signo da polémica e da desordem. Na ausência de Manuela Jorge, a reunião foi secretariada por Cristina Martinho (que é secretária da Junta e não da Assembleia) e, só por interpelação do público, é que o Executivo esclareceu alguns assuntos mal explicados no desenrolar dos trabalhos.

A sessão – na qual foi anunciado, pelo presidente da Junta, um gasto de 922 euros, em honorários, por conta do advogado contratado para recuperação das “atas levadas pela secretária Cristina Martinho” – começou praticamente com uma “nota explicativa”, um pouco atabalhoada, lida pelo autarca Manuel Gomes Capela, para, pretensamente, aclarar a questão que ficara por esclarecer, na reunião do passado dia 1 de abril, relativa a um subsídio concedido à Fábrica da Igreja Paroquial de Soajo.

“A Junta entregou um donativo de 1500 euros à Fabriqueira de Soajo, atribuiu um apoio de 150 euros à Comissão de Festas de Soajo e deu três cheques de 50 euros cada às comissões de festas na freguesia, o que perfaz 1800 euros”, disse Manuel Gomes Capela.

1.JPG

2 (1).JPG

 

Transferência de artigos da Junta para os Baldios

Dos vários temas suscitados nesta Assembleia de Freguesia, faz-se, a seguir, uma resenha esquemática, para uma mais fácil perceção dos leitores do blogue.

O principal ponto da Ordem de Trabalhos disse respeito à transferência de artigos pertencentes à Junta de Freguesia para a Assembleia de Compartes dos Baldios de Soajo.

Sobre este assunto, que devia ter sido resolvido há dois anos, foi adiada uma deliberação para uma reunião posterior, tendo ficado consensualizado que a lista dos 175 artigos rústicos fosse entregue aos eleitos da Assembleia para que o processo prossiga segundo os trâmites legais.

“Temos de ter duas atas, uma delas da Assembleia de Freguesia de Soajo a declarar que esta tomou conhecimento e que aceita transferir todo o artigo enumerado, um a um, para o n.º de contribuinte da Assembleia de Compartes, e esta, por sua vez, promoverá uma Assembleia onde recebe [os artigos] um a um”, salientou Cristina Martinho, que é, simultaneamente, secretária da Junta de Freguesia e presidente do Conselho Diretivo dos Baldios da Freguesia de Soajo.

 

Lavadouro da Casa do Povo

Após anos e anos de inércia, foram feitos, recentemente, trabalhos de limpeza do tanque do lavadouro público. Mas, em vez da reposição da cobertura, devidamente recuperada, tal como o projeto original determinava, ao que parece, vai avançar (ou, pelo menos, está a ser pensada) uma construção insólita.  

A polémica foi levantada no período destinado ao público pela soajeira Rosalina Araújo e foi aí que o tesoureiro sentiu necessidade de aprofundar esta alteração na empreitada.

“A obra de limpeza, remoção do telhado e substituição deste está orçada em 4-5 mil euros. Achamos que, com mais 3 mil euros, se pode fazer o acrescento de um andar para lá instalar um espaço de venda (de artesanato ou de hortaliça)”, explicou Lourenço Couto, que pretende dar outra funcionalidade ao tanque.

Só que este “equipamento” suscita várias perplexidades. A deputada Sandra Barreira referiu que este andar vai “descaracterizar” a área e alguns soajeiros da plateia “chumbaram” a obra por três ordens de razões em particular.

Primeiro, por violar o projeto aprovado em sede de Assembleia de Freguesia. Segundo, por atentar contra um património que sempre funcionou no centro da vila como lavadouro público. Terceiro, por ir duplicar o papel da Loja Interativa de Turismo, no qual está previsto um posto de venda de artesanato.

Com estes raciocínios desfavoráveis em cima da mesa, o presidente da Junta, na resposta, argumentou que o projeto em causa “se tratava apenas de uma ideia”, enquanto o tesoureiro deixou todas as hipóteses em aberto.

9.JPG

 

Obras no cemitério e arranjos nas imediações

Foram despendidos cerca de 12 mil euros nas obras executadas no cemitério de Soajo (vila) e nas imediações deste.

“Pelo passeio no cemitério e pelas duas sepulturas (com duas funduras), foi gasto um total de 1790 euros”, precisou Manuel Gomes Capela.

Já o Caminho da Gandarela implicou um investimento de 7765,50 euros, sendo que os acabamentos fronteiros ao cemitério – “marcações do parque”, “pedaços de calceta” e “arranjos de embelezamento” – ficaram orçados em 2472 euros (sem IVA).

