Floreiras retiradas do Largo do Eiró
Setenta e duas horas depois de a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez ter decidido não executar o projeto da obra de requalificação urbana e paisagística do Largo do Eiró, está em curso a operação de retirada das floreiras que, há duas semanas, cercavam a “sala de visitas” de Soajo. Antes disso, já tinha sido colocada sinalética vertical proibindo a circulação automóvel no Largo do Eiró, exceção feita a moradores, transportes escolares, cargas e descargas.
Falhado o projeto do arranjo e com o Largo do Eiró livre das estruturas (as quais deixaram muitas marcas de “ferrugem” no sarapintado lajeado), encerra-se, de vez, a empreitada, cabendo, agora, aos serviços municipais acertarem com o empreiteiro o processo do ponto de vista administrativo e financeiro, com a assunção dos encargos daí decorrentes para os cofres da edilidade arcuense.
Em relação ao destino a dar ao material (aço corten), foi deliberado pela Câmara que os Serviços de Planeamento e Urbanismo da Câmara apresentassem propostas para arranjos urbanísticos no centro histórico de Arcos de Valdevez, bem como nalgumas freguesias do concelho, com o objetivo de ser feito um reaproveitamento das floreiras retiradas de Soajo, adequando-se o equipamento aos espaços a embelezar. Apesar de o investimento se destinar a Soajo, pela vereação municipal, não foi considerado, porém, qualquer direito de preferência a conceder aos lugares de Soajo, faltando saber se o executivo da Junta solicitou ou não esta possibilidade na reunião havida na semana passada.
Entretanto, segundo o presidente da Assembleia de Freguesia, António Enes Domingues, será realizada no próximo sábado, 14 de dezembro (pelas 17.00), uma Assembleia extraordinária, conforme resolução do órgão deliberativo no passado dia 30 de novembro.
Mas, devido às recentes resoluções da Câmara, que, em rigor, não tiveram em devida consideração as deliberações dos eleitos de Soajo nessa sessão de fim de novembro, esta Assembleia extraordinária já não servirá para discutir um novo projeto de arranjo do Largo, originalmente o objeto de sua convocação, pelo que, em tese, será uma reunião inconsequente e esvaziada de funções, frustrando as expetativas daqueles que ainda aguardavam uma solução intermédia, e o mais possível consensual, para o Largo do Eiró.