Estão em curso trabalhos nos outões da Igreja de S. Martinho de Soajo para supressão de infiltrações na capela-mor. As pedras da parte altaneira do templo estão a ser revestidas de chapas, intervenção que, na ótica de alguns soajeitos, descaracteriza e danifica o edifício. No local onde se está a operar a intervenção já se avistam fissuras nalgumas pedras.
Segundo o padre Custódio Branco, “os trabalhos visam eliminar a entrada de humidades na capela-mor, onde se notam muito as infiltrações. Quando chove, a água cai na sacristia. Estamos a gastar um montante residual, mediante protocolo, para resolver de vez o problema”, diz o sacerdote.
A intervenção resulta de uma necessidade detetada como urgente. “Anteriormente, há já alguns anos, foi colocada uma tela, mas esta rasgou-se e, por via disso, deixou de surtir o efeito pretendido. Decidimos, por isso, colocar este material para acabar com as infiltrações”, acrescenta o pároco.
Questionado sobre o facto de a chapa descaracterizar a igreja, o padre Custódio Branco prefere evitar desinteligências, por não se considerar um perito na área. “Não sei se descaracteriza ou não, ainda não vi [a obra]. Estamos a colocar o material que se vê em muitas intervenções efetuadas em igrejas (e noutros monumentos), como é o caso da Igreja Matriz, que não está descaracterizada. A solução poderá não ser a melhor, mas é a que resulta melhor, mesmo admitindo que existem outras soluções que podiam resolver o problema por uns tempos”, ressalva o padre Custódio.