Da plateia, foi perguntado se “não era uma verba exorbitante”, mas a Junta refugiou-se nos orçamentos solicitados.

7.JPG

8.JPG 

Contratação de uma empresa para limpeza

“A primeira volta de limpeza da freguesia, incluindo cemitérios, já correu os lugares todos”, disse o presidente da Junta. Mas, segundo Sandra Barreira, “não há sinais de que a limpeza tenha sido feita”.

Com ou sem limpeza, Manuel Gomes Capela acrescentou que “a segunda limpeza, a última de 2017, devido à vegetação seca, será efetuada em julho”. 

 

Feira das Artes e Ofícios Tradicionais (FAOT) de Soajo

Não foi dito nesta Assembleia de Freguesia, mas o plano inicial da ARDAL previa que a FAOT se realizasse apenas no fim de semana de 22 e 23 de julho, sendo que, por razões não apuradas, a organização acabou por rever o calendário do evento, que, deste modo, começa no dia 21 de julho, seguindo o modelo anterior de três dias (ou quase, porque a abertura é sexta-feira de tarde).

A pensar nesta realização, só muito recentemente foi promovida uma reunião na qual “se falou da organização e da distribuição de tarefas”, vincou o presidente da Junta, que, disse, estava a contar com esta reunião “muito mais cedo”.

Pela positiva, e ao contrário do que era prática corrente, este ano, “quem quiser montar um stand, não paga nada”, informou Cristina Martinho. 

 

Limpeza de fontenários

A deputada Sandra Barreira elogiou o trabalho de limpeza que está a ser feito nos fontenários.

Na resposta, o presidente da Junta disse que se ia “fazendo alguma coisa dentro das possibilidades”, mas alegou que “a falta de pessoal não permitia ir tão depressa, nem a todos os sítios, como a Junta bem queria”, desculpando-se, ainda, com “uma pessoa que é muito vagarosa, a quem não de pode dizer nada, porque, se alguém lhe diz alguma coisa, acaba por não fazer nada”, atirou Manuel Gomes Capelas, numa declaração nada diplomática para a colaboradora visada.

 

Obra de Vilar de Suente

A obra à entrada do lugar de Vilar de Suente continua num impasse e, por perto, descompondo ainda mais o cenário, já bastante inestético, estão depositadas pedras para impedir a deposição de entulho de obras.

“Tudo aquilo devia ser arranjado e embelezado, dignificando a entrada de Vilar, além dos necessários trabalhos de escavação para melhorar a visibilidade da curva”, exortou Virgílio Barreira, presente na sala.

Entretanto, segundo preconizou Sandra Barreira, “é importante arranjar uma solução rápida, já alguém sugeriu a colocação de redes (idênticas às que se veem nas autoestradas) para evitar o desabamento de pedras para a via pública”.

À parte estas necessidades, o presidente da Junta disse que estão identificadas outras obras, nomeadamente “a construção de uma valeta segura e, se possível, o arranjo da calceta que vem de Vilar para cima”.

5.JPG

4.JPG

“Novela das placas identificativas à entrada da vila de Soajo”

As placas com o selo “Aldeias de Portugal” não foram providenciadas pela Junta de Freguesia. Quem o garantiu foi o presidente da Junta.

“As placas apareceram simplesmente lá, não pedi nem autorizei estas placas”, assegura Manuel Gomes Capela.

Segundo apurou o blogue, as placas foram “plantadas” pela ADRIL enquanto entidade promotora do programa “Aldeias de Portugal” neste território.

A propósito da toponímia, foi, ainda, solicitado que as placas, supostamente levadas para reparação, tenham um desenho renovado e adaptado, com brasão inscrito e devidamente enquadradas na paisagem.

“Temos de investir no embrulho para vender melhor Soajo, pelo que limpar as placas à entrada de Soajo é o mínimo”, sustentou Sandra Barreira, enquanto, da assistência, foi pedida a colocação de placas à entrada da freguesia de Soajo, nomeadamente nos espaços-fronteira com Gavieira, Ermelo, Cabana Maior, Lindoso e Britelo.

Placas à parte, o soajeiro Jorge Lage voltou a reclamar anuência da Junta para colocação de faixas (com o dizer “Soajo”) no Mezio.

Toponímia

Cristina Martinho assumiu uma evidência que não vai ser “corrigida” este mandato.

“A toponímia está uma vergonha em Soajo, não existe em lado nenhum uma coisa assim… Tem de ser toda retificada… Há, por exemplo, na freguesia, sete caminhos do Sacramento”, criticou a secretária da Junta.

2 comentários

Comentar post