O lugar de Vilar de Suente é um dos primeiros do concelho de Arcos de Valdevez e do distrito de Viana do Castelo a lançar o programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” com vista à criação de estratégias de proteção contra incêndios. O simulacro de retirada de pessoas decorrerá esta quarta-feira, 30 de maio (16.00). Os residentes serão avisados por sinal de sino e altifalante.
A iniciativa, que resulta da articulação entre a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o Comando Distrital de Operações de Socorro de Viana do Castelo, o Serviço Municipal de Proteção Civil e a Junta de Freguesia de Soajo, visa treinar o pequeno aglomerado de Vilar de Suente que tem bem fresca na memória a história recente de incêndios com evacuação de casas.
De modo resumido, e segundo a ANPC, o programa a implementar engloba cinco grandes pilares: proteção dos aglomerados (segurança de pessoas e bens); prevenção de comportamentos de risco; sensibilização e aviso à população; evacuação dos aglomerados; locais de abrigo e refúgio.
O denominado “oficial de segurança da aldeia” é uma figura de vincada importância para que esta metodologia seja bem-sucedida. O vilarense Carlos Cerqueira dos Santos é o agente (voluntário) escolhido para “guiar” a população local num cenário de catástrofe (que ninguém espera viver na realidade no futuro). Foi nomeado por ter, a priori, o perfil indicado, nomeadamente capacidade de liderança, conhecimentos em matéria de segurança e respeito por parte da população.
É a pensar na prevenção e na redução de efeitos provocados por (possíveis) incêndios que este oficial de segurança está incumbido de difundir avisos aos conterrâneos e organizar evacuações de casas/residências, para além da promoção de ações de consciencialização sobre incêndios junto dos conterrâneos para que estes evitem comportamentos de risco.
Com base no plano definido no passado, o local de refúgio neste simulacro é o largo em frente à Associação de Vilar de Suente, para onde a população se deve abrigar no caso de as chamas ameaçarem o lugar algum dia.
De resto, no âmbito desta ação, segundo disse o técnico municipal, Luís Macedo, em reunião de Câmara no passado dia 25 de maio, a ANPC procederá, de igual modo, à distribuição de “sinalética, kits de autoproteção e equipamentos de primeiros socorros”. Também serão fornecidos líquidos e alimentos à população para garantir condições à permanência no local o tempo que for preciso em caso de urgência.
Para acautelar situações futuras, na reunião do dia 26 ocorrida em Vilar de Suente, os residentes, com base na experiência recente, referiram a falta de pontos de água e o pouco conhecimento do terreno por parte do comando/dispositivo operacional como fatores críticos ao combate de incêndios.
O programa “Aldeia Segura”, lançado recentemente pelo Governo, abrange, só neste concelho, um total de 190 lugares. Destes, 67 estão identificados como sendo de primeira prioridade (é o caso de Vilar de Suente) e os restantes 123 de segunda prioridade.
Para além de Vilar de Suente, será realizado, no mesmo dia, um segundo simulacro, mais concretamente no lugar de S. Sebastião de Cima (Cabreiro).
Fotos: Fernando Gomes