A farrusca manhã do passado sábado, 20 de janeiro, juntou trinta monteiros e quatro matilheiros em mais uma organização do Clube de Caça e Pesca de Soajo. Esta montaria, que se realizou na idílica mancha da Várzea, não rendeu nenhum porco-bravo, mas não foi isso que prejudicou o convívio e a fruição da natureza.
Como é da praxe, antes de rumar aos montados da Várzea, o sentimento do grupo à volta do mata-bicho já era dominado pela adrenalina. Após o reforçado pequeno-almoço, os monteiros organizaram-se e convergiram para as portas sorteadas. Na comitiva lá estavam algumas caras habituais, de Soajo e não só, incluindo matilheiros da Galiza e caçadores de Guimarães e do Pico de Regalados (Vila Verde).
Segundo o presidente do Clube de Caça e Pesca de Soajo, António Cerqueira (“Catito”), “os caçadores distribuídos por cerca de 150 hectares de mancha avistaram alguns javalis”, mas nenhum porco-bravo foi abatido.
Desta vez, e ao contrário de outras organizações, a batida foi pouco concorrida. Para o referido responsável, “a não realização daquela que seria a primeira Feira de Caça e Pesca, na sede de concelho, em cujo programa iria constar esta montaria na Várzea, acabou por afastar muitos caçadores que ficaram com a perceção de que, ‘caindo’ a Feira, também a montaria seria anulada”. Mas, para além desta circunstância, a organização simultânea de caçadas na região fez dispersar, obviamente, os fãs da modalidade, devendo-se, dizem os entendidos, evitar, no futuro, a sobreposição de realizações para não reduzir substancialmente a participação.
Mesmo sem caça grossa para fotografar e leiloar, os participantes vindos da Várzea sentaram-se, alegremente, à mesa do Café Jovem para contar peripécias da jornada e degustar o bom ‘cozido à soajeira’, a pensar já na próxima montaria, marcada para o próximo dia 25 de fevereiro (um domingo).
Fotos: Soajo em Notícia e Pedro Leiras.