A quarta edição do Mercado de Natal, ocorrido no fim de semana de 15 e 16 de dezembro, na senda das edições anteriores, misturou doçaria, mel, licores, compotas, bolachas, artesanato, cerâmica, artigos têxteis, acessórios de moda, quadros (pinturas), plantas, chás, arranjos ornamentais e outros saberes e sabores tradicionais. Para além da componente comercial, a organização promoveu um diversificado programa de entretenimento, incluindo recriação de usos e costumes da Terra, com realce para os cantares e para as oficinas do pão, da lã e do bolo de lasca.
Durante estes dois dias, viveu-se, neste mercado artesanal, como é timbre da quadra, um perfeito ambiente de harmonia, amor e partilha. A juntar aos produtos endógenos e às tradições culturais e gastronómicas lá recriadas, como o caldo no pote, deram “magia” a esta organização os enfeites, as luzes, a iluminação no exterior (à noite), as bagas de azevinho, os pinheiros, os presépios, os sinos, as velas, o braseiro para aquecer os corações… E Alexandre Gonçalves a fazer de “Pai Natal” encarnou na perfeição o espírito natalício em torno da criançada, com a entrega a cada petiz de um “presente especial, uma árvore”, oferta de Manuel Silva.
“[Árvore] pequenina como tu, ela vai precisar de ti para ser plantada e cuidada, para poder crescer e devolver à ‘nossa’ Serra a beleza das florestas viçosas e bonitas!”, excerto de uma mensagem, cheia de ternura, que foi afixada na parede lateral do salão do Centro Social e Paroquial de Soajo.
Este mercado alternativo, independentemente do negócio gerado (mais proveitoso no domingo do que no sábado), foi mais uma boa jornada de promoção dos produtos locais.
De referir que o cabaz de Natal, oferta dos expositores presentes na “feira”, saiu em sorte a Celine Caldas, e que a receita das rifas custeou, na íntegra, os produtos usados quer na preparação de petiscos quer na oficina do pão.
Fotos: Soajo em Notícia e Rose Marie Galopim