No dia 31 de outubro de 2016, a albufeira de Soajo/Alto Lindoso, por comparação com a média histórica de armazenamento no referido mês, apresentava uma descida do volume armazenado, segundo a monitorização feita pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
Das sessenta albufeiras monitorizadas, a de Soajo/Alto Lindoso, com uma disponibilidade hídrica de 37,9%, à data de 31 de outubro de 2016, é uma das seis com mais baixo nível de armazenamento em relação à sua capacidade total.
Nesta barragem da bacia do Lima, a disponibilidade hídrica de outubro apresentou-se bastante inferior à média de armazenamento no último ano hidrológico, período durante o qual o volume médio de armazenamento foi de 57,9%, de acordo com o SNIRH.
Fruto de um verão extremamente seco e de um outono pouco chuvoso, a principal hidroelétrica nacional tem vindo a baixar acentuadamente o seu nível de armazenamento nos últimos meses.
Para se ter uma ideia do diferencial em relação a tempos recentes, basta referir que a referida albufeira, em maio de 2016, havia atingido 95% da sua capacidade máxima.
Mistura de sentimentos na Várzea
Com uma reserva hídrica tão baixa (que, no entanto, não é inédita, deve dizer-se), há lugares cujas “memórias submersas” ficam a descoberto. É o caso da Várzea, onde o património agora “destapado” – constituído por pardieiros, socalcos e antigas veigas – encerra uma mistura de sentimentos para os nativos, com sensações contraditórias de encantamento e de tristeza.
Fotos da Várzea: Manuela Jorge