Sob interpelação da deputada municipal Sandra Barreira (CDU), o presidente da Câmara, João Manuel Esteves, informou o plenário da Assembleia Municipal, no passado dia 25 de novembro, que “a Câmara não tem nenhuma ligação ao processo do Hotel do Mezio, seja formal ou informalmente”, acrescentando que “a edilidade não foi diretamente envolvida nas questiúnculas, apenas se limitou a licenciar o empreendimento”, inaugurado em 2015.

Encerrado desde agosto de 2017, o Hotel do Mezio devia ter sido licitado em maio de 2018, mas uma ação interposta na altura pelos Baldios do Soajo travou o procedimento, sendo que em tempos recentes foram feitas novas diligências no sentido de sanar o impasse.

“Falei várias vezes com as entidades, sei que o processo – depois de inúmeras deambulações jurídico-administrativas que provocaram uma dilação de prazos – está numa nova fase. De acordo com os contactos que fiz com o administrador de falência, está em curso a retoma do processo de hasta pública para regularização dos créditos, […] sendo que a Câmara é uma das credoras”, informou o presidente do Município.

“Vamos ver no que isso dá, já tive oportunidade de falar com o Turismo de Portugal no sentido de mobilizar investidores na área do turismo de modo a gerar uma rede para que a unidade hoteleira passe a funcionar efetivamente”, sublinhou o autarca social-democrata.

Apesar das vicissitudes, o presidente da Câmara é de opinião que “o projeto continua a ser uma mais-valia por ser uma oferta diferenciadora num sítio de excelência e, neste sentido, seria muito importante que o Hotel do Mezio voltasse a abrir portas, até porque estamos a criar um grande foco em torno da Porta do Mezio”.