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Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

Soajo em Notícia

Este blogue pretende ser uma “janela” da Terra para o mundo. Surgiu com a motivação de dar notícias atualizadas de Soajo. Dinamizado por Rosalina Araújo e Armando Brito. Leia-o e divulgue-o.

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Foi inaugurada, no passado dia 20 de agosto, uma estátua ao cão sabujo e aos seus cuidadores, que têm agora um “marco” no Campo da Feira de Soajo. Por iniciativa de Jorge Lage, fica retratada a identidade e a essência do cão como “animal de gado e de caça”. Ao todo, em Soajo, existem cerca de quarenta exemplares desta raça.

Depois de descerrada a bandeira de Soajo, e na presença de numeroso público, o bispo emérito de S. Tomé e Príncipe, D. Abílio Ribas, afirmou ser esta “inauguração muito especial, pois, na nossa sociedade, os cães exerceram sempre uma ação muito benéfica na pecuária e na economia.”

Seguidamente, fora as palavras de circunstância nos tradicionais discursos da praxe, parcialmente reproduzidos abaixo, desta cerimónia sobrou o desafio que o edil João Manuel Esteves lançou ao mentor da iniciativa visando o registo ulterior da raça.

“É preciso que o senhor Jorge Lage, com todo o manancial de informação que dispõe, compile os documentos e passe tudo a escrito para que seja possível avançar com o registo do cão sabujo”, exortou o presidente da Câmara, que, noutro âmbito, apelou ao esforço coletivo para “entregar aos vindouros a serra tal como a recebemos.”

Na resposta, Jorge Lage garantiu ir “satisfazer o pedido do senhor presidente [reunindo a muita informação dispersa]”, mas aproveitou o ensejo para recuperar um velho “cavalo de batalha.”

“A minha alma não fica satisfeita quando entro no Mezio e vejo lá o mapa que tem a serra de Soajo, ainda que parcialmente, e nos digam que estou na Peneda. A serra ardeu em termos de árvores, mas o nome da nossa serra está, praticamente, mutilado também. Por isso peço ao senhor presidente da Câmara que envide esforços e nos ajude, junto das instâncias superiores, para que Soajo venha a figurar no nome do Parque Nacional”, encorajou Lage.

E, no mesmo tom, concluiu: “Que essa correção seja feita, porque, caso contrário, há soajeiros dispostos a fazer guerra de fome, […] porque a Soajo assiste a justiça de que tudo o que tem sido feito está errado e, quando temos a certeza de que as coisas são injustas, não temos medo de avançar contra os canhões.”

 

Jorge Lage: “O sabujo é a matriz de muitos cães portugueses”

“O cão sabujo da serra de Soajo – ‘sabujo’ porque é de caça grossa, e ‘serra de Soajo’ porque é a que fica entre os rios Minho e Lima – tem a particularidade de ser o cão que Soajo entregava aos reis de Portugal. Não é um cão qualquer, é, praticamente, a matriz de muitos cães portugueses.”

“O cão de Soajo, pela sua robustez e valentia, era muito utilizado, fundamentalmente, para prender as feras ou caça grossa, nomeadamente o javali.”

“Dizem que o sabujo não é um cão de gado, mas, efetivamente, também é de gado, pois há muitos documentos de Soajo que o demonstram.”

“Será documentado nos próximos tempos como o cão sabujo é de caça e de gado e como não há documentos mais antigos que os de Soajo. Assim, será devidamente fundamentado que Soajo tem razão em defender aquilo que, ao longo de séculos, lhe permitiu não pagar impostos, não prestar serviço militar, poder vender os seus gados para Espanha e dispensar os soajeiros de trabalharem em castelos, ruas e pontes. Foram privilégios de grande interesse e que muito serviram os soajeiros.”

“[…] Todos juntos, soajeiros, Câmara e ARDAL, pretendemos levar o processo às instâncias superiores para que as coisas sejam corrigidas.”

 

João Manuel Esteves: “Nunca vi tantos sabujos juntos!”

“Cumprimento de forma particular o professor Jorge Lage, porque tem uma característica de forma bem vincada: não deixa por mãos alheias aquilo que tem para dizer, seja em que fórum for e da maneira que for, desde que esteja convicto daquilo que está a dizer. […] É um traço sociológico dos soajeiros.”

“Nunca vi tantos sabujos juntos! Alguma coisa está a mudar […] E agora? Quem quiser ter um cão, se calhar, vale a pena apostar num cão sabujo. Vou tentar levar um sabujo e ver como eu a e minha gente nos conseguiremos orientar.”

“Temos de fazer um esforço para registar a raça e para que isso aconteça é necessário ter um número suficiente de animais. É preciso que haja estudos e é preciso que haja informação compilada.”

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