O São João voltou a ser uma festa de arromba na Casa do Povo de Soajo. Aqui, como de costume, o ponto alto foi o convívio à mesa. Mas a concertina e o bailarico também não faltaram no passado sábado, 23 de junho.
Contra o que dita a tradição, este ano não houve arco outra vez, apenas enfeites e alguns acessórios a decorar o espaço. Várias pessoas repararam nisso e nas redes sociais os emigrantes logo perguntam pelo arco esquecido que não se via em foto nenhuma…
Entretanto, perto das 19.00, o carvão arde nos fogareiros para as sardinhas frescas que foram pescadas na costa de Peniche (custaram 325 euros os cerca de 45 quilos de peixe). Os comensais chegam a conta-gotas e vão-se sentando. Numa volta pelas mesas, predomina a alegria entre as pessoas que vêm para comer, beber e conversar (algumas para dançar também). Aguardam pelas travessas de sardinhas que, segundo os peritos, já estão no ponto este ano, embora possam ficar ainda maiores nos próximos meses (há limitações na sua captura de 21 de maio a 31 de julho).
Na “sala” ao ar livre, com poucos lugares vagos, o bulício é grande nas mais de vinte mesas que acomodam cerca de 150 pessoas (houve quem dissesse que comia mais sardinhas…). Nas grelhas assam-se, agora, as barriguinhas e a azáfama é cada vez maior.
No meio da degustação dos petiscos e do caldo-verde, recortam-se e distribuem-se rifas pelos interessados em ajudar a custear os comes e bebes. Desta feita, a sorte sorriu a Félix Fernandes (de Cunhas), que levou para casa um presunto.
A noite cai. Aproxima-se o arraial. O bailarico há de ser, como quase sempre, improvisado – os cantares e as danças, ao som das concertinas, tomam conta do recinto.
Daqui a um ano, volta a festejar-se o S. João…